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Por:   •  4/10/2014  •  Tese  •  845 Palavras (4 Páginas)  •  147 Visualizações

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Acompanhei cuidadosamente o debate da noite de ontem e começo da madrugada de hoje na TV Globo. Escrevi, como vocês podem acompanhar, 40 posts ao longo de duas horas e dez minutos, registrando perguntas e respostas. Assim, experimentei de perto o horror e a picaretagem. Dos sete candidatos presentes, apenas três têm chances reais de se eleger presidente da República. Os outros são candidatos de si mesmos ou de sua grei de fanáticos. Quem perde com a obrigatoriedade de tê-los no debate é a população, é o eleitor.

Esqueçam. Não haverá tão facilmente uma reforma política e eleitoral que barre a sanha dos chamados nanicos, alguns deles vivendo exclusivamente do Fundo Partidário, uma das excrescências que existem no Brasil. A Lei Eleitoral impõe que as TVs e rádios, por serem concessões públicas, não privilegiem partidos. Ocorre que uma coisa é conceder privilégios. Outra, distinta, é tratar igualmente os desiguais.

Ora, quem eram os privilegiados de ontem à noite no debate da Globo, por força de uma interpretação vesga da lei? Juntos, Dilma Rousseff, do PT; Marina Silva, do PSB, e Aécio Neves, do PSDB, têm 85% do eleitorado brasileiro. Não obstante, os outros quatro, que somam 4%, foram tratados em pé de igualdade. E, como perguntaria o poeta Ascenso Ferreira, pra quê? Pra nada!

Eduardo Jorge, do PV, que tem até uma trajetória respeitável, tornou-se o Enéas dos malucos-beleza, o Ideiafix de Obelix, defensor da natureza, que gane quando vê alguma agressão à natureza. Não tem o que dizer, o que perguntar, o que propor, a não ser a sua pauta fixa: descriminalização do aborto e da maconha. Seria o caso de indagar onde está a sua sanidade, sendo, como é, um médico.

Mas isso é problema dele. Só é problema nosso quando, num debate para a Presidência, tendo a chance de fazer uma pergunta sobre a corrupção para a atual mandatária, dirige-lhe uma questão sobre… descriminação do aborto. Ideiafix!!! Não tem uma pauta de presidente. Usa o espaço para vender as suas teses, que inclui mato e feto moídos.

Luciana Genro, do PSOL, é o pior que pode produzir a ignorância esquerdista dos mimados. Suas teses são de um cretinismo espantoso mesmo para os padrões da esquerda. É grosseira, desinformada e autoritária. Por sorteio, usou mal o nosso tempo, o dela e o de Dilma, dirigindo duas perguntas bucéfalas à presidente. Na primeira, afirmou que a corrupção na Petrobras é fruto da associação da petista com a direita, como se a esquerda não praticasse corrupção. Pratica, sim. A começar do PSOL, o partido de Luciana, como lembrarei daqui a pouco.

Na segunda, deveria ter feito uma pergunta à presidente-candidata sobre programas sociais. Usou o tempo para defender a taxação pesada aos banqueiros e aos milionários. Tem uma cabecinha vulgar, populista, obscurantista. Dilma a ignorou e falou o que bem quis.

Luciana e Eduardo Jorge resolveram embarcar na onda e demonizar Levy Fidelix, cujas ideias margeiam o folclore. Por incrível que pareça, revejam o debate, quem argumentou com as leis certas e que organizam o estado de direito no Brasil foi o despreparado Levy. Luciana chegou a dizer que o homem deveria ter saído algemado do debate da Record. E afirmou: “Se tivesse uma lei anti-homofobia, tu teria (sic) saído algemado de lá”. A tiranazinha sem voto deixou

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