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Trajetória Histórica Brasileira: Faces Do Período De 1960 A 1980 Sob O Enfoque Das Políticas Sociais E Do Desenvolvimento Do Serviço Social.

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Por:   •  14/5/2014  •  584 Palavras (3 Páginas)  •  626 Visualizações

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DESIGUALDADE, DIVERSIDADE E VIOLÊNCIA NA SOCIEDADE BRASILEIRA

Como a sociedade brasileira vem reagindo a violência decorrente dos afro descendentes

As questões raciais no Brasil sempre foram tratadas como um problema do negro, ou, mais especificamente, dos afro descendentes. Desde o dia 14 de maio de 1888, com a tão famosa abolição da escravatura, o país mergulhou num poço de desigualdade racial e, por conseguinte, social. A falta de oportunidades e a exigência de qualificação profissional associada à boa aparência passou a ser, em tempos contemporâneos, a forma mais sutil de racismo, gerando uma sociedade desestruturada.

Mesmo com a abolição, o negro continuou excluído da sociedade brasileira. A abolição da escravatura não foi seguida com parcelamento da propriedade e entrega de terras aos escravos, nem se providenciaram escolas de artífices e de educação. Substituiu-se, apenas, o escravo pelo mal assalariado, dentro do mesmo sistema cultural escravagista.

Segundo dados do Dieese/2003, os homens não negros em Salvador, que é a capital mais negra do mundo fora da África, têm o dobro dos rendimentos médios mensais de um homem negro. Some-se a isso o valoroso “incentivo de progressão racial” dado pela mídia televisiva ao crescimento do afro descendente, sempre o colocando em situações ou posições desfavoráveis e de rebaixamento, haja vista que a grande parcela da população assiste à TV e, mais propriamente, a telenovelas. Escravo, empregada doméstica, gari, segurança, ladrão ou corrupto, são só alguns exemplos dos personagens associados à grande população afro-brasileira como exemplos de ser, fazer ou estar. Mas, se contestados, os meios de comunicação são sempre isentos de qualquer forma de discriminação, mais uma prova de que o racismo e a desigualdade nunca foram tratados como uma problemática da sociedade brasileira e sim sempre do negro.

Hoje, observamos o constante crescimento dos índices de violência e as inserções na mídia televisiva dos ditos “bandidos”, que, espantosamente, são em sua maioria, negros descendentes, jovens, de baixa escolaridade, e sem nenhuma perspectiva de futuro, com um tratamento dado pela imprensa sensacionalista e discriminatória, que usa seus jargões racistas e gargalha da situação desesperadora em que os tais se encontram. Por outro lado, se o indivíduo é branco, usa terno e gravata e tem nível superior, se torna automaticamente “suspeito”, com direito a ser ouvido em liberdade, tem o direito de não ser humilhado e é amparado pelos seus exércitos jurídicos. Fazem a Corte Suprema de um país mergulhar num embate digno de filosofia jurídica, sobre o uso ou não das desonrosas algemas, sob a alcunha do constrangimento. Sabemos que o mesmo tratamento não é dado a maioria dos negros. Temos a maior população carcerária, o maior índice de analfabetismo, os piores índices de qualidade de vida e moradia na população negra. . E ainda temos que aguentar os protestos e processos contra as ações afirmativas, pois segundo os racistas não precisamos de cotas, nem de nada que venha a nos reparar, num país com tais estatísticas escancaradas.

Embora esteja provada e comprovada a enorme desigualdade pelos índices socioeconômicos oficiais entre brancos e negros, ela continua ser olimpicamente ignorada pela cultura

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