JORNAL VIRTUAL
Artigo: JORNAL VIRTUAL. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: • 30/10/2013 • 5.323 Palavras (22 Páginas) • 343 Visualizações
UNIVERSIDADE ANHANGUERA POLO DE BARRA DO GARÇAS
SERVIÇO SOCIAL-FORMAÇÃO SOCIAL E POLITICA DO BRASIL
JORNAL VIRTUAL
Maria Clotilde
Barra do Garças – 2013
UNIVERSIDADE ANHANGUERA POLO DE BARRA DO GARÇAS
SERVIÇO SOCIAL-FORMAÇÃO SOCIAL E POLITICA DO BRASIL
Este trabalho tem a finalidade de expor os artigos desenvolvidos por este grupo, quais sejam: a compreensão do Cenário Social e Econômico do Brasil Colônia da época de 1500 a 1822; compreender o panorama econômico e político do final do século XVIII, entendendo os aspectos relacionados ao movimento político e ao declínio das oligarquias; conhecer a evolução política brasileira e as transformações sociais decorrentes dos anos 1940 a 1964, décadas de 1960 – 1970 e meados de 1980 do século passado; compreender aspectos relevantes da sociedade contemporânea, e entender por que as cidades não estavam preparadas para receber as pessoas vindas do meio rural.
JEAN BAPTISTE DEBRET E SUA VIAGEM PITORESCA AO BRASIL GETÚLIO FECHA O CONGRESSO NACIONAL
Debret realizou trabalhos cujos temas relatavam aquilo que seus olhos viam no momento, que era um Brasil Monárquico.Pag.1
Getúlio Vargas governou o Brasil durante quinze anos, de 1930 a 1945. Estes anos são conhecidos como a era Vargas. Pag. 06
ESTREIA NESTA SEMANA O FILME DE CARLOTA JOAQUINA MORRE ANTONIO CONSELHEIRO.
Pag.08
O golpe militar de 31 de março de 1964. Pag.09
No baile em que Carlota Joaquina aparece dançando fica evidente o fato que por ser uma Princesa Pag. 03
PROMOLGADA A CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA 1891 Pag.. O PRIMEIRO AUTOMÓVEL A CIRCULAR NO BRASIL
O Pai da Aviação teria trazido da França, em 1891, um Peugeot que havia comprado por 1200 francos Em 1912. Pag. 12
CENÁRIO RECRIA A 1ª FAVELA DO BRASIL SEM LENÇO E SEM DOCUMENTO
Pag.12
A primeira favela no Brasil, segundo dados do governo, surgiu no morro da Providência, no centro da cidade do Rio de Janeiro, em 1897. Pag.14
PASSAGEM DE JEAN BAPTISTE DEBRET PELO BRASIL
Jean Baptiste Debret realizou trabalhos cujos temas relatavam aquilo que seus olhos viam no momento, que era um Brasil Monárquico, seguindo todas as novidades e tendências das grandes nações de então, como pintura, música, poesia e etc. nesse pressuposto, Debret encontrou no Brasil uma imensa inspiração, realizando no solo brasileiro, pinturas temáticas que mostravam aspectos do Governo Imperial, a densidão das matas e florestas, paisagens bucólicas e mitologia; o indígena e a escravidão.
Debret também gostava de mostrar os negros em situações particulares, como essa em um que um escravo é açoitado por um homem branco. O açoite em escravos – era uma dura realidade, o contraste da linda paisagem com o ato de selvageria e total desrespeito com a vida humana, impressiona ao mesmo tempo em que choca o apreciador desta tela. Em suas representações, Debret mostra indivíduos totalmente idealizados, fortes, com traços bem definidos e em cenas marcantes, como a pintura acima na servidão do escravo, Tema altamente explorada por Debret.
