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Sistema de contingente

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Por:   •  28/9/2014  •  Tese  •  507 Palavras (3 Páginas)  •  194 Visualizações

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Instituição Estácio de Sá

Aluna Regina C.S.M.

Curso Direito

Sistema de Cotas

As diferenças sociais e raciais no Brasil existem há aproximadamente 500 anos, desde esse período os líderes brasileiros trataram e tratam desse assunto com descaso. Para piorar a situação os investimentos feitos na área da educação são precários, ignorando o principal objetivo dessa que tem por finalidade preparar o estudante para se tornar uma pessoa capacitada a vencer todo e qualquer desafio.

Os alunos de escolas públicas geralmente não recebem a preparação adequada e por isso não conseguem ingressar nas universidades, já o negro sofre discriminação racial. Dados estatísticos revelam que apesar da raça negra representar 45% da população brasileira, apenas 2% são universitários. Para melhorar esses dados, o governo deveria adotar medidas que promovam a melhoria do ensino fundamental e médio, dando condições para que o aluno carente, negro ou indígena concorra em pé de igualdade com alunos da rede particular de ensino e estudantes brancos e pardos.

Porém, para conseguir um resultado que podemos chamar de “imediato” e ter uma imagem positiva, o governo criou o projeto de cotas para o ensino superior. Ao invés do estudante negro, carente ou indígena concorrer pelo sistema universal de vagas, ele concorre pelo sistema de cotas, ou seja, ele concorre à quantidade “x” de vagas reservadas ao seu grupo. Por exemplo, um vestibulando negro optante pelo sistema de cotas concorre unicamente com negros que também optaram pelo sistema.

Muitas universidades já adotaram o sistema de cotas, sendo a Universidade de Brasília a primeira, em junho de 2004. Essa medida para muitos é uma forma de discriminação para com os estudantes negros, carentes, indígenas, brancos e pardos, pois segundo o artigo 5º da Constituição Federal Brasileira; “Todos somos iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no país a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à segurança e à propriedade”. A discussão acerca desse tema vai durar um bom tempo, até que se estabeleça a concordância de todos.

Em primeiro lugar, sou completamente a favor da inclusão social, mas não por meio das cotas. Simplesmente porque a reserva de vagas pode gerar, e muitas vezes gera, grande diferença entre notas de corte. Assim, partindo do princípio de que o vestibular é um ótimo método de avaliação (não concordo, mas, enfim, a discussão aqui é outra...), a grande disparidade entre notas de corte de cotistas e não-cotistas cria um abismo entre a preparação dos alunos selecionados para o curso superior. Mas acredito sim ser necessária a inclusão de negros e de estudantes pobres, levando o debate para além das cotas, coisa que muitas vezes não é feita.

“Inclusão de negros? Mas por quê? Se raça não existe e se somos todos iguais? Racismo mesmo é a ideia de inclusão social, que considera os negros inaptos!” - diriam muitos. De fato, raça não existe, mas inegavelmente discriminação existe. E ela deve ser combatida.Somos todos iguais perante a lei, e se é para ter cotas que sejam para todos sem distinção.

Fonte Internet: Revista

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