Copa Do Mundo: Benefícios E Malefícios
Monografias: Copa Do Mundo: Benefícios E Malefícios. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: alesson12 • 25/2/2014 • 1.710 Palavras (7 Páginas) • 3.160 Visualizações
Copa do Mundo de 2014: Benefícios e Malefícios
Há aqueles que são contra, outros a favor. Os que se posicionaram ou se posicionam contra alegam, com muita razão, que eventos grandiosos como Copas do Mundo ou Jogos Olímpicos (Pan-americanos também podem ser incluídos nesta análise) são grandes oportunidades para que políticos, administradores, dirigentes e empresários mal intencionados tenham o caminho livre para vantagens de toda ordem, muitas delas bem questionáveis, se considerarmos as reais necessidades de um país com as características do Brasil.
É evidente que dentro de uma abordagem verdadeiramente humanística deveríamos analisar esta questão sob o prisma de um mundo globalizado com problemas de desenvolvimento em infraestrutura, divisão/distribuição de rendas, cultura, educação, saúde, meio ambiente entre outros que extrapolam uma visão focada apenas em um país.
O fato, entretanto, é que já está decidido e a Copa de 2014, salvo ocorra algo extraordinário, será realizada no Brasil. Por que, então, não aproveitarmos este evento de tamanha repercussão mundial e que mobiliza não só interesses como também paixões, para tirarmos proveito no sentido de transformá-lo em instrumento de construção do nosso próprio desenvolvimento sustentável.
Nesta perspectiva a oportunidade é especial. Como sabemos o futebol pode ser uma poderosa ferramenta de educação, saúde e cultura de um povo. Mas para que isso ocorra é necessário que haja uma intencionalidade clara nesta direção. Caso contrário fatalmente será objeto de manipulação política.
O esporte – e o futebol especificamente – por si só não é bom nem ruim. Mas ao contrário da visão simplista de senso comum, se mal orientado pode na verdade significar violência, insegurança, drogas, alienação entre outros malefícios. Pode também, sim, abrir espaços para os mal intencionados ou que só pensam no lucro e vantagens pessoais ou políticas, sejam quais forem as consequências desta postura.
Portanto tratar este fenômeno esportivo e social com consciência e visão estratégica deve fazer parte das falas e ações de todos aqueles que pretendem contribuir para o crescimento de um país em desenvolvimento como o nosso.
É com este espírito que a Universidade do Futebol enxerga a realização deste evento no Brasil, porém com um olhar crítico e propositivo.
Quem sabe o futebol, que tanto apaixona boa parte dos brasileiros, não possa servir de pivô de um processo de transformações na vida brasileira.
De maneira colaborativa e participativa, podemos fazer surgir tanto idéias quanto envolvimentos e compromissos na construção não só de uma melhor e saudável estrutura para o nosso futebol, mas, sobretudo de um Brasil mais desenvolvido, humano e democrático.
Em 2010 Copa do Mundo teve como sede a África do Sul. O país deu início às obras há 6 anos atrás, quando foi determinado pela FIFA que abrigariam a Copa de 2010. Críticas em relação ao dinheiro investido já vinham desde a decisão. A África, carimbada por ser um país pobre, sofreu desde o começo com a falta de verba para a construção e reforma de estádios. Operários constantemente faziam greves e foi cogitada a possibilidade da troca emergencial de sede, caso o país não cumprisse os prazos.
O mesmo pode acontecer com o Brasil, que vai sediar a Copa de 2014. Mais uma vez contradições rondam o caso. A principal crítica diz respeito ao dinheiro que será investido nas obras, dinheiro esse que poderia ser gasto com educação e saúde. Mas sediar a copa deveria ser uma questão beneficente ao país, pois esse dinheiro será revertido em bens, como a construção de estádios que serão usados posteriormente e também a melhoria no transporte.
Deveria então ser cogitada a hipótese de como na Copa da Alemanha em 2006, a união de times e empresas privadas para o auxílio na construção dos estádios, no gasto com a melhoria do transporte, entre outros. Uma Copa não traz somente malefícios, traz benefícios como o aumento no lucro em hotéis, bares, restaurantes, o que faz girar a economia de um país. Sem contar a melhoria na segurança que esperamos que continue pós Copa. É preciso que seja uma Copa limpa, sem sujeira de políticos e muito menos dos próprios brasileiros. Devemos esperar essa copa com as mãos limpas e os pés prontos para conquistar mais um título de campeão.
A Copa de 2014 tem o potencial de injetar R$ 142 bilhões na economia brasileira durante o período entre 2010 e 2014. O número leva em conta investimentos diretos e o impacto sobre a produção nacional de bens e serviços. Os setores com maior potencial de benefício são, entre outros, construção civil, turismo, hotelaria, serviços, alimentos e bebidas.
O diagnóstico é de um estudo feito pela Ernst & Young e Fundação Getúlio Vargas. Em entrevista ao Portal da Copa, Fernando Naves Blumenschein, coordenador de projetos da Fundação Getúlio Vargas e um dos responsáveis pela pesquisa, explica como a Copa pode ser um investimento rentável para as capitais que irão recebê-la e como os aportes nas áreas de infraestrutura, mobilidade urbana e segurança têm a capacidade de se constituírem como legados para o Brasil.
Portal da Copa: O estudo aponta uma estimativa de movimentação adicional no país de R$ 142 bilhões entre 2010 e 2014, com geração de até 3,6 milhões de empregos por ano. Qual a receita, em termos de gestão, para que esse impacto seja duradouro? Fernando Naves Blumenschein: Há algumas coisas importantes. Entre elas, saber aproveitar o legado que a Copa deixa. Esses legados de construção física, de melhoria de infraestrutura, precisam ser bem aproveitados depois da Copa. Os estádios, só para dar um exemplo, podem ser melhor aproveitados se forem usados como arenas multiusos, que permitam uso mais intensivo da sua estrutura e, consequentemente, um maior retorno à sociedade. Mas isso vale não só para os estádios como para todas as áreas de infraestrutura. Agora, mais importante do que isso, você precisa melhorar o conjunto de políticas publicas que permitam a realização do evento, como transporte e segurança. As capacitações e investimentos que ocorrem em função das necessidades da Copa podem ter impacto que ultrapasse 2014 e continuem ocorrendo e trazendo benefícios para a sociedade após o Mundial.
Em que vertentes esse impacto é mais visível? A geração de emprego
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