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Módulo A O fim do socialismo (a crise do socialismo)

Por:   •  20/3/2017  •  Trabalho acadêmico  •  3.456 Palavras (14 Páginas)  •  294 Visualizações

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Módulo A

O fim do socialismo (a crise do socialismo):

  • História do Socialismo:

. Precursores do Socialismo:

-> Graco Babeuf: foi um indivíduo que atuou durante a revolução francesa. Desiludido com os rumos da revolução, Babeuf, criou o jornal “A Tribuna do Povo”. Onde escrevia artigos criticando o Diretório (governo que dirigiu a França entre 1795-1799). O Diretório fechou o jornal “A Tribuna do Povo” e Babeuf passou a viver clandestinamente. Babeuf organizou a Sociedade dos Iguais que lançou o Manifesto dos Iguais, documento que pregava o igualitarismo, o fim da propriedade privada. O governo do diretório fechou a Sociedade dos Iguais e Babeuf foi preso em 1796. Acusado de liderar a conspiração dos iguais, Babeuf foi condenado a morte e executado em 1797 (guilhotina).

  • Socialismo Utópico:

- Ideias que pregam o igualitarismo e demonstravam uma desilusão com o liberalismo e com o progressismo da Revolução Industrial;

- O socialismo utópico pregava um ideal igualitarista;

Obs.: socialismo utópico = socialismo romântico

- Entre os socialistas utópicos, destacaram-se:

Claude Saint Simon

- Aristocrata que renunciou ao título de nobreza (Conde) e ao patrimônio da família. Foi o autor da obra “Carta de um morador de Genebra”. A obra criticava a vida parasita de nobres, clérigos. O autor pregava uma sociedade justa, equilibrada, igualitária.

Charles Fourier

- Foi o autor da obra “Novo Mundo Industrial”. Criticava o industrialismo daquele tempo e propunha a formação de falanstérios (comunidades agroindustriais).

Robert Owen

- Foi um trabalhador da indústria que instalou uma comunidade agroindustrial em New Lamarck, na Escócia. Atuou como líder trabalhista e organizador das primeiras “tradeunions” formadas na Inglaterra. Owen tornou-se um líder sindical.

  • Socialismo Científico (Marxismo – pensamento ateu)

- Teve como seus principais expoentes os alemães Karl Marx e Friedrich Engels.

- Em 1848, Marx e Engels lançaram o manifesto comunista. O manifesto propunha uma revolução socialista para transformar a sociedade e instituir o comunismo ou seja o igualitarismo. De acordo com o manifesto, as mudanças históricas derivam de interesses econômicos (materialismo econômico). O manifesto trata da luta de classes e de como, ao longo da história, opressores exploravam os oprimidos (materialismo dialético). O manifesto comunista propunha uma revolução socialista para destruir o Estado burguês, o capitalismo, a propriedade privada. Seria formado um Estado Socialista responsável pela preparação das condições para a instituição do comunismo (quando desapareceriam as classes sociais, a desigualdade e o Estado).

- Marx e Engels, em conjunto, lançaram em 1867 o 1º volume da obra “O Capital”. Era uma análise pormenorizada a respeito do capitalismo. O 2º e 3º volume do capital, foram publicados depois da morte de Marx;

Obs.: Na obra “O Capital”, Marx e Engels discutem a teoria da mais-valia.

- Em 1864, Marx participou da organização da Associação Internacional dos Trabalhadores (AIT), também conhecida como 1ª Internacional. O objetivo era promover a união dos trabalhadores de todo o mundo e promover a revolução em todos os países.

- A primeira aplicação prática das teses marxistas ocorreu na Comuna de Paris, em 1871. A guerra franco-prussiana, de 1870, culminou a unificação da Alemanha. Os alemães, vitoriosos, obrigaram a França a aceitar o tratado de Frankfurt, que, entre outras coisas, tomava dos franceses os territórios de Alcácia e Lorena. A jovem república francesa, presidida por Thiers, humilhada, perde apoio popular. Revoltados, o povo de Paris, instituiu a Comuna de Paris. Um governo popular socialista (voto universal, fim do trabalho noturno). Foi o 1º exemplo de autogestão popular. A Comuna de Paris foi esmagada pela reação do governo da República Francesa operando a partir de Versalhes. Com o apoio dos alemães, as forças de Versalhes, foram vitoriosas no confronto contra a Comuna. O número de mortos passou de 20 mil, apenas entre membros da Comuna (comunands).

Obs.: A derrota da Comuna de Paris contribuiu para a perda de prestígio da AIT (1ª Internacional), tanto que alguns anos depois ela deixaria de existir.

  • Revolução Russa (1917)

. Fatores:

- Atraso político, pois até o século XX a Rússia era uma monarquia absolutista onde os Czares centralizavam totalmente o poder (em nome de Deus);

- Atraso econômico, pois a Rússia ainda era um país agrícola em que a industrialização engatinhava;

- A sociedade vivia em condições anacrônicas, pois os camponeses viviam sob forte exploração, enquanto os operários das fábricas vivam sem qualquer legislação trabalhista;

- Existiam partidos de oposição ao Czarismo, porém as perseguições políticas levavam muitos oposicionistas ao exílio. O principal partido oposicionista era o Partido Social Democrata Russo.

Obs.: em 1903, em uma reunião do PSDR rachou em duas correntes:

- Bolcheviques = pretendiam realizar a revolução apoiados no proletariado;

- Mencheviques = pretendiam realizar a revolução com o apoio da burguesia.

- Guerra russo-japonesa (1904-1905) onde a derrota da Rússia abalou o prestígio do Czar Nicolau II;

- Protestos de 1905 (“Revolução de 1905” – ensaio geral) produziram o domingo sangrento (liderada por um padre chamado Gapone, buscou uma negociação com o governo para conversar com o povo, para entrar num acordo. Foram enganados, achando que iam conversar com o Imperador, porém ele não estava lá, Muitos foram mortos, pisados pelos cavalos que saíram do palácio onde o Imperador vivia.)

- Formação de uma Duma (parlamento). (Onde apenas havia representantes diretos do Czar Nicolau II);

- Formação de Sovietes (conselhos formados pelo Bolcheviques para planejar a revolução. Muitos camponeses, operários, semianalfabetos frequentaram esses conselhos. Lá eles recebiam politização, onde eles eram alertados sobre a realidade que eles viviam e as chances de mudança);

- 1ª Guerra Mundial (1914-1918): Tríplice Entente (França, Inglaterra e Rússia) x Tríplice Aliança (Alemanha, Áustria e Itália);

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