A Introdução Orientalismo
Por: Beatriz Martins • 8/5/2017 • Resenha • 364 Palavras (2 Páginas) • 259 Visualizações
Nos dias de hoje, as manchetes de jornais, os noticiários e a maioria dos nossos meios de informação nos deixam habituados com palavras do tipo “al Qaeda”, “Ruanda”, “Terrorismo”, “Iraque” entre muitos outros. Esse conjunto de palavras nos remetem a imagens um tanto especificas criadas especialmente por líderes políticos. Encaramos cotidianamente a relação do Ocidente com o Oriente como preto no branco, uma luta entre o bem e o mal e nós – Ocidente, queremos sempre nos considerar a parte “do bem”.
Existem três tipos de apelo feitos pelos influenciadores europeus que buscam alcançar uma justificativa para o Universalismo Europeu. A primeira é o argumento de que os líderes da Europa procuram alcançar e seguir os princípios de democracia e dos direitos humanos. Outra justificativa acompanha a falso senso comum de que a civilização do mundo Ocidental seria superior ou “mais desenvolvida” que a Oriental e por isso precisaria ser controlada. A última utiliza a ciência econômica de modo a inserir o argumento de que não existem alternativas para os governos se não adotar as leis da economia liberal.
Wallerstein diz, que o intuito de seu livro é sobretudo discutir acerca do termo “universalismo europeu”, tão promovido por intelectuais e líderes pan-europeus com o objetivo de defender seus próprios interesses, contrastando-o também com o chamado “Universalismo universal”, que não tem a Europa como centro do mundo. O autor inicia o primeiro capítulo afirmando que nos dias de hoje, a nossa história tem sido em grande parte sobre expansão dos povos e dos estados europeus pelo resto do mundo, assim como sua importância para a construção do mundo capitalista. Wallerstein ainda descreve essa expansão como algo baseado em injustiças e exploração. Os europeus utilizam o argumento que essa expansão resultou em civilização e desenvolvimento econômico, beneficiando assim a humanidade como um todo.
Wallerstein ainda menciona a viagem de Cristóvao Colombo no ano de 1492, que inicialmente tinha como destino a China, porém acidentalmente acabou indo para as Américas. Em poucas décadas as estruturas políticas dos ois maiores impérios da América: o Inca o e Asteca. Além disso, cerca de meio século depois, a população indígena por sua maioria havia sido aniquilada pelas armas e doenças.
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