Nesta cena ele retrata com vigor selvagem do índio em seu cavalo em meio à natureza. Debret soube trabalhar conscientemente a sua visão de pintor mostrando para a sua época e preservando esta visão da realidade e o espaço cultural brasileiro, cheio de riquezas, contradições, beleza, mistério, costumes, crenças e religiosidade, como e espaço acima. Em sua passagem de 15 anos pelo Brasil, Debret observou características relativas aos índios, à mata nativa brasileira, belas paisagens e vegetação; representou também os escravos e seu significado no contexto da época, além das práticas agrícolas. Debret tinha como costume o desejo de resgatar acontecimentos do passado brasileiro, evidenciando a importância de sua passagem pelo Brasil. Aspecto relativo à paisagem do campo. Debret retratou vários tipos humanos em seus trabalhos, desde autoridades com seus uniformes de pompa, como o de “Dom João VI”, a “servidão do escravo”, ou mesmo “À inocência do índio”. Sempre procurou resgatar particularidades do Brasil, de seu povo, no intuito de manter as tradições do seu passado. O estilo de obra de Debret, com seus textos descritivos, acompanhados de imagens, não era muito comum entre os artistas da época e que vinham ao Brasil, o que aumenta a importância a se dar destaque para esse autor. Quando Debret utilizou o título “Viagem Pitoresca e histórica ao Brasil” Ele talvez tentasse dar destaque a palavra “pitoresca” para dar uma representação, com certa medida de habilidade, precisão, talento, que era característico de sua pessoa e que sempre buscou dar às suas obras. Na obra Viagem Pitoresca e histórica pelo Brasil, Debret ilustra cenas do cotidiano e da sociedade brasileira, como ocas de índios, rostos de pessoas e imagens fortes, tudo no sentido de mostrar as peculiaridades, a individualidade e as características do povo brasileiro. Por fim, Debret pode ser considerado um artista de transição entre o Neoclassicismo europeu para o Romantismo brasileiro. Claro que não poderia deixar de citar esta belíssima tela que tão bem retrata um dos frutos do cerrado Brasileiro ”CAJU”.
CARLOTA JOAQUINA
No baile em que Carlota Joaquina aparece dançando, fica evidente o fato que por ser uma Princesa, de família nobre pertencente a um país tradicional e influente como a Espanha, e prometida a Dom João, um dos descendentes do rei de Portugal, é o centro das atenções; todos têm que sorrir e ver suas qualidades, todos têm que amá-la e reverenciá-la. Hoje não é diferente, e quantas vezes não vemos pessoas rodeadas por outras movidas pelo mais diversos interesses, fama, dinheiro e poder. Carlota Joaquina era uma verdadeira criança prodígio, pois era inteligente e culta, uma jovem Pré-adolescente de 10 anos, que tinha qualidades e defeitos, qualidades que eram amplamente divulgadas e defeitos guardados a sete chaves. Em relação aos nossos dias, principalmente quando se fala de política, vê-se que há a repetição de tais acontecimentos, ou seja, do politico só se ver as qualidades e seus correligionários estão dispostos a praticamente tudo para preservar a sua imagem pública.
As cenas em que Carlota Joaquina aparece seduzindo vários homens e consequentemente traindo o Imperador Dom João VI, mostra que ela usa desse artifício devido à personalidade fraca de seu marido, sua insatisfação com seu casamento, um casamento arranjado devido a interesse mutuo entre os reinos para assegurar autonomia entre suas nações; sua atitude se mostra egoísta e desrespeitosa aos seus compatriotas, mostrando estar totalmente alheia à sua posição perante a corte. Sem sombra de duvida vem à mente os políticos corruptos que pouco tem se utilizado dos cargos que ocupam para beneficiar a população que o elegeu, traindo o seu eleitor de forma vil ao desviar ou ser conivente com desvios de verbas da saúde, educação, transporte e habitação. Eles ignoram os interesses nacionais em detrimento aos seus próprios interesses, assim como dos seus aliados.
