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PSICOLOGIA SOCIAL E SERVIÇO SOCIAL

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Por:   •  20/9/2014  •  Projeto de pesquisa  •  2.430 Palavras (10 Páginas)  •  173 Visualizações

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP

CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

PÓLO - PAU DOS FERROS / RN

DISCIPLINA: PSICOLOGIA SOCIAL E SERVIÇO SOCIAL

PROFESSORA EAD: MA. HELENROSE A. DA S. PEDROSO COELHO

ATPS DE PSICOLOGIA SOCIAL E SERVIÇO SOCIAL

PAU DOS FERROS

2012

PSICOLOGIA SOCIAL E SERVIÇO SOCIAL

Relatório apresentado ao curso de Serviço Social da Universidade Anhanguera – Uniderp, como requisito avaliativo referente a disciplina de Psicologia Social e Serviço Social.

PAU DOS FERROS/RN

SETEMBRO /2012

CULTURA

A Cultura é fundamental para a compreensão de diversos valores morais e éticos que guiam nosso comportamento social. Entender como estes valores se internalizaram em nós e como eles conduzem nossas emoções e a avaliação do outro, é um grande desafio.

CULTURA -É o conjunto de atividades e modos de agir, costumes e instruções de um povo. É o meio pelo qual o homem se adapta às condições de existência transformando a realidade. Cultura é um processo em permanente evolução, diverso e rico. É o desenvolvimento de um grupo social, uma nação, uma comunidade; fruto do esforço coletivo pelo aprimoramento de valores espirituais e materiais. É o conjunto de fenômenos materiais e ideológicos que caracterizam um grupo étnico ou uma nação (língua, costumes, rituais, culinária, vestuário, religião, etc.) , estando em permanente processo de mudança.

Se entendermos que cada grupo étnico possui sua forma de se expressar no mundo, ampliamos nossa compreensão de que há uma diversidade cultural que deve ser respeitada, senão compreendida. E o respeito compreende a liberdade de expressão.

Em geral, o senso comum emprega as expressões ter cultura e não ter cultura como sinônimos de culto e inculto, o que gera uma serie de distorções e preconceitos.

Se reunirmos o sentido amplo e o sentido restrito, compreenderemos que a Cultura é a maneira pela qual os humanos se humanizam por meio de práticas que criam a existência social, econômica, política, religiosa, intelectual e artística.

A religião, a culinária, o vestuário, o mobiliário, as formas de habitação, os hábitos à mesa, as cerimônias, o modo de relacionar-se com os mais velhos e os mais jovens, com os animais e com a terra, os utensílios, as técnicas, as instituições sociais (como a família) e políticas (como o Estado), os costumes diante da morte, a guerra, o trabalho, as ciências, a Filosofia, as artes, os jogos, as festas, os tribunais, as relações amorosas, as diferenças sexuais e étnicas, tudo isso constitui a Cultura como invenção da relação do Outro. O Outro, antes de tudo, é a Natureza. A naturalidade é o Outro da humanidade. A seguir, os deuses, maiores do que os humanos, superiores e poderosos. Depois, os outros humanos, os diferentes de nós mesmos: os estrangeiros, os antepassados e os descendentes, os inimigos e os amigos, os homens para as mulheres, as mulheres para os homens, os mais velhos para os jovens, os mais jovens para os velhos, etc.

Em sociedades como a nossa, divididas em classes sociais, o Outro é também a outra classe social, diferente da nossa, de modo que a divisão social coloca o Outro no interior da mesma sociedade e define relações de conflito, exploração, opressão, luta. Entre os inúmeros resultados da existência da alteridade (o ser, um Outro) no interior da mesma sociedade, encontramos a divisão entre cultura de elite e cultura popular, cultura erudita e cultura de massa.

As manifestações culturais apresentadas no filme “Tropa de Elite” violência e da opressão simbólica evidenciam as tensões que se estabelecem no confronto entre traficantes e policiais em ações de combate ao crime nas favelas brasileiras. Analisaremos trechos de um filme recente, Tropa de Elite (2007), no qual métodos de tortura são usados – tanto por policiais quanto pelos traficantes - para obtenção de confissões e execuções por vingança. Argumentamos que a brutalidade que rege as relações entre policiais, traficantes e moradores de favelas reafirma a naturalização de padrões simbólicos que representam resquícios das estratégias opressoras empregadas na época da Ditadura Militar.

A violação dos direitos humanos revela que apesar de existirem diferentes organizações policiais no Brasil, a questão de como os policiais lidam com os cidadãos pobres e marginalizados traz à tona uma característica comum a todas elas: o abuso do poder e do uso da agressão física como forma de eliminar um “inimigo”. Metodologicamente, nossa análise está baseada na “crítica diagnóstica da cultura”, tal como elaborada por Kellner (2001), enfatizando duas de suas dimensões: i) o horizonte social do filme; e ii) seu campo discursivo (análise da mensagem e de outros recursos visuais e expressivos). As imagens de violência transmitidas pela mídia de massa no país chamam a atenção para o crescimento da truculência policial para combater a criminalidade nos grandes centros urbanos.

O imaginário social do policial como “exterminador de bandidos” é constantemente alimentado por um aparelho opressor que ainda recorre a táticas repressivas e reativas oriundas da Ditadura Militar. Essas táticas frequentemente dificultam ou impedem “a aproximação e a interação continuada entre policiais e população, enfraquecendo assim a confiança dos cidadãos em relação à capacidade de resposta da polícia” (Souza, 2001, p. 153).

Para que a ação policial junto a diferentes comunidades ocorresse de modo a promover o diálogo e uma maior aproximação entre oficiais e cidadãos comuns, seria preciso questionar a cultura da violência que alimenta as instituições policiais brasileiras desde a época da Ditadura. A ação policial herdou dessa época uma estratégia padrão de intervenção que se baseia na diretriz de “matar, de forma mais ou menos indiscriminada e encoberta, traficantes, assaltantes, sequestradores ou simples suspeitos, ignorando o veto constitucional à pena de morte” (Rondelli, 1997, p. 144).

Esse tipo de conduta não só reforçaria

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