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A Principal Crítica de Prezworski ao Socialismo

Por:   •  30/9/2018  •  Resenha  •  1.613 Palavras (7 Páginas)  •  240 Visualizações

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Socialismo, social democracia e liberalismo à luz de Prezworski e Hayek

A principal crítica de Prezworski ao socialismo é que ele abandonou seu caráter revolucionário ao se inserir no processo eleitoral e ao promover a revolução keynesiana, ou seja, as social democracias europeias esvaziaram o socialismo ao promover o Estado de Bem Estar Social. No decorrer de seu texto, argumenta e esclarece seu posicionamento. Lembra que a intenção do socialismo é superar o capitalismo, findando com a propriedade privada - causa de injustiça e desigualdade. Expõe a relação ambígua dos partidos socialistas com a participação eleitoral, questionando se a burguesia aceitaria uma vitória socialista nas urnas sem recorrer a meios ilegais de manter seus privilégios. Critica que a instituição do sufrágio é uma instituição burguesa capitalista, e afirma que a consequência de tentar fazer uma revolução pelas urnas foi a suspensão da luta de classes e a transformação dos partidos socialistas em partidos de massas, dificultando a identificação do trabalhador com os partidos, mesmo tendo adotado o nome de partido dos trabalhadores. A crença de que o proletariado ia aumentar gradativamente, que a democracia era necessária para alcançar o socialismo, levou a social democracia a acabar com o caráter revolucionário do socialismo, já que buscou em outras classes apoio dada a condição de minoria dos trabalhadores. Também expõe a divergência de interesses entre sindicatos e partidos, já que, os partidos foram buscar apoio em outras classes sociais para alcançar seus objetivos. Dessa forma, com as massas delegando a defesa de seus interesses, o movimento socialista foi emburguesado e a democracia deixou de ser estratégia e passou a ser o futuro do socialismo. As reformas e a revolução que antes não eram excludentes passaram a ser, pois as reformas keynesianas, de políticas anti cíclicas frente a Grande Depressão, deixou de lado a estatização das empresas (exceto as instituições de crédito, e a indústria do aço, do carvão, do ferro, de energia, de transporte e comunicação), mantendo a propriedade privada, acabando, portanto, com a revolução. Contudo, o Estado de Bem Estar não durou o esperado, já que o Estado operou atividades não lucrativas, e no pós 1ª Guerra Mundial, o Estado tinha de se esforçar no aumento da produtividade para elevar a riqueza geral, devido à capacidade de controlar a economia depender dos lucros do capital, sendo essa a barreira estrutural da sociedade capitalista. Para o autor socialista, os social democratas não conduziram as sociedades europeias para o socialismo, isto porque, na situação de Bem Estar, uma alteração nas relações de produção resultaria em crise econômica, não interessante nem para o proletariado nem para os capitalistas. Enquanto para Prezworski, enquanto socialista, a coletividade era o mais importante, para o liberal Hayek, o foco é no indivíduo. Para Hayek, sem liberdade de ação econômica a liberdade política e social não pode existir. O individualismo prega que todos devem ter preferências e opiniões individuais. Os homens devem dirigir suas próprias vidas. O desenvolvimento da ciência, nas indústrias, permitiu a livre utilização dos novos conhecimentos, acompanhando o avanço da liberdade individual. O trabalhador, devido ao individualismo ocidental, alcançou maior grau de conforto material. Contudo, devido à insistência no laissez faire, o individualismo foi sendo considerado algo negativo. Os princípios liberais não contêm regras imutáveis, tal qual a não intervenção estatal. Defender o laissez faire como uma regra fixa, foi um erro na visão de Hayek. Erro, contudo, inevitável, devido à necessidade de liberdade industrial. Dessa forma, o sucesso do liberalismo foi a causa do seu declínio, pois devido ao êxito já alcançado pelo liberalismo, os homens se fecharam para os males ainda existentes e ficaram impacientes frente ao progresso da política liberal. Assim, os ideais liberais foram aos poucos abandonados. O socialismo substituiu o liberalismo com uma promessa de “nova liberdade”, as disparidades existentes devido às escolhas individuais desapareceriam. A riqueza seria distribuída equitativamente. Liberais foram atraídos para o socialismo, mas o Caminho da Liberdade era o Caminho da Servidão, pois os indivíduos não poderiam mais fazer escolhas pessoais. Assim, para Hayek, o socialismo é totalitário e o socialismo democrático é irrealizável. O socialismo pode significar maior igualdade e justiça social, mas também a abolição da propriedade privada dos meios de produção, o que significa uma economia planificada com planejamento central. Portanto, o que os socialistas defendem é um controle centralizado da economia para que os recursos da sociedade sejam igualmente distribuídos. O debate entre liberais e socialistas gira em torno desse planejamento. Os socialistas por acreditarem ser a forma mais racional de conduzir os negócios e os liberais por defenderem a concorrência. Mas a doutrina liberal não nega que para a concorrência ser benéfica são necessárias normas legais cuidadosamente elaboradas. A concorrência, da aos indivíduos oportunidade de decisão, sendo o método mais efetivo de coordenar esforços individuais, dispensando intervenção autoritária. Contudo, quando o mercado não consegue regular algum setor, é necessário recorrer a métodos como o controle direto da autoridade. A manutenção da concorrência não é incompatível com sistema de serviços sociais, mas ela não deve ser suprimida nos setores que pode funcionar adequadamente. Para os socialistas, as transformações tecnológicas tornaram a concorrência impossível, tendo de então, ser substituída pelo controle central. Mas Hayek, afirma que o planejamento central não é democrático, pois é impossível que todos tenham o mesmo ideal de bem comum. Mais uma vez Hayek considera o socialismo totalitário, por impor um ideal de bem comum. O planejamento do mercado, para o autor, é democrático, pois inclui diversos valores. Um planejamento central, para Hayek, leva ao erro que prejudica toda a sociedade, enquanto o planejamento individual permite detectar e corrigir o erro. Além disso, o planejamento de mercado permite inovações, enquanto o planejamento central tem que ser conservador, pois tem grande responsabilidade. Assim, Hayek centra sua argumentação na eficiência dos mercados

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