A cena em que a Família Real chega ao Brasil, quando os habitantes da próspera colônia de Portugal perdem suas casas para servir de moradia para os nobres recém-chegados, o que culmina em uma nova realidade, a exploração dos comerciantes portugueses que tiram proveito da população, com a venda de galinhas e ovos, refletindo muito bem essa época, o que resultou em uma pequena crise econômica no Brasil. Não diferente da atualidade onde as grandes empresas exploram seus empregados que trabalham muito e ganham pouco, enquanto que os patrões estão vivendo em mansões e fazendo grandes fortunas, seus funcionários ganham salário mínimo e muitos vivem em casa alugada a vida inteira ou em favelas. Sem mencionar que a preparação para copa do mundo em 2014 irá deixar mais de 5.200 pessoas desabrigadas, fora os cortes nos orçamentos de áreas vitais para o desenvolvimento do país, em que tudo é justificado com o discurso de que a copa trará mais investimentos de capitais estrangeiros, turistas e que será um grande espetáculo, más para quem será este espetáculo? O povo brasileiro que deveria ser o homenageado terá condições de entrar no estádio? Ou novamente será explorado, e os que serão despejados de suas casas ficarão na rua, “por que alguns consideram constrangedor ter uma favela perto do estádio”.
Por fim a cena em que Dom João VI começa a distribuir títulos de nobreza para angariar fundos e criar o Banco do Brasil, havia muito ouro e quase tudo era destinado para a Inglaterra; como havia muita gente de posse naquela época, Dom João recebia imensa quantia em dinheiro e ouro que eram trocados por títulos de nobreza. Se Dom João VI trocava ouro por títulos de nobreza vemos que toda hora há troca de favores e alianças por ministérios aos que integram a base de apoio do Governo, o que dá na mesma, pois em 2002 existia 25 (vinte e cinco) ministérios e atualmente contamos com 39 (trinta e nove) ministérios que servem para amparar toda a Base Aliada que dá apoio de governabilidade junto ao Senado e a Câmara dos Deputados. Haja títulos de nobreza.
A primeira Constituição republicana brasileira, resultante do movimento político-militar que derrubou o Império em 1889, inspirou-se na organização política norte-americana {...} entrando em vigor em 1891, entre suas principais determinações estão:
• Sistema de governo presidencialista
• Abolição das instituições monárquicas;
• A perda de cargo vitalicio dos senadores;
• Ao Congresso Nacional cabia o Poder Legislativo, composto pelo Senado e pela Câmara de Deputados;
• Mudança da capital para o interior;1
• A Igreja Católica foi desmembrada do Estado Brasileiro, deixando de ser a religião oficial do país;
• As províncias passaram a ser denominadas estados, com maior autonomia dentro da Federação;
• Os estados da Federação passaram a ter suas constituições hierarquicamente organizadas em relação à constituição federal;
• As eleições passaram a ser pelo voto direto, mas continuou a ser a descoberto (não-secreto);
• Os candidatos a voto efetivo seriam escolhidos por homens maiores de 21 anos, à exceção de analfabetos, mendigos, soldados, mulheres e religiosos sujeitos ao voto de obediência.
Algumas desta determinações viabilizaram a formação de oligarquias, (entre estas o coronelismo) o período que vai de 1894 a 1930 foi marcado pelo governo de presidentes civis ligados ao setor agrário. Sendo estes da elite mineira e paulista acabava sempre favorecendo o setor agrícola principalmente do café (paulista) e do leite (mineiro).
O convenio de Taubaté apesar de ter ocorrido mais tarde foi sem duvida o que mais beneficiou os cafeicultores.
