Trabalho Feminino Informal E A Indústria Da Beleza O Trabalho Feminino Apesar De Ter Evoluído Significativamente Perante A Sociedade, Ainda é Visto Com Certo Preconceito, Principalmente Na Remuneração, Pois Ainda As Mulheres Ganham Menos Que Os Hom
Dissertações: Trabalho Feminino Informal E A Indústria Da Beleza O Trabalho Feminino Apesar De Ter Evoluído Significativamente Perante A Sociedade, Ainda é Visto Com Certo Preconceito, Principalmente Na Remuneração, Pois Ainda As Mulheres Ganham Menos Que Os Hom. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: daniquerida • 20/5/2014 • 1.232 Palavras (5 Páginas) • 853 Visualizações
Trabalho Feminino Informal e a Indústria da Beleza
O trabalho feminino apesar de ter evoluído significativamente perante a sociedade, ainda é visto com certo preconceito, principalmente na remuneração, pois ainda as mulheres ganham menos que os homens. Apesar de ser uma grande conquista, a inserção da mulher no mercado de trabalho permitiu que o capitalismo ampliasse a exploração do trabalho feminino, gerando a precarização.
O trabalho feminino é visto historicamente como inferior e foi amplamente explorado durante as duas grandes guerras do século XX, quando as mulheres substituíram os homens nas fabricas e indústrias durante o período de guerra.
Os principais fatores que contribuíram para a inserção da mulher no mercado de trabalho são os seguintes: a) contexto político de 1950, que possibilitou a organização de vários movimentos sociais, entre eles o feminista; b) a possibilidade de contracepção que ocasionou a redução do número de filhos; c) aumento de escolarização entre as mulheres; d) terceirização; e) informalidade.
O processo de reestruturação produtiva em 1970, ocasionou o início da precarização do trabalho, intensificando-se nos anos posteriores, conseqüentemente a flexibilização e a informalidade, fatores que contribuem para o crescimento do emprego para as mulheres no espaço doméstico, como por exemplo, a venda de cosméticos. A maioria das mulheres que exercem esse tipo de atividade tem como principais características: grau de escolaridade baixa, classe média ou pobre, desempregadas ou exercendo alguma função, porém utilizam-se da venda de cosméticos para melhorar a renda.
Esse tipo de venda direta traz benefícios tanto para as empresas quanto para as vendedoras: para as empresas pois não precisam pagar encargos trabalhistas, atingem grande expansão geográfica, baixo custo, impulsionando as vendas e para a revendedora pois gera complementação da renda familiar, possibilita horários flexíveis de trabalho, podendo crescer financeiramente e aumentar as vendas conforme se esforço.
A empresa Avon, pioneira nesse sistema de venda direta, é a que mais fatura hoje. O outro fator que contribui para o aumento das vendas de seus produtos cosméticos é o contexto cultural existente o “mito da beleza” buscado por grande parte das mulheres e evidenciado cada vez mais na sociedade moderna.
Este contexto de idolatria da beleza tem grande influência no mercado de trabalho, uma boa aparência pode garantir melhores posições, assim como uma aparência simples pode gerar discriminação, sendo este um fator que impulsiona as vendas de produtos de beleza no Brasil, voltado ao público feminino, não importando a classe social.
O Brasil ocupa o terceiro lugar em nível mundial em venda de produtos capilares, e o décimo lugar em maquiagens, cremes e loções, o que garante a empresa Avon o segundo lugar nas vendas. As mudanças dos hábitos dos brasileiros em relação aos produtos de beleza, aumentou o consumo, conseqüentemente as vendas de produtos cosméticos.
A inserção da mulher no mercado de trabalho aumentou seu poder aquisitivo, estimulando também a preocupação com a aparência, que hoje não atinge somente as mulheres, mas também os homens.
A venda informal de cosméticos caracteriza basicamente uma atividade feminina, onde 99% dos revendedores são mulheres, de várias atividades, sendo que 11%, declaram esta sua principal função cujo principal objetivo é auxiliar na renda familiar.
A renda gerada para a venda de cosméticos varia de acordo com o tempo e a disponibilidade da revendedora, mas além de gerar renda possibilita um aumento do círculo social, sair da rotina doméstica e aumentar a auto-estima, sendo que além de vendedoras, essas mulheres são também consumidoras.
Creio que mesmo precarizado e informal, este tipo de atividade traz benefícios à mulher, pois pode exercê-la conciliando trabalho doméstico, estudo, cuidado dos filhos etc, e possibilita certa independência financeira cujos resultados dependem do empenho de cada uma, pode variar a renda e é uma boa alternativa para aquelas de baixa escolaridade, pois exige outras habilidades como boa comunicação e simpatia.
O trabalho feminino apesar de ter evoluído significativamente perante a sociedade, ainda é visto com certo preconceito, principalmente na remuneração, pois ainda as mulheres ganham menos que os homens. Apesar de ser uma grande conquista, a inserção da mulher no mercado de trabalho permitiu que o capitalismo ampliasse a exploração do trabalho feminino, gerando a precarização.
O trabalho feminino é visto historicamente como inferior e foi amplamente explorado durante as duas grandes guerras do século XX, quando as mulheres substituíram os homens nas fabricas e indústrias durante o período de guerra.
Os principais fatores que contribuíram para a inserção da mulher no mercado de trabalho são os seguintes: a) contexto político de 1950, que possibilitou a organização
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