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O Principe

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Por:   •  4/10/2013  •  948 Palavras (4 Páginas)  •  331 Visualizações

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“Analise do trecho do capitulo VI do livro O Príncipe, sob a ótica da virtu e conceito dos principados”.

Universidade Gama Filho

Rio de Janeiro,03 de Outubro de 2012.

O Príncipe procura instigar qual é a essência dos principados, de quantas e quais espécies os mesmos podem ser, como são conquistados, conservados e por que se perdem, ou seja, ele quer verificar a essência do governo de sua época, bem como traz em suas paginas o conceito de República, considerando-a com algo a se almejar, consiste em um manual prático o qual envolve experiência e reflexões do autor.

Os Estados, que no livro são chamados de principados, podem ser hereditários ou novos. No caso do primeiro é tão fácil conseguir e mantê-los que o autor pouca importância deu a eles. As dificuldades reais se encontram nos principados novos, que se subdividem em inteiramente novos, ou mistos neste caso já agregados a um Estado existente.

Maquiavel ignora a legitimidade em seu livro, o que importa é a força e os meios de usa-la. Para ele, o triunfo do mais forte é um fato existencial da humanidade, assim tudo ser resume em ter forças suficientes para conquistar e manter o poder. No perpassar da obra o uso dessas forças para uma guerra de da manutenção do alvo conquistado.

Desta forma, a base de todos os estados será boas leis e boas armas; "há boas leis onde há boas armas". Vale salientar que, "boas armas" em questão são tropas nacionais e não tropas mercenárias, que lutam em razão do dinheiro, esse conceito traz uma evolução no paradigma medieval da submissão total ao Senhor Feudal.

O autor fala, então sobre aquela que uma das principais características da obra as maneiras de conquistar/conservar/perder o poder político, por meio da virtu (capacidade de tomar decisões) e/ou meio feroz( suas próprias armas), por meio da fortuna ( com armas alheias, sorte, "por que o destino quis"), por meio da perversidade ( por meio exclusive da força) e por fim por meio do favor e consentimento dos cidadãos. Tendo por mais importante os dois primeiros meios.

A virtu pode ser entendida como a capacidade própria do príncipe, a sua sabedoria, sua força de vontade, sua decisão de ação, saber o que fazer quando for preciso fazer, o saber agir. Já a fortuna é entendida como sorte, acaso, um acontecimento alheio à vontade do governante, ou seja, a primeira se relaciona com as características próprias de quem manda, enquanto a segunda de vontades alheias do mesmo. Na obra o soberano ideal é aquele que alia a virtu à fortuna, sabendo assim aproveitar os momentos que a vida lhe dá usando seu poder de tomada de decisões nesses momentos especifico.

Para o autor, os que se tornam príncipes pela virtu e pelas próprias armas têm, maiores dificuldades em se instalar nos principados por eles conquistados, mas em contrapartida possuem mais facilidades em mantê-los posteriormente. Para ter sucesso, o príncipe deve ter em mãos os meios para constranger, dever poder de usar da força. Já os que se tornarem príncipe pela fortuna e pelas armas alheias, possuem muito mais facilidade em se instalar nos principados, porém dificuldades em mantê-los, pois depois de estarem instalados dependeram da vontade de exércitos alheios e da sorte, fatores variáveis e improváveis, o que pode favorecer

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