Getúlio Vargas governou o Brasil durante quinze anos, de 1930 a 1945. Estes anos são conhecidos como a Era Vargas e suas características são as diversas alterações que o então presidente realizou no país nos setores sociais e econômicos. Até o começo da década de 30, a República Velha vigorava no Brasil, ou seja, o país possuía uma centralização de poder entre os partidos políticos, além da economia cafeeira e a aliança política entre São Paulo e Minas Gerais, conhecida como “café com leite”, uma vez que a presidência era revezada ora por um Presidente mineiro ora por um paulista. O presidente da época, Washington Luís, deveria indicar um mineiro para o cargo, porém apoiou Júlio Prestes, o que causou a conhecida revolta armada, já que a Aliança Liberal afirmava que tudo era uma fraude eleitoral. A situação ficou ainda mais crítica quando o vice-presidente de Getúlio Vargas, João Pessoa foi assassinado em Recife. Aproveitando destes incidentes, os getulistas não perderam tempo em culpar seus opositores sem provas. No final do mesmo anos, com a ajuda do exército o poder foi passado para Getúlio. Vargas usou políticas de modernização, criou novos ministérios (Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio e o Ministério da Educação e Saúde), deu segmento a política de valorização do Café, o PVC, criou o Conselho Nacional do Café e o Instituto do Cacau e a Lei da Sindicalização, cujos sindicatos eram vinculados indiretamente ao residente. Um ano depois, um passo ousado de Getúlio quase colocou tudo a perder, ele tinha a intenção de derrubar a Constituição Brasileira, o que deixou a classe média paulista irritada. Para piorar a situação quatro soldados paulistas: Martins, Miragaia, Dráuzio e Camargo, foram assassinados e então a sociedade passa a apoiar a causa constitucional de 1932. No dia 9 de julho, a revolução acontece, sendo que os paulistas tinham apoio do Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. O presidente então isola São Paulo, que sem outra opção se rende. É então aprovada a Constituição de 1934 que passa a ter o voto secreto, o voto feminino, ensino primário obrigatório e diversas leis trabalhistas. Três anos mais tarde, devido aos documentos do Plano Cohen, Vargas conseguiu realizar o Golpe de 1937 derrubando a Constituição e declarando o Estado Novo. O presidente fechou o Congresso Nacional, criou o Tribunal de segurança Nacional, centralizou o poder e acabou com a liberdade partidária. Getúlio Vargas saiu do governo após sofrer um golpe militar no dia 29 de outubro de 1945. No mesmo ano foram feitas eleições livres, e ele foi eleito senador. No ano de 1951, ele voltou à presidência através de voto popular e em 1954, o atentado na Rua Tonelero, colocou tudo a perder. Depois de ser pressionado, Vargas se suicidou no dia 24 de agosto de 1954.
A Guerra de Canudos aconteceu entre os anos de 1896 a 1897 no serão da Bahia, onde Antônio Conselheiro, líder messiânico, estabeleceu uma comunidade com o intuito de governá-la e torna-la sustentável, ou seja, esse povoado supriria suas próprias necessidades.
Nos anos de 1877 a 1879, houve um período de grande seca no Nordeste, e essa região começa a passar um dos períodos mais miseráveis de sua história. Nesse contesto, Antônio Conselheiro ofereceu abrigo e oportunidade de proteção e expandiu rapidamente seus seguidores, e como Canudos ficava na zona de influência do barão Jeremoabo, começou a irritar os grandes proprietários de terras. A prosperidade e o prestígio que o arraial ganhava acabaram amedrontando os líderes locais que tinham medo de perder força política. A provável causa imediata da Guerra de Canudos é devido a Antônio Conselheiro ter comprado um carregamento de madeira e não ter recebido, e por isso ameaçou invadir a cidade com seus seguidores, o que foi solicitado reforço das forças Policiais locais para impedir essa invasão.
Uma Força Policial de 40 homens foi enviada pelo Governo da Bahia, sendo derrotada pelos seguidores de Antônio Conselheiro. No mesmo ano, outra expedição foi enviada contra Canudos, e desta vez um efetivo de 600 homens. Essa expedição foi comandada pelo Major Febrônio de Brito e novamente foi derrotada em maio de 1897. Outra expedição foi organizada pelo Coronel Moreira César, conhecido como “corta cabeças”, e mais uma vez foram derrotados. A quarta e última expedição ficou a cargo da brigada do General Artur Oscar de Andrade Guimarães com seus 6.000 homens, que conseguiu invadir e destruir o arraial.
