Toytismo, Fordismo
Artigo: Toytismo, Fordismo. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: iuryrodrigues • 2/11/2014 • 2.751 Palavras (12 Páginas) • 348 Visualizações
TOYOTISMO
Toyotismo é o modelo japonês de produção, criado pelo japonês Taiichi Ohno e implantado nas fábricas de automóvel Toyota, após o fim da Segunda Guerra Mundial. Nessa época, o novo modelo era ideal para o cenário japonês, ou seja, um mercado menor, bem diferente dos mercados americano e europeu, que utilizavam os modelos de produção Fordista e Taylorista.
Na década de 70, em meio a uma crise de capital, o modelo Toyotista espalhou-se pelo mundo. A ideia principal era produzir somente o necessário, reduzindo os estoques (flexibilização da produção), produzindo em pequenos lotes, com a máxima qualidade, trocando a padronização pela diversificação e produtividade. As relações de trabalho também foram modificadas, pois agora o trabalhador deveria ser mais qualificado, participativo e polivalente, ou seja, deveria estar apto a trabalhar em mais de uma função.
Os desperdícios detectados nas fábricas montadoras foram classificados em sete tipos: produção antes do tempo necessário, produção maior do que o necessário, movimento humano (por isso o trabalho passou a ser feito em grupos), espera, transporte, estoque e operações desnecessárias no processo de manufatura.
As principais características do modelo toyotista são:
• Flexibilização da produção – produzir apenas o necessário, reduzindo os estoques ao mínimo.
• Automatização – utilizando máquinas que desligavam automaticamente caso ocorresse qualquer problema, um funcionário poderia manusear várias máquinas ao mesmo tempo, diminuindo os gastos com pessoal.
• Just in time (na hora certa) – sem espaço para armazenar matéria-prima e mesmo a produção, criou-se um sistema para detectar a demanda e produzir os bens, que só são produzidos após a venda.
• Kanban (etiqueta ou cartão) – método para programar a produção, de modo que o Just in time se efetive.
• Team work (trabalho em equipe) – os trabalhadores passaram a trabalhar em grupos, orientados por uma líder. O objetivo é de ganhar tempo, ou eliminar os “tempos mortos”.
• Controle de qualidade total – todos os trabalhadores, em todas as etapas da produção são responsáveis pela qualidade do produto e a mercadoria só é liberada para o mercado após uma inspeção minuciosa de qualidade. A ideia de qualidade total também atinge diretamente os trabalhadores, que devem ser “qualificados” para serem contratados. Dessa lógica nasceram os certificados de qualidade, ou ISO.
Embora possa parecer que o modelo toyotista de produção valorize mais o trabalhador do que os modelos anteriores (fordista e taylorista), tal impressão é uma ilusão. Na realidade da fábrica, o que ocorre é o aumento da concorrência entre os trabalhadores, que disputam melhores índices de produtividade entre si. Tais disputas sacrificam cada vez mais o trabalhador, e tem como consequência, além do aumento da produtividade, o aumento do desemprego. Em suma, a lógica do mercado continua sendo a mesma: aumentar a exploração de mais-valia do trabalhador.
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PÓS-FORDISMO
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Em geral o pós-fordismo é conceito utilizado para definir um modelo de gestão produtiva que se diferencia do fordismo, no que se refere, em especial, a organização do trabalho e da produção. Assim, ao invés de centrar-se na produção em massa, característica do fordismo, o modelo pós-fordista fundamenta-se na idéia de flexibilidade. Por isso, trabalha com estoques reduzidos, voltando-se para a fabricação de pequenas quantidades. A finalidade desta forma de organização é a de suprir a demanda colocada no momento exato (just in time), bem como atender um mercado diferenciado, dotado de públicos cada vez mais específicos. Deste modo, neste regime os produtos somente são fabricados ou entregues a tempo de serem comercializados ou montados. Isto permite que a indústria possa acompanhar as rápidas transformações dos padrões de consumo. O Sistema Toyota de Produção ou simplesmente toyotismo, idealizado pelo engenheiro mecânico japonês Taiichi Ohno é considerado um dos expoentes do pós-fordismo
Toda via,o pós-fordismo pode ser compreendido de forma mais ampla: como um dos paradigmas da teoria do pós-industrialismo, formulado por pensadores marxistas (KUMAR, 1997). Neste sentido, é utilizado para designar não apenas um novo modelo de gestão produtiva, mas também o período de mudanças do capitalismo que foi acompanhado da ascensão de novas configurações da organização industrial e da vida social e política. Estas transformações foram originadas a partir da crise estrutural do fordismo, desencadeada no início dos anos 1970
De acordo com David Harvey (2008, p. 135) esta crise ocorreu, principalmente, em função da incapacidade do fordismo em absorver as demandas geradas pelo sistema capitalista. Esta incapacidade derivava do que este autor chamou de rigidez. “Rigidez dos investimentos de capital fixo de larga escala e de longo prazo em sistemas de produção em massa, que impediam a flexibilidade do planejamento (…)". "Rigidez nos mercados, na alocação e nos contratos de trabalho”. Qualquer tentativa de superar esses problemas de rigidez esbarrava nas manifestações da classe trabalhadora. Por conseguinte, esta rigidez acabava perpassando os compromissos assumidos pelo Estado que, para manter a legitimidade do sistema, sob pressão intensificava os investimentos em programas de assistência social (HARVEY, 2008).
Ainda segundo Harvey (2008) também contribuíram para a crise do fordismo fatores como:
• Os impactos dos choques do petróleo na economia ocorrido em 1973;
• O surgimento da concorrência japonesa, com sua nova concepção de gestão e produção automobilística;
• Mudanças tecnológicas;
• Fusões e incorporações de empresas;
• Desigualdades entre os setores de trabalho no interior do sistema fordista;
• Surgimento de novas necessidades no que se refere ao consumo.
A conseqüência de todos estes acontecimentos foi o rompimento dos padrões e práticas capitalistas assentadas no modelo produtivo fordista que, segundo David Harvey (2008), conduziu a ascensão de um novo modelo de acumulação, associado a um novo sistema de regulamentação política e social, por ele chamado de regime de acumulação flexível,
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