Significado sócio-histórico da profissão
Relatório de pesquisa: Significado sócio-histórico da profissão. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: tatylinda • 7/10/2014 • Relatório de pesquisa • 574 Palavras (3 Páginas) • 487 Visualizações
SÍNTESE:
O significado sócio-histórico da profissão.
O processo de institucionalização do Serviço Social ocorreu de forma contraditória entre as diversas classes sociais na formação do capitalismo monopolista. Encontrava-se fortemente presente nos países industrializados a ação do Estado, e sendo a partir dos anos 30 que se tornou evidente a importância da Igreja Católica perante a Questão Social. A Igreja Católica era responsável também pelo papel de fornecer idéias e conteúdos para a formação dos primeiros assistentes sociais no Brasil. Teve como principais diretrizes a Rerum Novarum (1891) e o Quadragésimo Anno (1931) encíclicas papais antiliberais e antissocialistas.
A Questão Social obteve um papel de suma importância para o Serviço Social por fornecer subsídios para que assim houvesse o surgimento de uma identidade profissional, a mesma era considerada como um problema administrativo. Para a Igreja a Questão Social era vista como problema moral, tendo que ser resolvida particularmente por cada indivíduo. E foi durante o governo Vargas que houve a Consolidação das Leis do Trabalho, sendo o Estado encarregado da função reguladora.
O Centro de Estudos e Ação Social (CEAS) foi criado no ano de 1932 no Brasil, com a função de expandir a doutrina e a ação social da Igreja. Serviu para dar bases à construção da primeira Escola de Serviço Social brasileira e ao longo do seu desenvolvimento foi responsável por originar também Centros Operários. A prática do Serviço Social contou também com o apoio dos pensamentos de São Tomás de Aquino e foi através da relação com a Igreja Católica que o Serviço Social conseguiu formular inicialmente seus objetivos político-sociais, contrários aos ideários liberal e marxista. Outra face da prática profissional era o racionalismo higienista, na área sanitária, social e moral adquirido em países como Argentina e Chile.
Através do avanço populacional houve a necessidade por parte do Estado da criação de uma atitude assistencialista para assim combater/amenizar a Questão Social. Posteriormente o Estado passa a preocupar-se em parte com as necessidades dos trabalhadores através da criação de leis sindicais, sociais e trabalhistas abrindo assim espaço para uma expansão no mercado de trabalho dos assistentes sociais e na execução de políticas sociais. Uma das características marcantes das políticas sociais é a sua fragmentação que acaba por fragmentar também as ações profissionais.
Em decorrência dessas relações sociais ocorre o processo de divisão social e técnica de trabalho para que assim o Serviço Social forme um espaço de profissionalização e assalariamento, obtendo um caráter não liberal à ação profissional. Porém apesar de não possuir uma prática profissional autônoma, possui relativa autonomia como, por exemplo, a presença de um Código de Ética, um caráter não rotineiro em sua prática e a Regulamentação legal da profissão.
Através dessas características tornou-se possível a distinção entre o trabalho profissional e prática assistencial voluntária. E o Serviço Social nesse contexto se enquadra nas profissões desenvolvidas através do crescimento das instituições públicas orientadas pelo Estado, expressando com isso sua identidade profissional através das relações
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