A INDÚSTRIA CULTURAL E SUA RELAÇÃO COM O FEMINISMO
Por: wtfherondale • 24/8/2018 • Artigo • 2.596 Palavras (11 Páginas) • 255 Visualizações
INDÚSTRIA CULTURAL E SUA RELAÇÃO COM O FEMINISMO
CULTURAL INDUSTRY AND ITS RELATION WITH FEMINISM
Brenda Cristina Santos Melo 1
Delisa Mª de Santana Santos 2
RESUMO
O presente artigo faz uma análise da relação direta dos aspectos comunicacionais e culturais com o feminismo, mostrando a representação da mulher na indústria cultural levando em consideração os aspectos históricos, socioeconômicos e políticos.
Palavras-chave: Feminismo, Cultura, Pós-Modernidade, Gênero, Mídia.
ABSTRACT
This article analyzes the direct relationship between the cultural and communicative aspects of feminism, showing the representation of women in the cultural industry taking into account historical, socio economic and political aspects.
Keywords: Feminism, Culture, Post-Modernization, Gender, Media.
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1Graduanda do Curso de Línguas Estrangeiras Aplicadas às Negociações Internacionais da Universidade Estadual de Santa Cruz-BA, brendamelow@gmail.com;
2Graduanda do Curso de Línguas Estrangeiras Aplicadas às Negociações Internacionais da Universidade Estadual de Santa Cruz-BA, mariadelisa2@gmail.com;
INTRODUÇÃO
Desde muitos anos a indústria cultural tem um forte impacto na vida da sociedade e na construção da visão da mesma, com isso, nota-se uma grande influência da mídia e todos os aspectos comunicacionais com a cultura feminista e a forma como as mulheres são vistas na sociedade. O empoderamento feminino tem se fortificado cada vez mais e as mídias, em geral, estão acompanhando tal ritmo e mostrando, seja em reportagens sobre genocídios, reforçando os direitos econômicos e sociais das mulheres que estruturam um padrão, ainda que nos dias atuais, de desigualdade social, até o empoderamento de uma primeira presidente mulher que sofreu um impeachment, além do destaque da promoção da igualdade de gênero de todas as mulheres em todos os níveis como uma das metas globais dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável .
Livros, jornais, revistas, rádio, televisão e internet são exemplos de aparatos comunicacionais existentes que causam forte impacto nos sistemas sociais de interação humana, e com isso, uma grande demonstração no dia a dia da sociedade sobre o feminismo e exemplos vividos da necessidade do mesmo. Através da mídia vemos de fato a realidade brasileira, e boa parte do que se é vivenciado no dia a dia de todos os brasileiros, incluindo as mulheres e todas as oportunidades e sucessos alcançados quanto a necessidade de melhoria em diversos pontos.
HISTÓRICO
Os termos “feminismo” e “feminista” surgiram em 1872 na França e nos Países Baixos (como les féministes) e partindo daí na Grã-Bretanha e nos Estados Unidos, e depois ao mundo. A História do feminismo é de muitos séculos atrás, quando houve finalmente um crescimento dos direitos da mulher ao longo da história, ainda que haja a crença de que alguns arquivos tradicionais da história ignoram e minimizam as contribuições das mulheres e seus resultados como um todo. Vemos um grande histórico de manifestações, convenções, acordos internacionais voltados ao desenvolvimento de direitos das mulheres e busca de igualdade de gênero ao longo dos anos. A entrada da mulher no mercado de trabalho, junto com o direito ao voto, e diversos outros exemplos são provas da concretização de tais direitos, sendo essencial a conscientização global do feminismo. A mídia tem mostrado mais e mais os caso de misoginia, e campanhas para o fim da violência contra a mulher, e diversos exemplos de que se é capaz vencer a desigualdade de gênero, ainda que se tenha muito preconceito e discriminação com as mesmas. Os meios comunicacionais estão com menos medo de mostrar a cruel realidade vivida por diversas mulheres, e os pontos negativos de se ter uma sociedade com predominância machistas, onde muitas pessoas, nem mesmo em pleno século 21, sabem o real significado da palavra feminismo.
ASPECTOS SOCIOECONÕMICOS E POLITICOS
A igualdade entre os sexos foi definida e relacionada por diversos organismos mundiais aos direitos humanos, especialmente os direitos da mulher. Relacionado às metas globais de desenvolvimento sustentável, o objetivo mundial de igualdade de gênero foca de forma geral na necessidade de cumprimento dos direitos socioeconômicos e políticos das mulheres e a realização de diversas reformas dos direitos femininos, buscando garantir a plena participação das mulheres em todos os níveis da política global, econômica e pública e o fortalecimento das políticas efetivas para o empoderamento feminino .
No Brasil, por exemplo, ainda vemos sexismo estruturando padrões de desigualdade social e deixando as mulheres extremamentes vulneráveis, em especial mulheres negras e indígenas, onde predomina-se ainda o racismo. Numa visão geral têm-se as mulheres desempenhando, muitas vezes, o mesmo trabalho que um homem e ainda assim, recebendo bem menos pela mesma função.
Apesar da persistência em tais obstáculos, nos últimos anos, uma série de políticas socioeconômicas impulsionaram o avanço das mulheres brasileiras, ainda que seja de extrema importância o desenvolvimento e cumprimento de tais políticas, seja em inclusão social sobre renda, até mesmo o acesso às necessidades básicas como terra, água e luz, e principalmente oportunidades de mercado de trabalho.
Vemos os destaques feministas políticos brasileiros desde a década de 30 quando a mulher teve seu direito a voto no governo de Getúlio Vargas. Desde a década de 70 com os movimentos sociais e de luta contra ditadura militar, os movimentos feministas tomaram grande impulso na televisão e jornais e desde então maior destaque nas mídias. Um dos maiores destaques da equidade de gênero na mídia ocorreu em fevereiro de 2011, com a celebração da primeira mulher presidente do Brasil, Dilma Rousseff, um dos maiores casos brasileiros de empoderamento feminino, porém, um grande impacto de comoção nos jornais, revistas e noticiários, em 2016, com grande abalo no sistema brasileiro em todos os seus níveis, através o seu impeachment.
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