Descentralização Do Suas
Resenha: Descentralização Do Suas. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: DINHOEDEUS • 24/5/2014 • Resenha • 871 Palavras (4 Páginas) • 180 Visualizações
Descentralização suas
Tal como colocado de início na Política Nacional de Assistência Social (Brasil,
2004), o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) por intermédio da
Secretaria Nacional de Assistência Social (SNAS) e do Conselho Nacional de Assistência
Social (CNAS) decide elaborar, aprovar e tornar pública a PNAS com objetivo de
materializar as diretrizes da LOAS. A versão preliminar da PNAS foi apresentada ao CNAS
em 23 de junho de 2004. Foi divulgada e discutida em todos os estados brasileiros e
aprovada, por unanimidade, na Reunião Descentralizada e Participativa do CNAS realizada
entre os dias 20 e 22 de setembro de 2004.
A PNAS respeita os princípios e diretrizes estabelecidos na LOAS, e acrescenta
uma quarta diretriz, bem como um adendo na descentralização político-administrativa, que
designou a coordenação e normas gerais à esfera federal e a coordenação e execução dos
respectivos programas às esferas estadual e municipal, na tentativa de evitar a
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III JORNADA INTERNACIONAL DE POLÍTICAS PÚBLICAS São Luís – MA, 28 a 30 de agosto 2007.
sobreposição de ações. A garantia do comando único das ações em cada esfera de governo
permanece, acrescentando-se o respeito às diferenças e as características socioterritoriais
locais, através de um novo elemento que define e organiza o Sistema Único da Assistência
Social, a territorialização.
Segundo a PNAS, a descentralização aliada à estratégia da territorialização,
permitiria a redistribuição do poder, o deslocamento dos centros decisórios, a tomada de
decisão mais próxima do local onde reside a população, a considerar as demandas e as
desigualdades socioterritoriais. Yazbek (2004, p.16), coloca que:
A descentralização contribui para o reconhecimento das particularidades e
interesses próprios do município e como possibilidade de levar os serviços para
mais perto da população. (...) [e] a municipalização aproxima o Estado do cotidiano
de sua população, possibilitando-lhe uma ação fiscalizatória mais efetiva, permite
maior racionalidade nas ações, economia de recursos e maior possibilidade de ação
intersetorial e interinstitucional.
Neste sentido, os indicadores sociais dos territórios, como apresenta a PNAS,
funcionam como mecanismos fundamentais na percepção dos problemas locais,
possibilitando a proximidade com as necessidades da população residente da área.
Segundo Koga (2002: 23), “a acessibilidade às informações sobre as cidades tem se
tornado uma ferramenta cada vez mais necessária e essencial para o processo de gestão
das políticas sociais”, no entanto, é importante que se discuta “junto ao debate do
local/nacional, setorial/universal [...], o padrão de cidadania que está sendo construído
nessas experiências” (Idem: 38). E mais: ir além dos limites geográficos, o que significa
“conhecer melhor a complexidade do espaço físico-cultural em que se encontram os
governos locais”(Idem: 39). Trata-se de pensar também como será a leitura sobre estes
territórios, entendendo que esta vem acompanhada de um forte teor-político.
Todos estes elementos (comando único, territorialização, descentralização
político-administrativa), quando aliados ao controle social, através da participação da
população, podem se tornar elementos facilitadores do processo democrático de
elaboração, implementação e execução das políticas sociais. O controle social precisa ser
reforçado, uma vez que a frágil voz do usuário ainda é permanente nos processos
decisórios da gestão da assistência social.
A descentralização político-administrativa, a territorialização e o controle social,
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