A EXPORTANDO FIGO
Por: jcambuim • 28/5/2015 • Trabalho acadêmico • 1.609 Palavras (7 Páginas) • 412 Visualizações
EXPORTANDO FIGO
A Brotto Fruits & Vegetables exporta figo para a Holanda. Durante a safra são realizados três embarques por semana (segundas, quartas e sextas), 6 palletes (240 cxs/cada), num total de 1.440 cxs/embarque. Já na entre safra, são feitos dois embarques por semana (quartas e sábados).
As caixas utilizadas comportam três cumbucas, com sete ou oito frutos/cumbuca. A caixa de figo tipo 24 (com 24 frutos na caixa) tem um peso bruto de 1,350 kg e peso líquido de 1,100 kg. Já a caixa de figo tipo 21 tem um peso bruto de 1,750 kg e um peso líquido de 1,500 kg. A exportação é feita via aérea pelo aeroporto de Cumbica-SP.
Para exportar são selecionados os frutos mais "verdes". Para se obter uniformidade na colheita é feita a aplicação de ethrel uma semana antes. Os frutos são conservados em câmara a 5º C. O produto sem calda é definido como "special"(especial).e representa 1% da produção. A negociação é feita diretamente com o importador, sem intermediários, e o sistema é FOB. A responsabilidade do produtor vai até o embarque e as despesas "além porteira" se limitam ao frete até o aeroporto +- R$ 200,00. O preço recebido por caixa com 24 unidades é de R$8,00 e seu custo de produção é e R$2,00/ cx.
Dados Da Empresa
Brotto Fruits & Vegetables
Segmento: Produção de figo.
Localização: 1 - Fazenda Bela Vista – Rod SP 73 - Campinas - São Paulo
2 - Fazenda Vista Alegre - Rod. Monte Mor – Indaiatuba km 8,0 – Monte Mor - São Paulo
Proprietário: Maurício Brotto
Histórico Da Empresa:
Fundada em 1933 com a compra da Fazenda Bela Vista, localizada em Campinas – SP, Brasil. Brotto sempre foi uma empresa familiar que em seu início cultivava café (devido à origem da família, Itália) e em 1959 iniciou o plantio e cultivo de figos que se tornou hoje o principal produto da fazenda.
Hoje, Brotto está na 3ª geração da família cultivando figos, com uma área total de 30 hectares, empregando mais de 70 trabalhadores diretamente e centenas de empregos indiretos. O produtor trabalha conjuntamente com cerca de 12 famílias, sendo cada uma responsável por um lote da propriedade. Após a colheita, descontando-se os gastos de insumos com a cultura, o lucro é dividido igualmente entre a família e o produtor.
Com uma colheita escalonada, é possível produzir figo praticamente o ano todo. A vida útil do pomar na propriedade gira em torno de 17 anos, época em que é feita a renovação do mesmo.
Com duas áreas de plantio sendo uma na cidade de Campinas (também sede administrativa) e outra em Indaiatuba o produtor possui plantação com 40 mil pés, e produção anual de 300 mil caixas de figo. O que corresponde a aproximadamente cerca de 7,2 mil toneladas de figo por ano.
Decisão de Exportar
Com o crescimento da produção de figos, Brotto começou a explorar novos mercados e no ano de 2000, iniciou a exportação de figos para a Europa.
O começo não foi fácil. Com uma idéia na cabeça e um computador à mão, Mauricio Brotto foi à luta. Montou um site na Internet para anunciar seu produto, mandou e-mails para exportadores, leu muitas publicações sobre comércio exterior, enviou fax para meio mundo e, enfim exportou.
A Holanda foi à porta de entrada das frutas no mercado europeu. Da Holanda, os importadores redistribuem a fruta pelo continente.
Exportando apenas 20% de sua produção Mauricio Brotto que é formado em química resolveu trocar seu emprego em uma empresa da região pelos figos e descobriu que no mercado mundial, um detalhe é indispensável: QUALIDADE. “Os importadores da Europa são muito exigentes, o que o obriga a uma rigorosa seleção das frutas que serão exportadas”. Além do aspecto do fruto em si, os europeus têm uma preocupação crescente com a contaminação por agrotóxicos, o que faz com que o produtor tenha que encontrar um ponto de equilíbrio na defesa da lavoura, fazendo uso de defensivos menos tóxicos e mais caros. Enfim, o produto que vai para o exterior é mais caro e de melhor qualidade.
No pico da safra a produção é de 1,5 mil caixas diárias, volume que cai para 200 caixa/dia nas baixas. De outubro a agosto ocorrem as exportações, uma sazonalidade regida por peculiaridades climáticas de um país muito distante, a Turquia. O clima seco e temperado é o responsável por um figo imbatível, incomparável em qualidade e sabor, salienta Brotto. No entanto, as figueiras turcas só frutificam entre meados de agosto e de outubro, quando a produção toma conta dos mercados do continente europeu, impedindo, dada sua alta qualidade, a concorrência. No resto do ano, porém, o mercado está aberto ao mundo, incluindo sítios nas divisas de Campinas e Valinhos.
Adaptações para Atender o Mercado Externo
Com uma produção de figos voltada para o mercado interno e externo, o produtor Mauricio Brotto após realizar algumas exportações, sente a necessidade de realizar mudanças em sua propriedade, em busca da total satisfação de seus clientes.
Para isso foi desenvolvido um procedimento próprio de manejo na produção de figo, entre outras ações tais como:
• Expansão da área de cultivo;
• Capacitação de mão de obra; (como o figo é uma fruta muito delicada sua colheita e manuseio exige muito cuidado para evitar perda da fruta);
• Folhas pulverizadas uma a uma; (aumentando a proteção contra doenças e fungos que pode causar até a seca da figueira);
• Sistema racional de irrigação;
• Podas radicais; (garantindo desta forma colheita durante todo o ano);
Através dessas ações Brotto teve um incremento de mais 20% de seus produtos em suas exportações atingindo em dois anos de exportação 40% de sua produção destinada ao mercado externo.
Para uma adequação total de seus produtos trazendo um adicional ao consumidor interno e colocando
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