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de energia, no caso europeu, é marcada pela opção nuclear23 , pode­se afirmar que, hoje, o grande esforço institucional organizado em torno do desenvolvimento da turbina a gás é americano. Dessa maneira, pode­se identificar duas opções estratégicas distintas entre americanos e europeus, em termos de desenvolvimento tecnológico institucionalizado. Embora possa ocorrer mudanças nessas apostas e nos cacifes alocados em cada uma delas, não se deve deixar de levar em conta que o atraso nessa área dos europeus, ao longo da década de noventa, pode pesar desfavoravelmente na evolução futura da indústria de equipamento desse continente.

A competição no mercado de equipamentos não ocorre apenas entre empresas, mas, também, entre países. Assim, desenha­se uma competição extremamente acirrada entre grandes blocos de empresas/países em um mercado globalizado, onde a vantagem competitiva decisiva é a inovação tecnológica. Em outras palavras, um jogo para grandes jogadores, onde os países em desenvolvimento têm, inicialmente, apenas um papel: mercado consumidor de equipamento. Dessa forma, se no início da crise, o amadurecimento da tecnologia convencional abria “janelas de oportunidades” para a entrada de novos jogadores, de linhagem menor, no restrito grupos de “players”, a aceleração do jogo dentro do novo paradigma tecnológico da geração torna a colocá­los na velha e conhecida posição de dependência.

5 – Conclusão

Na medida em que o Brasil ensaia uma inflexão na sua trajetória tecnológica de geração de eletricidade em direção às térmicas, em particular, às turbinas a gás, cabe chamar a atenção sobre alguns aspectos do atual estagio de desenvolvimento dessa tecnologia:

A turbina a gás é uma tecnologia em transição, ainda distante da maturidade. Isto significa que há um longo e custoso processo de aprendizado para ser desenvolvido na configuração da nova geração de turbina. Associações entre produtores de equipamento e empresas geradoras tornam­se um recurso estratégico importante nessa fase do desenvolvimento dessa tecnologia.

Dado o atual estágio de desenvolvimento tecnológico, as possibilidades, no curto prazo, para que essas turbinas sejam fabricadas pela indústria nacional são bastante limitadas.

O atual momento representa um forte e inédito lock­in no desenvolv