A Acerca do Amor

ACERCA DO AMOR

"Ora a esperança não confunde porque o amor de Deus é derramado em nosso coração, pelo Espírito Santo que nos foi outorgado." Romanos 5.5

Frequentemente, ouço pessoas fazerem certas orações, tais como: "Pai, dá-me mais amor pelo irmão fulano de tal" ou "Faz-me, Senhor, amar a irmã Sicrana" ou mesmo "Eu quero mais do teu amor, Senhor" e outras expressões semelhantes a essas que embora tenham uma aparência piedosa, contudo não refletem a realidade apresentada no

versículo citado.

O Espírito Santo derrama continuamente o amor de Deus nos corações de quem já nasceu de novo, portanto, não existe a necessidade de pedir mais amor a Deus, tampouco podemos dizer que não temos a capacidade de amar quem quer que seja, pois estaremos contrariando a Sua Palavra em nossa vida.

O que acontece muitas vezes é que o amado irmão ou irmã não aprova certas atitudes ou comportamento de alguém que geralmente está bem próximo, e com o passar do tempo, as constantes decepções e frustrações advindas desse relacionamento dão origem a rancores e raízes de amargura no interior desta pessoa, os quais geram não somente certas doenças psicossomáticas no seu organismo, mas também o peso de um sentimento de culpa e condenação que, por sua vez, refreia o crescimento espiritual dessa pessoa, fazendo-a exclamar "Não consigo amar o fulano ou a fulana, porque ele ou ela faz isso e isso comigo…fez assim comigo."

É preciso ressaltar, porém, que amar não é gostar, amar vai muito além disto. Qualquer pessoa que tenha nascido de novo pode amar alguém sem, contudo, aprovar sua conduta.

Uma belíssima e completa descrição desse amor que está sendo derramado pelo Espírito Santo no seu e no meu coração, encontra-se em 1 Coríntios 13.1-14; é na verdade o próprio amor de Deus em operação e é a marca do verdadeiro cristianismo.

Ao contrário do que nos mostram os filmes românticos, novelas, seriados e depoimentos apaixonados veiculados nos mais variados meios de comunicação, o verdadeiro amor não é e nunca foi um sentimento. Ele é uma atitude, uma decisão. Este amor em nosso coração é responsabilidade de Deus, mas a disposição para amar é inteiramente nossa. Deus não fará você amar, é você quem decide amar alguém ou não.

O amor de Deus que está em nosso coração nos faz agir como aquele que nós amamos, dizendo toda a verdade. Ele também nos faz aceitar uma repreensão dada por quem quer que seja, quando verdadeiramente estamos errados. Acerca disso, percebo com tristeza alguns que se levantam airosamente contra aqueles que os corrigem dizendo "Você está me julgando" e não se arrependem daquilo que fizeram ou fazem, continuando assim no seu caminho rumo a consequências desagradáveis, que indubitavelmente sofrerão. Este amor nos faz suportar afrontas e calúnias levantadas muitas vezes por pessoas a quem amamos e confiamos, sem, no entanto, revidar e ainda procurando em momento oportuno para ajudar aquele que nos magoou.

O Apóstolo João chega a afirmar em sua primeira carta que "Aquele que não ama, não conhece a Deus, pois Deus é amor". I João 4.8. Observe que ele não se referiu a quem não tem o amor no coração, mas a quem não ama.

Quem não tem o amor de Deus no coração, não conhece a Deus, mas se você diz ter esse amor e não o coloca em prática, vocė se equipara ao ímpio nas suas atitudes, não importando quantos anos você esteja na igreja, cargo que ocupe ou o quanto você confessa a Palavra. Alguns poderiam replicar: "Você está trazendo condenação, só que eu estou em Cristo, não há, portanto, condenação para mim, numa clara alusão a Romanos 8.1. Com certeza "nenhuma condenação há para os que estão em Cristo", mas a mesma Palavra de Deus tambėm nos afirma que: "Aquele, entretanto que guarda a sua Palavra, nele verdadeiramente tem sido aperfeiçoado o amor de Deus. Nisto sabemos que estamos nele: aquele que diz que permanece nele, esse também deve andar como ele andou". João 2.5-6. Então, temos a pergunta: e como Jesus andou? Resposta: Amando a ponto de entregar a sua vida por nós, Efésios 5.2. A este respeito, o Apóstolo João nos diz na sua primeira carta, no capítulo 3, versículo 16:"Nisto conhecemos o amor: que Cristo deu a sua vida por nós; e devemos dar a nossa vida pelos nossos irmãos" e no versículo 18 do mesmo capítulo, ele continua: "Filhinhos, não amemos de palavra ou de língua, mas de fato e em verdade."