A Biblia que Jesus Lia
Por: aleandroborges • 19/4/2016 • Resenha • 1.447 Palavras (6 Páginas) • 2.328 Visualizações
A BÍBLIA QUE JESUS LIA
O livro faz uma exposição do Velho Testamento e ressaltam os livros que o autor mais admira na parte antiga da Bíblia, a obra transmite a importância do Antigo Testamento que não tem sido muito evidenciado, em função sua falta de coesão, Philip Yancey relata que o leitor do Antigo testamento enfrenta obstáculos na leitura que nãos estão presentes em outros livros, ficou desanimado no inicio de sua leitura por causa da aparente desordem, mas considera o fato de uma coleção com diversos manuscritos redigidos num período de mil anos por dezenas de autores, apresente um grau tão elevado de unidade; deixa evidenciado que é impossível entender o novo Testamento sem a unidade do antigo testamento, e que se houvesse somente os evangelhos teríamos uma visão limitada acerca de Deus, alguém demasiadamente humano e fraco, pois acabou pendurado em uma cruz.
Yance mostra que Deus é retratado no Antigo Testamento como pai, mas também como leão e cordeiro; como águia e galinha; como rei e servo; como juiz e pastor, que o mudo gira em torno de Deus e não de nós.
No segundo capitulo, Philip aborda o livro de Jó e levanta questionamentos em relação ao sofrimento humano e a posição de Deus em relação a vida de Jó, trata a cerca do problema do sofrimento e retrata seu sofrimento levantando questionamentos a relação de sofrimento humano, mostra que Deus esta com os ouvidos atento ao nosso clamor, esta no controle do mundo.
O autor apresenta Jó como o que há de melhor na espécie, e Deus esta o usando para provar a Satanás que um ser humano é possível ter uma fé genuína independente das boas dádivas de Deus, a acusação feita por Satanás de que Jó ama Deus somente porque ele o protege é um ataque contra o caráter divino. Jó enfrentou uma crise de fé e não de sofrimento, como acontece com todos em algum momento da vida e o ensino e que nos momentos em que a fé parece impossível é exatamente quando mais se precisa dela. Philip declara que a fé de Jó conquistou para Deus uma grande vitória sobre Satanás, que tiha posto em xeque todo experimento chamado “ ser humano”. Philip mostra como tudo o que ocorreu com Jó é centrado em sua fé e não em suas dores e perdas.
No terceiro capitulo Yance faz uma abordagem do livro de Deuteronômio mostrando um Deus maravilhoso que se preocupa com o seu povo. Moises já próximo do fim da vida, após ter pastoreado ovelhas por quarenta anos no deserto é chamado por Deus para conduzir os hebreus para a sua emancipação e libertação do império mais poderoso do mundo. Philip declara que Moisés foi o homem mais realista a respeito da vida com Deus, passou a mensagem de Deus ao povo sem contradição, representou seu povo diante de Deus com amor, convicção e paixão; não fez promessas de um final feliz e que estava sempre onde seu povo estava. O autor declara que temos um Deus que intencionalmente lembra de nossa fragilidade e esquece os nossos pecados, caminha a nosso lado , tabernacula entre nos em meio ao deserto grande e assustador, temos um Deus de graça, que ama ate os do pó.
No capitulo quatro Yancey faz uma analise pessoal e subjetiva do livro de Salmos, durante anos evitou o livro por encontrar dificuldades de compreender uma continuidade e unidade dos textos, ficava confuso diante da leitura porque cada salmo parecia contradizer o outro violentamente: salmo de angustia deprimente lado a lado com salmos de alegria contagiante, assuntos como vingança e aniquilação dos inimigos são declamados nos versos, assim como grandes atribuições ao Senhor, nenhum mal os alcançar! O autor tentava incluir salmo numa estrutura escriturística estabelecida pelo Apóstolo Paulo, mas declara que os salmos são orações pessoais em forma de poesia, escrita por uma variedade de pessoas. Não é Deus que está sendo apresentado ao povo, mas as pessoas que se apresentam a ele. Os autores dos Salmos tinham esse grande relacionamento com Deus, expressavam tudo por meio da fé, dos louvores até os assuntos mais profundos, pessoas que queriam crer num Deus amoroso, misericordioso e fiel, enquanto o mundo continuava desabando ao redor delas, aprendeu que nos salmos ele tinha direito de levar a Deus, qualquer tipo de sentimento nutrido em relação ele, sem a necessidade de disfarçar seus fracassos e podridões , que é melhor levar a Deus , porque somente ele pode curá-las.
O autor fala sobre os salmos imprecatórios ou de maldição, estes expressam uma ira contra o mal, afirma que se uma pessoa é prejudicada de forma injusta ela tem várias opções; buscar a vingança pessoal, ato condenado pela bíblia ou negar seus sentimentos, ou levar esse sentimento a Deus, confiando a ele a tarefa da justiça punitiva.
No quinto capitulo o livro de Eclesiastes, Yancey aborda uma visão cética em relação ao mundo e os prazeres da vida e mostra que o livro exibe um panorama atual sobre as questões existências, o autor questiona de como dois livros tão diferentes como Eclesiastes e Provérbios estão lado a lado, Provérbios que apresenta um tom de otimismo; aprenda a sabedoria; siga as regras e terá uma vida próspera e longa, enquanto Eclesiastes apresenta um mundo em que nenhum dos Provérbios funcionam apresentando um tom de cinismo , o autor fala depressão que assola na fartura. Depois de consumir seus prazeres, atingir o ápice, conquistar o sucesso, o homem simplesmente desanima e se vê entediado, no fina declara que o sentido da vida é Deus, somente Deus.
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