Os números finais da Guerra de Canudos é assustador. Mais de 5.000 mortos em combate, e após o fim da guerra, teve um aspecto positivo que foi o surgimento de debates sobre o povo sertanejo. Atualmente, o que restou de Canudos está submerso nas águas de Cocorobó, construído no Brasil no final dos anos 60, em uma inútil tentativa de apagar da lembrança do povo brasileiro um dos mais autênticos movimentos organizados pelas camadas populares.
A REPRESSÃO APÓS O GOLPE DE 1964
O golpe militar de 31 de março de 1964 foi o mais longo período de interrupção democrática pelo qual passou o Brasil durante a República. Esse período foi chamado pela história de “anos de chumbo”, tendo sido marcado pela cassação de direitos civis, censura à imprensa, repressão violenta das manifestações populares, assassinatos e torturas. Segundo o historiador e Cientista Político da UNB, Octaviano Nogueira, o golpe de 1964 resultou no mais duro período de intervenção militar na democracia, entre tantos desencadeadores no decorrer da história republicana. Tudo começou quatro aos anos antes, com a renúncia de Jânio Quadros, da UDN, um partido da direita, em 1961, que renunciou sete meses após sua posse. A renúncia deixou um vácuo de poder, uma vez que seu Vice, João Goulart, do PTB, um partido da esquerda, era visto com desconfiança pelas Forças Armadas. Com o decorrer do tempo, ameaçado por greves constantes, sem o apoio da imprensa e de parcela significativa da sociedade, os militares depõem João Goulart.
O Marechal Castelo Branco assumiu a presidência da República e João Goulart se exilou no Uruguai. Coube ao sucessor de Castelo Branco, o Marechal Artur da Costa e Silva, iniciar o processo de radicalização do regime.
Foram os anos mais duros da ditadura militar, com mortes e tortura de militantes políticos que lutavam pela volta da democracia.
O PROCESSO DE ABERTURA POLÍTICA
A abertura política brasileira foi um processo de desestabilização de estrutura do Regime Militar que predominava no Brasil. Foi iniciado no ano de 1974, durante o governo de Ernesto Geisel, que trazia um projeto de distensão lenta, segura e gradual. Os ideais de Castelo Branco, que fora o primeiro Presidente do Regime Militar voltavam a serem citados. Castelo Branco almejava institucionar a “Revolução” que fora feita para salvar a democracia; além do mais, a imagem dos militares estava começando a ser questionada, após dezenas de torturas praticadas contra estudantes e operários mortos e desaparecidos nos anos de chumbo. A ideia era abrandar o regime e permitir algumas pequenas liberdades e posteriormente retirar os militares do governo. O país passava por uma crise econômica que se agravava a cada dia. O elevado preço do petróleo e as altas taxas de juros internacionais desequilibram o balanço brasileiro de pagamentos e estimulava a inflação. No entanto, apesar de todos esses problemas econômicos e também sociais o governo não cessa o ciclo de expansão econômica iniciada nos anos 70, aumentando o desemprego.
Para mostrar suas intenções, o General Geisel puniu os militares que estavam envolvidos nos assassinatos do Jornalista Wladmir Herzog e do operário Manoel Fiel Filho, vítimas de tortura pelo DOPS, em 1977.
Em 1979, João Batista Figueiredo assumiu a presidência do Brasil e sua administração promoveu uma frouxa transição para os civis. Em seu discurso ao vencer as eleições, promete a mão estendida em conciliação jurando fazer do País uma democracia.
No plano político, concedem anistia ampla, geral e irrestrita aos políticos pelos atos institucionais. Além disso, permitir o retorno ao Brasil dos exilados pelo Regime Militar.
