Varios Paragimas Da Administração
Ensaios: Varios Paragimas Da Administração. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: alexandresandim • 24/4/2014 • 2.185 Palavras (9 Páginas) • 286 Visualizações
EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO ADMINISTRATIVO
MÓDULO 4 - Paradigmas
Este tópico foi desenvolvido com base em CARAVANTES, PANNO e KLOECKNER (2006).
ABRIR A MENTE talvez seja a grande tarefa de qualquer ser humano durante a sua existência. Mas, para o administrador, MENTE ABERTA é um requisito indispensável para o exercício de sua profissão.
O curso de Administração, embora tenha disciplinas muito práticas, é fundamentado em conceitos e em bases históricas, sem os quais você não entenderá completamente certas situações em que estiver operando e então... poderá decidir de modo inadequado!
A disciplina EPA – EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO ADMINISTRATIVO, dentro do curso de Administração, é fundamental pois é o que se pode chamar de MATRIZ CONCEITUAL (= origem de tudo!).
Porém, como você verá, o estabelecimento de um conceito não é tarefa fácil, pois nem sempre o meio “está preparado” para recebê-lo bem (isto não significa somente aceitar o conceito, mas poder criticá-lo honestamente e usá-lo adequadamente). Por quê?
Porque, trabalhar com CONCEITOS, sem dúvida, é trabalhar com PRECONCEITOS!
Estamos decididamente no terreno dos PARADIGMAS.
O trabalho do administrador envolve aplicação de conceitos cientificamente aprovados, o uso de teorias ainda não devidamente testadas, e, sem dúvida, dentro desse quadro, a sua própria interpretação disso tudo!
Pensamentos de alguns homens célebres nos inspiram a tratar deste assunto:
“A imaginação é mais importante que o conhecimento.”
(Albert Einstein)
“Formular novas questões, novas possibilidades, examinar velhos problemas a partir de um novo ângulo exigem imaginação criadora e assinalam real avanço na ciência.”
(Walter B. Wriston)
“Nós somos prisioneiros daquilo que sabemos”.
(Walter B. Wriston)
Por estas “amostras” já podemos perceber a importância da situação exigida da mente de um administrador.
Thomas S. Kuhn, pioneiro do conceito de paradigma, nos diz:
“Já vimos que uma comunidade científica, ao adquirir um paradigma, adquire igualmente um critério para a escolha de problemas que, enquanto o paradigma for aceito, poderemos considerar como dotados de uma solução possível. Numa larga medida, esses são os únicos problemas que a comunidade admitirá como científicos ou encorajará seus membros a resolver. Outros problemas, mesmo muitos dos que eram anteriormente aceitos, passam a ser rejeitados como metafísicos ou como sendo parte de outra disciplina. Podem ainda ser rejeitados como demasiadamente problemáticos para merecerem o dispêndio de tempo. Assim, um paradigma pode até mesmo afastar uma comunidade daqueles problemas sociais relevantes com os instrumentos e conceitos proporcionados pelo paradigma.”
Um “perigo” a enfrentar é a pobreza paradigmática, que significa possuir um repertório conceptual limitado. Ela é um fator restritivo no desenvolvimento de carreira de executivos promissores.
A riqueza de repertório paradigmático talvez seja a única diferença claramente definida para avaliarmos a habilidade de um administrador, principalmente quando tratarmos de analisar e solucionar grande quantidade de problemas e problemas variados.
Um paradigma ou uma estrutura conceptual pode ser comparado a um software, usado para programar computadores. O software de programação não traz “em si” todos os programas existentes no mundo, mas traz a potencialidade de podermos criar, com ele, os programas que quisermos!
O que é então um paradigma?
Paradigma é um modelo, um padrão aceito que explica e justifica tudo o que alguém faz ou quer fazer.
“Um exemplo que serve como modelo; padrão”. (HOUAISS, 2001)
Para Grof “um paradigma pode ser definido como uma constelação de crenças, valores e técnicas compartilhadas por membros de uma determinada comunidade científica. Alguns paradigmas são de uma natureza filosófica básica e são muito gerais e abrangentes, outros governam o pensamento científico em áreas de pesquisa muito específicas e circunscritas”.
De acordo com T.S. Kuhn os paradigmas não têm apenas uma função explicativa, mas também uma função normativa, pois eles tendem a definir o que é e o que não é possível, juntamente com as explicações aceitas e não aceitas sobre como o mundo é constituído e como ele funciona. Na verdade, em um período de “ciência normal”, a comunidade científica tende a rejeitar e a suprimir, algumas vezes a um custo considerável, todas as “novas” explicações, porque elas são vistas como subversivas a suas crenças e a seus compromissos básicos.
Kuhn argumenta que o surgimento de um novo paradigma científico se qualifica como um evento com implicações verdadeiramente revolucionárias, dizendo que “novas teorias não podem surgir sem mudanças destrutivas nas velhas crenças sobre a natureza. Uma teoria realmente nova e radical nunca é somente uma adição ou incremento ao conhecimento existente. Ela muda regras básicas, requer revisão drástica e reformulação das hipóteses fundamentais da teoria anterior e envolve uma reavaliação dos fatos e observações existentes”.
Algumas mudanças de paradigmas estão limitadas a campos de conhecimento específicos, enquanto outras podem ter uma grande influência em muitas disciplinas.
A competência paradigmática parte do princípio de que podem existir, simultaneamente, múltiplos paradigmas e que o fator limitador está na capacidade humana de entender e incorporar essa noção.
O estudo dos paradigmas é essencialmente importante porque os paradigmas dominantes que aprendemos em nossa cultura, isto é, o complexo de suposições e valores que criam a “realidade” para nós está prejulgando e predeterminando toda a nossa percepção do que está acontecendo.
Assim, a leitura e discussão dos estudiosos da ”verdade”, especialmente os filósofos, nos será muito útil, na medida em que nos vão descortinando um universo imensamente rico
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