TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Conjuntura Econômica

Dissertações: Conjuntura Econômica. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  21/8/2013  •  1.638 Palavras (7 Páginas)  •  486 Visualizações

Página 1 de 7

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO

2. A EXPANSÃO CAPITALISTA – “ GLOBALIZAÇÃO”

3. A EVOLUÇÃO DO SISTEMA FINANCEIRO HABITACIONAL DOS EUA

4. O DESENVOLVIMENTO DO MERCADO DE HIPOTECAS SECURITIZADAS

5. A CONSTRUÇÃO E O ESTOURO DA BOLHA FINANCEIRA

6. CONCLUSÃO

7. REFERÊNCIAS

1 – INTRODUÇÃO

Este artigo procura examinar a crise do mercado hipotecário dos EUA desencadeada pela onda de insolvências no segmento de maior risco – subprime –, inserida no ciclo da construção residencial e das transformações do sistema financeiro habitacional norte-americano. Na seção 2, procuramos definir a globalização, que foi o fator fundamental para a propagação a nível internacional de uma crise interna americana, na seção 3, demonstramos como se deu a evolução do mercado imobiliário americano e logo após, na seção 4, a criação da securitização das hipotecas, na seção 5 demonstramos a construção e o estouro da bolha financeira que se criou nesse mercado. Na seção 6, efetuamos a nossa conclusão sobre os possíveis motivos das raízes da crise.

2 - A EXPANSÃO CAPITALISTA - “GLOBALIZAÇÃO”

A Globalização é um processo de integração econômica, cultural, social e política.

No campo econômico, significa dizer que acabaram as fronteiras entre as moedas e os capitais, a concentração dos centros de decisão sobre investimentos, segundo Fiori, torna a sua capacidade de retaliação econômica o fundamento último da soberania no que diz respeito às políticas econômicas dos Estados periféricos. Isto gera, no médio e no longo prazo, a deslegitimação democrática, o enfraquecimento do Estado e formas cada

vez mais sofisticadas de autoritarismo. A ditadura política foi substituída com êxito pela ditadura econômica dos mercados. Com as estruturas estatais ameaçadas ou em dissolução, o estado de emergência aparece cada vez mais em primeiro plano e tende a se tornar a regra. A partir da recente supremacia de idéias como auto-regulação e soberania do mercado, volta à atualidade o pensamento de Carl Schmitt, que define como soberano quem decide sobre o estado de exceção.

3 – A EVOLUÇÃO DO SISTEMA FINANCEIRO HABITACIONAL DOS EUA

Uma análise da evolução do mercado habitacional norte-americano pode revelar a

íntima associação entre o ciclo da construção e as condições do mercado de crédito

habitacional, que se alteraram de forma expressiva nos últimos oitenta anos, em

estreita conexão com as crises que se sucederam nesse período. Se em 1900 cerca

de 30% das residências nos EUA eram hipotecadas em 40% do seu valor, no início da

década de 1970 mais de 60% das mesmas estavam hipotecadas a mais da metade do

seu valor. Esse crescimento exponencial, paralelo ao do aumento da proporção das

residências ocupadas pelos seus proprietários (62,5% na década de 1960 contra pou-

co menos de um terço em 1930), se explica, em grande parte, pelo desenvolvimento

das instituições do sistema financeiro habitacional norte-americano, que se viu intei-

ramente reformado como resultado da Grande Depressão.

4 – O DESENVOLVIMENTO DO MERCADO DE HIPOTECAS SECURITIZADAS

A recuperação da construção residencial norte-americana depois da crise de 1991-1992 foi conseqüência das transformações estruturais do mercado hipotecário, que assistiu ao desenvolvimento do segmento de hipotecas securitizadas, denominadas MBSs (mortgage-backed securities) ou RMBSs (residential mortgage-backed securities).

A idéia é que, com a securitização, o banco transfere o risco hipotecário para os inves

tidores, reduz os seus custos e contorna, através da remoção das hipotecas dos seus ba

lanços, as imposições dos Acordos de Basiléia, com o conseqüente descongelamento

do capital bancário, que se torna livre para outras operações. Para os investidores, o pro processo, além de favorecer a diversificação de carteira, permite retornos mais elevados, uma vez que os seus rendimentos são dados pela taxa do crédito hipotecário menos os ganhos do banco originador, os custos de administração das MBSs, o prêmio do seguro e os custos da classificação de risco.

5 – A CONSTRUÇÃO E O ESTOURO DA BOLHA FINANCEIRA

A crise do subprime insere-se no último ciclo de construção residencial dos EUA, cuja

fase de expansão teve início em meados da década de 1990, quando os preços reais

dos imóveis passaram a se elevar num ritmo moderado (2,3% ao ano durante o perío

do 1995-2000). Novo impulso foi dado pela redução da taxa de juros promovida pelo

Federal Reserve, na esteira do estouro da bolha do mercado acionário, particularmen

te do segmento de alta tecnologia (“Dot.com”), em 2000, ao que se seguiu novo corte

dos juros depois do ataque terrorista de 11 de setembro

...

Baixar como (para membros premium)  txt (11 Kb)  
Continuar por mais 6 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com