Artigo negocios internacionais
Por: Paula Franco • 19/3/2016 • Artigo • 431 Palavras (2 Páginas) • 283 Visualizações
Curso: MBA Executivo
Disciplina: Sistema Financeiro Internacional
Responsável: Ronaldo Balestra Choze
Identificação da tarefa: Tarefa 1. Única tarefa da unidade I. Avaliação composta por 1 questão subjetiva.
Pontuação: 15 pontos de 40
TAREFA 1
Questão 1 – Faça uma revisão crítica do artigo: O acordo de Bretton Woods e a evidência histórica. O Sistema Internacional no pós-guerra. Autor: Samuel Kilsztajn.
O sistema monetário e financeiro internacional após a Segunda Guerra foi criado em um contexto de extrema fragilidade militar e econômica dos países europeus por um lado, e de fortalecimento dos EUA por outro lado, o que foi determinante nas discussões da conformação do Sistema de Bretton Woods.
Como se viu, durante o funcionamento da estrutura delineada em Bretton Woods, as taxas de câmbio eram fixas, o dólar era conversível em ouro, os governos nacionais tinham controle sobre as contas de capital e havia ampla conversibilidade das operações financeiras de origem comercial (Torres Filho, 2015). O papel do dólar americano tinha destaque nas transações internacionais, o que permitia que o país tivesse maior liberdade para manter desequilíbrios em suas contas, já que podiam saldar suas dívidas na própria moeda.
Embora na prática o câmbio não fosse efetuado - de converter os dólares em ouro, o que implicava que poderiam perder ouro para o exterior caso passassem a ter déficits também em conta corrente, algo que enfraqueceria ainda mais sua posição internacional e aumentaria a descrença na capacidade de converter todos os dólares emitidos em ouro livremente. Outra razão para o comprometimento da posição do dólar era a rigidez da taxa de câmbio. Mesmo nos momentos em que os demais parceiros chegaram a realizar desvalorizações e aumentar sua competitividade, não houve qualquer alteração na paridade entre dólar e ouro desde que o sistema foi criado até o choque de Nixon.
Tendo em vista que os EUA vinham promovendo a liberalização de seu mercado financeiro, era de se esperar que houvesse a ruptura com Bretton Woods, já que a movimentação livre de capitais não consegue conviver com o regime de câmbio fixo e com a autonomia das políticas internas simultaneamente. Essa transição do sistema rígido de Bretton Woods para o sistema flexível a partir da liderança americana foi possível graças ao poder estrutural americano, baseado no tamanho da economia, no mercado financeiro desenvolvido, e no papel do dólar para as transações internacionais.
Os EUA nunca aceitaram bem a possibilidade de sofrerem limitações externas, o que explica tanto o interesse em manter o papel do dólar internacionalmente como a decisão de não adotar medidas contracionistas, que poderiam reajustar a paridade do dólar com o ouro.
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