Copa do Mundo
Tese: Copa do Mundo. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: jrtre • 4/9/2014 • Tese • 929 Palavras (4 Páginas) • 143 Visualizações
A copa do mundo
Após 64 anos, em 2014 o Brasil irá sediar novamente uma Copa do Mundo de Futebol. Faltando pouco mais de dois anos para o início do evento, o que vemos é um país em obras, correndo contra o tempo para cumprir prazos e qualidade estipulados pela Federação Internacional de Futebol, FIFA.
Observando apenas os valores de investimento e retorno, a realização de um evento como este só nos traz benefícios. Mas, o fato é que existem, no Brasil, inúmeros problemas de desenvolvimento em infraestrutura, educação, cultura, saúde, meio ambiente, entre outros, que ultrapassam a visão dos benefícios econômicos e que devem ser avaliados. Receber uma Copa do Mundo, ou os Jogos Olímpicos, é colocar os holofotes do planeta em nossa direção, mostrando nossa cultura e nosso desenvolvimento, mas também nos tornando vulneráveis as exibições dos nossos problemas, como a falta de segurança pública.
Uma parte da população diz ser contra a realização da Copa do Mundo no Brasil por acreditarem que o dinheiro gasto para a realização do evento poderia ser investido em vários setores do nosso país, já que muitos possuem um alto nível de precariedade. Além disso, o excesso dos gastos públicos pode repetir o episódio dos Jogos Pan-americanos de 2007, inicialmente orçados em 500 milhões de reais e estima-se que tenham consumido quatro bilhões de reais.
Poucos países são capazes de organizar uma Copa do Mundo sem ajuda dos cofres públicos. Os Estados Unidos conseguiram o feito porque toda a infraestrutura já estava pronta. No caso do Brasil, parte da verba virá dos cofres da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), mas os gastos com infraestrutura das cidades onde acontecerão os jogos serão por conta do estado, ou seja, serão bancados com dinheiro público que vem dos nossos impostos.
Copa é muito mais do que construir novos estádios. São essenciais melhorias urbanas como expansão de linhas de metrô, novos aeroportos e estradas, aumento e qualidade da rede hoteleira e das comunicações. Mas agora, exceto por algum fato excepcional, sediaremos a Copa do Mundo em 2014 e precisamos continuar correndo contra o tempo e torcer para que toda a estrutura criada para o evento se torne herança para o nosso país.
Imagina depois da Copa
Precisamos rever a ideia de que a Copa é aonde queremos chegar, o destino da jornada. A Copa deve ser encarada como ponto de partida
Moro há cinco meses em Londres, onde ouço muito falar sobre os Jogos Olímpicos do ano passado.
Mesmo na cidade que é um dos maiores destinos turísticos do mundo e com um dos melhores sistemas de transporte do planeta, a maioria acha que a realização desse grande evento valeu a pena.
Afinal, Londres recebeu investimentos equivalentes a mais de R$ 32 bilhões. Muita gente fala da aceleração dos projetos de infraestrutura para a pouco desenvolvida zona leste da cidade e do orgulho dos ingleses pelo desempenho histórico dos seus atletas.
Mas o que gosto de notar é como a Olimpíada, para os londrinos, não terminou com o fim da competição. Para os moradores da zona leste ou para os britânicos que viram 29 medalhas de ouro serem conquistadas, Londres 2012 foi apenas o começo daquilo que fica após os dias de evento, o corre-corre de jornalistas e a festa nas ruas com bandeiras de todas as cores – o tão falado legado.
Olhando para o nosso país, acho
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