Resenha do filme: BREXIT
Por: Tereza Andrade • 13/12/2017 • Resenha • 776 Palavras (4 Páginas) • 1.397 Visualizações
UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA - CAMPUS V
CENTRO DE CIENCIAS BIOLÓGICAS E SOCIAIS APLICADAS (CCBSA)
DEPARTAMENTO DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS
DISCIPLINA: PROCESSOS DE REINTEGRAÇÃO REGIONAL
PROF.: MURILO MESQUITA
ALUNA.: TEREZA RACHEL DE P.S. ANDRADE – 152520368
RESENHA DO BREXIT: O FILME
O filme BREXIT, retrata o desejo dos britânicos em deixar a União Européia. Ele inicia com alguns questionamentos importantes, ele mostra o risco de fazer parte da União Europeia (UE), e o quanto ela se sente prejudicada. É seguro dar a um governo remoto além do nosso controle o poder de fazer leis? É seguro para nos amarrar a países que estão perto de ruína financeira, à deriva para um extremismo político assustador, e que sofrem de longo prazo, o declínio econômico auto-infligido? Todos esses questionamentos serão respondidos mais à frente.
O filme mostra um outro lado da União Européia que não é propagado pela mídia: a burocracia se auto-servindo, o cinismo político, a falta de prestação de contas, as regalias, o desperdício, o nepotismo, a corrupção. Mostra o perigo de se tornar um prisioneiro em uma provinciana e retrógrada "Fortaleza Europa". E explora as oportunidades emocionantes que se abrem para nós quando olhamos para além dos estreitos limites da UE. O filme/documentário é focado no futuro, argumentando com força e persuasão que é mais seguro e mais sábio viver em um país que é livre, independente, auto-governado, confiante e global.
Depois da guerra, a Inglaterra encontrava-se devastada, mesmo tentdo saído vitoriosa. Mesmo possuindo uma forte industrialização, sua economia estava parada, não progredia, o governo passou a controlar e regulamentar os principais setores da economia britânica. Isto implica uma enorme diferença no pensamento dos britânicos, porque eles saíram da guerra com o senso de ter cumprido um dever fundamental: o de proteger o país contra a ameaça externa. A premissa na cabeça deles é de que, ao defender sua liberdade, defendem também a Europa e seus valores contra as tentativas de destruí-los. A Alemanha mesmo derrotada consguiu reedificar sua economia, ela abriu seus mercados para o mundo, facilitando a entrada nos negócios, comércios, e tornando-se muito mais dinâmica e inovadora. Hoje a Alemanhã é uma das maiores economias do mundo.
Podemos fazer uma ligação com a corrente Neoliberal apresentado por Keohane e Martin, o surgimento dessa corrente é manifestado após a Guerra Fria, em que a anarquia predomina no nível sistêmico de análise, ou seja, como não há uma unidade superior os Estados se reconhecem como soberanos, nesse caso, os Estados Europeus pós guerra. De acordo com essa teoria, os atores são racionais e auto interessados, pondo a cooperação como um fator para integrar-se. Porém essa corrente esta ligada com o Neofuncionalismo que busca minimizar conflitos e estabelecer interesses por meio da comunicação. Logo, o arcabouço teórico dessa teoria é a junção do neofuncionalismo, como forma de explanar interesses dos Estados; mais a interdependência complexa de Nye, que pode ser traduzida pela globalização; e por fim a teoria de regimes de Kraszer que será debatida mais na frente.
Outro ponto é que na Grã-Bretanha, a legislação é diferente do restante da Europa. O sistema de leis britânicas têm dificuldade de se adequar a decisões de tribunais europeias. Quando os britânicos se veem submetidos a um regime de regulações bastante distinto daquele a que estão acostumados, no qual o Parlamento só intervém quando há algum problema adicional, isto inevitavelmente gera sentimentos de revolta. Os britânicos sentem que, serem governados por gente de fora que não os compreendem e não sabem como resolver seus problemas, mas apenas criam regras, que geram tantos conflitos quanto resolvem enquanto as leis Britânicas só se ocupam de resolvê-los.
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