É exatamente como diz a canção, “Sem lenço e Sem documento”. Assim se encontra o País, Sem lenço e Sem alento
São Paulo de uma vila a uma das maiores metrópoles do mundo
É difícil de acreditar; principalmente para quem a ver hoje que o difícil acesso a cidade de são Paulo fazia dela uma vila pobre e isolada. Entre o litoral e os vales genéticos havia a grande muralha da Serra do Mar, quase que instransponível. Mesmo após a chegada dos bandeirantes desbravando as matas. Durante séculos a capital paulista não passou de uma vila atrasada, que mesmo quando elevada à categoria de cidade, manteve-se fechada ao país. Isolada, longe de vislumbrar o progresso. Nas ruas de chão batido, carros de bois, mulas e outros animais serviam de transporte. Com o passar dos anos, o progresso chegou, aos poucos, à cidade isolada, suja e sem brilho. Assim foi até que se entrou na época em que a produção cafeeira tornou-se a principal economia do Brasil. E assim São Paulo servia de entroncamento entre o porto para onde o café era escoado, e as terras férteis do interior do Estado, onde era cultivado.Com a necessidade de se escoar o café, exportando-o para o resto do mundo, era preciso modernizar os meios de transporte. Surgiram as estradas de ferro que ligavam o interior produtor de café com a capital paulistana, transpondo a Serra do Mar. Primeiro veio a Estrada de Ferro dos Ingleses, em 1867, na década seguinte surgiram a Sorocabana e a Central do Brasil, fazendo de São Paulo um importante entroncamento viário, trazendo-lhe um súbito surto de progresso. Através das estradas de ferro circulavam as riquezas que convergiam do interior e do litoral e as indústrias nascidas ao longo dos desvios ferroviários. A The São Paulo Railway, ou Estrada de Ferro dos Ingleses, interligava Santos a Jundiaí. Foi idealizada pelo Barão de Mauá, que associado a capitalistas ingleses, conseguiu a aprovação do imperador ao projeto, em 1859. Sua abertura ao tráfego foi feita oficialmente em 16 de fevereiro de 1867. Finalmente, Estrada de Ferro Central do Brasil
(aqui em uma fotografia de um cartão postal de 1905), que ligava a capital do Brasil, Rio de Janeiro, à capital paulista popularmente conhecida por Estação do Norte, foi inaugurada em 1875. A partir de 1887, dois trens noturnos, um deles de luxo mantinham a ligação com a capital federal Um pequeno trem, chamado de “trenzinho da Cantareira”, atravessava a cidade rumo a Serra da Cantareira, onde estava o Horto Florestal e os açudes que abasteciam de água a cidade. Era uma viagem que servia como turismo ecológico, com paisagens pitorescas.
O progresso lento da capital paulista foi aos poucos, acelerando. Transformada em uma cidade de entroncamento ferroviário, era preciso que transportes eficazes vencessem as distâncias e chegassem aos novos bairros operários. Em 1872, foi inaugurada a primeira linha das chamadas diligências sobre trilhos da cidade, efetuada pela Carris de Ferro de São Paulo. Mas o sistema de bondes só ganhou grande impulso quando a energia elétrica chegou à Paulicéia, iluminando as suas ruas. Em 1900 começaram a circular os bondes elétricos da Light. A primeira linha inaugurada foi a da Barra Funda. As linhas de bondes elétricos foram, aos poucos, conectadas a todos os bairros da cidade. Os serviços oferecidos pelo transporte eram distintos, tendo bondes de primeira e segunda classe; alguns especiais para transportar operários; ou ainda, aqueles que circulavam a saída dos teatros e dos campos de futebol, que se tornaram a nova febre da Paulicéia. O primeiro automóvel que circulou pelas ruas de São Paulo em 1893, pertencia a Henrique Santos Dumont, irmão do célebre aviador Alberto Santos Dumont. Há relatos que apontam para o próprio Santos Dumont como dono do primeiro carro que teria circulado não só em São Paulo, como no Brasil. O Pai da Aviação teria trazido da França, em 1891, um Peugeot que havia comprado por 1200 francos Em 1912. Foi inaugurado o transporte motorizado de passageiros, que viriam a serem os futuros táxis, pela empresa Auto Viária Paulista. A direção dos carros era uma exclusividade dos homens. Quando a Senhora Batista Franco, em 1918, chegou a São Paulo dirigindo o seu automóvel, provocou grande escândalo, incitando a indignação e o repúdio das famílias tradicionais paulistanas. Os primeiros ônibus que invadiram a capital paulistana surgiram em 1924, numa consequência da crise que o bonde elétrico atravessava como transporte público. Os primeiros ônibus que circularam foram chamados pelos populares de “Mamãe-me-leva”. Posteriormente passaram a ser chamados de “Jardineiras”.
