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Paraguai

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Por:   •  19/2/2013  •  Resenha  •  961 Palavras (4 Páginas)  •  536 Visualizações

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No Paraguai, a segunda metade do século XX é marcada por ditadura e diversas crises políticas acompanhadas de golpes de estado. O país está localizado na América do Sul, com uma população de aproximadamente oito milhões de habitantes, sua forma de governo é república presidencialista e sua capital é Assunção. Durante os anos de 1954 até o início de 1989, o Paraguai viveu uma ditadura imposta por um comandante do exército chamado Alfredo Stroessner.

Stroessner se tornou general muito cedo e gozou de 35 anos no poder, seu governo exilava líderes da oposição, torturava, sufocava a imprensa, cometia perseguições, inclusive pessoas ligadas à Igreja e além de causar a morte de milhares de pessoas inocentes que se opunham a sua administração e até hoje seguem sem explicações. A permanência do ditador no poder foi marcada por eleições fraudulentas, pois, todo o processo era feito pelos próprios militares, desde o momento da votação até as contagens dos votos. Por possuir o poder das forças armadas era difícil obter o êxito em qualquer tentativa de derrubá-lo.

Alfredo Stroessner liderou durante todo o seu governo o partido político: Associação Nacional Republicana, mais conhecido como Partido Colorado. Todo o século XX, salvo o período de 1904 a 1946, o partido foi o que estava no governo e este cenário só foi alterado com a vitória do ex-presidente Fernando Lugo em 2008, deixando em segundo lugar a candidata Blanca Ovelar e em terceiro Lino Olviedo, um general do exército e figura importante na política paraguaia. Importante ter em mente que mesmo com a derrota de sua candidata em 2008, o partido manteve supremacia no Senado, na Câmara dos Deputados e nos governos estaduais.

A ditadura imposta por Stroessner só teve seu fim após o golpe de estado liderado por outro general chamado Andrés Rodríguez, no de 1989 e que governou até 1993. Rodríguez teve o total apoio do Partido Colorado e dos altos chefes militares, ele representava a unificação do partido, além de pôr fim ao autoritarismo imposto pelo seu antecessor. Assume a presidência prometendo a criação de um sistema democrático e de respeito pelos direitos humanos.

O golpe foi organizado dentro dos próprios quartéis do exército, soldados e tanques de guerra invadiram as ruas da capital em fevereiro de 89 e cercaram o palácio presidencial. Problemas na economia paraguaia, saúde debilitada do general Alfredo Stroessner, inabilidade do ditador em lidar com disputas militares foram cruciais para que o golpe desse certo.

Assim que assumiu o poder, Andrés Rodríguez legalizou a existência de partidos políticos proibidos pela ditadura paraguaia e permitiu a reabertura de diversos jornais e redes de televisão. O novo governante paraguaio também aceitou que os civis exilados durante o governo de Stroessner pudessem retornar ao país. Foi no período em que esteve no poder que o tratado de criação de um bloco na América do Sul, MERCOSUL, foi assinado, em Assunção no ano de 1991 juntamente com os presidentes dos outros três países: Argentina, Brasil e Uruguai.

Sob sua liderança, as legislaturas elaborou uma nova Constituição adotada em 1992. Rodriguez entregou o poder, em 1993, a um membro do Partido Colorado Juan Carlos Wasmosy. No entanto, Wasmosy não apoiou as reformas iniciadas pelo seu antecessor Rodriguez mantendo em seu governo ex-colaboradores de Stroessner, sendo incapaz de continuar as reformas iniciadas por Rodriguez, Wasmosy tornou-se cada vez mais impopular.

A impopularidade do novo presidente não se limitou apenas à população, os militares também deixavam claro seu descontentamento devido a vetos impostos por Wasmosy

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