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Introdução às Relações Internacionais: temas, atores e visões.

Por:   •  11/4/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.144 Palavras (5 Páginas)  •  452 Visualizações

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Introdução às Relações Internacionais: temas, atores e visões.

1.Sociologia das Relações Internacionais

1.1 O sistema internacional

O sistema é um conjunto de relações entre atores, posto em um meio peculiar, com um grau de interdependência entre si e submetidos a certos ajustes; é o ambiente no qual se desenvolve as Relações Internacionais. Sua característica principal é a ausência de governos ou leis que definem os critérios de comportamento, ou seja, a ordem nasce a partir da lógica de competição e de sobrevivência, e choques de interesse. O sistema internacional é definido heterogêneo referindo-se às diferenças instauradas pelos atores e fenômenos.

1.2 Os atores internacionais

1.2.1 Os Estados

        A ideia de Estado é definida apenas em 1648, com o Tratado de Vestfália com o fim da Guerra dos Trinta Anos, ocasionando a diminuição do poder da Igreja, atribuindo ao homem o poder de controlar seu destino. Dessa maneira, começaram a ser formadas as primeiras autoridades tendo sempre em vista o aumento de seus território por meio da força, e como consequência a guerra se tornando constante e também importante.

O Estado fundamenta-se em três aspectos: território, população e governo. Em relação ao território, é o espaço geográfico definido por fronteiras reconhecidas por outros Estados que tem uma unidade política individual o qual possui soberania e autonomia política. Em contra partida, a população é o número de habitantes promovendo sua identidade cultural, política, nacional e linguística. O terceiro elemento, o governo, é a junção de todas as autoridades presentes no Estado, organizando um comando político e desenvolvendo uma administração pública.

Do ponto de vista do direito internacional, todos os Estados são igualmente soberanos e iguais entre si, independente de suas características físicas, culturais, econômicas e políticas. Essa chamada igualdade não representa nada de fato, pois cada Estado possui seu regime, tem seus próprios interesses, tanto nacional quanto internacional, seus objetivos e principalmente diferentes graus de poder.

Dentro de cada Estado, os partidos políticos são essenciais para representar os interesses da população, servindo como mediadores da sociedade e o poder público. Porém, não somente os partidos influenciam o governo, os grupos de interesses (grupos privados) aprovam ou desaprovam as ações governamentais de acordo com seus objetivos persuadindo diretamente a política interna do país.

Na política internacional, o poder é o principal e o mais requerido recurso do qual se instaura uma relação de dominação com outras partes. Pode ser exercido através da violência, sustentada na força bruta, ou através da racionalidade, em forma de convencimento. Estados podem ser classificados em superpotências mundiais (são os que possuem recursos em quantidade e qualidade para exercer seu poder de forma significativa no sistema), potências regionais (são os países com projeção de poder limitada à escala regional, estão acima dos pequenos e abaixo dos grandes) e papel local (são os pequenos estados limitados que apenas tentam preservar sua existência).

1.2.2 Os atores não estatais

1) As Organizações Internacionais Governamentais ou Intergovernamentais (OIGs)

        As OIGs são conjuntos políticos que têm nos Estados como função a de minimizar a instabilidade global promovendo foros de debates e prestação de serviços. Tem como objetivo principal o de estender a unidade e igualdade jurídica e teórica entre os países tentando reduzir tensões mundiais. Um dos principais obstáculos enfrentados além de questões financeiras, se refere à vontade dos Estados de respeitar ou não às regras da OIG da qual fazem parte.

2) As Forças Transnacionais (FTs)

        As Forças Transnacionais são um tipo adicional de atores internacionais que são relativas à sociedade civil, não ligada ao governo podendo afetar o país de forma negativa ou positiva, através dos meios de comunicação, transportes e pessoas. E são divididas em quatro categorias: as Organizações Não Governamentais (ONGs), as Multinacionais (CMNs ou CTNs), os grupos da sociedade civil, e a opinião pública.

  1. As Organizações Não Governamentais

As ONGs são instituições caracterizadas pelo seu caráter solidário e por seu meio de atuação ser além do alcance da influência dos governos e do direito internacional. Atuam dentro e fora dos Estados ultrapassando as fronteiras nacionais e ideológicas, lidando com questões específicas de determinada sociedade cujas demandas não têm sido atendidas por este país. Funcionam, em grande parte, de maneira positiva como canais de cidadania e participação popular, formando canais de solidariedade e conscientização.

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