O Lauda Sobre a Globalização

Lauda sobre Globalização

Entende-se que a prisão, no contexto intencional, existiria para "esconder" a escória social (pessoas socialmente marginalizadas) e que na pós-modernidade, esse tipo de punição existe para excluir os "consumidores falhos". Mais pra frente, é explicada uma associação que faz analogia desses conceitos aos dos ditos "excluídos globais".

É entendível que as ideias do filósofo Bauman são contrárias às de Giddens uma vez que Bauman elege esses "excluídos" como a "parte ruim/limite trágico" da globalização; já Giddens sugere que a cultura seria uma brecha para inclusão destes.

Resumidamente, Giddens possui percepções mais reflexivas e diretas a respeito da sociedade atual construindo a ideia de que a expansão das informações e a filtragem delas, faz com que os indivíduos reflitam melhor sobre eles, podendo trazer resultados positivos como melhorias na política e na estruturação social. Paralelo a isso, há Zygmunt Bauman que observa a globalização com outros olhos e entende que "refugo global" vai além ao que a expressão sugere haja vista que as consequências da globalização refletem em uma parcela que não goza das vantagens defendidas por Giddens.

Bauman divide em dois grupos: os que participam e os que são atingidos por ela.  Sendo o segundo grupo, o dos pobres e desabilitados que são convertidos em refugo humano habitando periferias, favelas, zonas de conflito, etc. Dessa forma, o sociólogo afirma que o processo de globalização reforça uma nova categoria de desigualdade social, onde os novos consumidores ocupam posições de destaque enquanto os excluídos são submetidos a novas formas de coerção, sem qualquer incorporação, manutenção ou esforços de criar laços sociais. Ademais, a nova globalização visa “limpar” a visão dos consumidores eliminando a “impureza social”, sem tentar inserir essa população no mundo do trabalho.