Atualmente temos varias linhas de trens principalmente de cargas, outras tantas de trens elétricos ou metros que interligam vários bairros. Em geral, os trens subterrâneos são programados para funcionar de forma automatizada. Claro, na teoria, porque na prática passageiros seguram as portas e geram atrasos, a chuva faz os trens diminuírem de velocidade em trechos a céu aberto e acidentes acontecem. Por isso, o homem precisa interferir no funcionamento - ou, pelo menos, ficar de olho vivo para ver se está tudo rolando legal. No metrô da cidade de São Paulo, por exemplo, o setor essencial é o Centro de Controle Operacional (CCO), um escritório onde os controladores de tráfego monitoram todo o trânsito subterrâneo, mandando impulsos elétricos pela fiação para controlar o vai-e-vem dos trens - como você sabe, o metrô paulistano é movido por eletricidade.
O quarto grande empreendimento atual do Metrô de São Paulo é a Fase dois da Linha 4-Amarela, que concentrará para 12, 8 km de trilhos e 11 estações, beneficiando perto de um milhão de usuários todos os dias. Serão mais cinco estações: Higienópolis-Mackenzie, Oscar Freire, Fradique Coutinho, São Paulo-Morumbi e Vila Sônia. As projeções apontam que até o final de 2014 sejam inauguradas mais 24 estações, ampliando os atuais 74,3 quilômetros de malha para mais de 100 quilômetros.
A aplicação de cores na cobertura de treliça metálica, bem como sobre o telhado frontal resultou em um forte elemento de identificação para as estações, transformando-os em importantes pontos de referência na paisagem urbana. A implementação de terminais multimodais, como o Terminal Intermodal Palmeiras-Barra Funda, onde os trens metropolitanos, bem como as linhas de ônibus municipais, intermunicipais e interestaduais se conectam com a rede de metrô, consolidando assim o seu papel de estruturar o transporte coletivo de diferente modo. Esta implantação também considerou a política de descentralização para os terminais de estrada, iniciado pela Prefeitura de São Paulo em 1977. A poluição sonora é um dos principais problemas das linhas do metrô elevadas e em superfície, sobretudo as mais antigas, implatadas nas décadas de 1970 e 1980. Durante a implantação do Metrô nos anos 1970, não havia legislação ambiental regulamentada que regulasse o nível máximo de ruído produzido pelo sistema de Metrô, de forma que a passagem de trens nas linhas elevadas e em superfície chega a produzir sons de 75 a 80dB (em alguns trechos como entre as estações Barra Funda e Marechal Deodoro ocorrem picos de 90dB a 100dB de níveis de ruído), similar ao de avenidas de alto tráfego, conforme constatado pela CPI da Poluição realizada em 2006 . Recentemente a Cia do Metropolitano iniciou a instalação de barreiras acústicas nos trechos elevados da Linha 3 Vermelha.
A primeira favela no Brasil, segundo dados do governo, surgiu no morro da Providência, no centro da cidade do Rio de Janeiro, em 1897. Daí já se passou mais de um século e o progresso em todas as áreas é algo visível; transporte, comunicação, educação e saneamento. É claro, para quem mora nos centros, pois no que se refere às favelas, pouca coisa, pois mudou o problema de moradia ainda persiste sem muitas perspectivas. O morro da Providência fora ocupado inicialmente pelos soldados da Guerra de Canudos, e que exigiam do governo a casa própria como premiação. Na época, o governo não tinha verba para a construção de casas autorizando que os soldados construíssem barracos de madeira no local. No mesmo ano, já havia surgido à favela do morro de Santo Antônio, no centro do Rio. Que logo foi destruído para construir o aterro do Flamengo, e como podemos ver até mesmo neste ponto as coisas continuam iguais há um século. Foi o aterro do flamengo que deixou aqueles moradores do morro de Santo Antônio sem um teto. Hoje, em pleno século XXI, há preparação para a copa do mundo de 2014 e o Estádio do Corinthians "Muitos vão sorrir, mas alguns vão chorar." O presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, recorre a esta frase sempre que fala sobre o impacto que a arena do clube terá para Itaquera, na zona leste de São Paulo. O riso virá das oportunidades que o estádio paulistano da Copa de 2014 proporcionará a quem vive na região. O choro fica por conta do "preço a pagar pelo desenvolvimento”. Nessa situação, estão pelo menos 5.200 pessoas, ameaçadas de despejo para obras no entorno do estádio. Os primeiros levantamentos do IBGE sobre aglomerados subnormais foram feitos na década de 50. Em 1953, foi lançado o estudo "As favelas do Distrito Federal e o Censo Demográfico de 1950", que apurou que 7,2% da população do Distrito Federal (169.305 pessoas) viviam em favelas. Em 1960 Segundo o IBGE, mais de 10 milhões de pessoas vivem em favelas. Não muito diferente de hoje a situação das favelas foram ignoradas naquele tempo como continuam sendo nos dias atuais Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou algum tempo atrás os primeiros mocambos ou palafitas, essas áreas abrigam os lares de 6% da população brasileira, o que representa 11.425.644 pessoas. De acordo com o estudo foram identificados 3.224.529 domicílios nessas áreas, o que representa 5,6% do total de residências existentes no País. Bom, uma coisa com certeza mudou se antes os primeiros moradores da favela foram os soldados da Guerra de Canudo tidos como heróis da pátria. Hoje sem a mínima infraestrutura e como os dados mostram pouco ou nada tendo sido feito para mudar esta realidade faz com que o cidadão morador da favela seja constantemente confundido com o bandido e o problema só se agrava com a ocupação urbana crescente, e os investimentos em infraestrutura não sendo suficientes; faz com que a população busque cada vez mais os espaços que são deixados de lado pela "urbanização formal", o que nos obriga a perguntar ate quando esta situação vai continuar sem a devida atenção do poder público, ate quando vão tentar maquiar a situação. “Acho que fica feio para quem vem do estrangeiro ver uma favela no caminho”, diz a doméstica Andrea Cristina Gonçalves. "Eles pagam 4.300 reais para a família e ela tem que se virar para arrumar lugar para morar.” diz a doméstica _Esse dinheiro dá para quê? A CDHU explica que as famílias foram retiradas a pedido da prefeitura porque estavam em área de risco e não por causa da Copa, mas diz que, além dos 4.300 reais dados a elas, foi firmado compromisso de "futuro atendimento habitacional definitivo”. Será? A relatora especial da ONU para o Direito à Moradia Adequada, Raquel Rolnik, divulgou recentemente um comunicado sobre supostas violações do direito à moradia relacionada à preparação do Brasil para a Copa de 2014. Segundo ela, a ONU (Organização das Nações Unidas) tem recebido denúncias sobre despejos e remoções nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Recife, Natal e Fortaleza. Este e o cenário que espera por milhares de brasileiros ser não forem tomadas providencias imediatas quanto à infraestrutura na área habitacional de curto, médio e longo prazo.
TABELA 1 - ESTABELECIMENTOS DE SAÚDE, SEGUNDO AS REGIÕES E UNIDADES DA FEDERAÇÃO - BRASIL - 1976/2009.
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Departamento de População e Indicadores Sociais, Pesquisa de Assistência Médico-Sanitária 1976/2009
BIBLIOGRAFIA:
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