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História Da Palestina Durante Os Três séculos Antes Da Vinda De Cristo.

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Por:   •  26/11/2014  •  1.280 Palavras (6 Páginas)  •  687 Visualizações

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História da Palestina durante os três séculos antes da vinda de Cristo.

Biblicamente, a história do povo de Israel encerra-se no Antigo Testamento com o Império Persa no poder. Ciro permitiu o retorno dos judeus à Palestina para reconstruir o templo em 538 a.C. Ester, judia, havia chegado à condição de rainha no reinado persa em 470 a.C. e Esdras e Neemias haviam voltado ao seu país por volta de 458 a.C. e 444 a. C, respectivamente, para as obras de reforma que estão narradas nos livros. Após o retorno, os judeus reorganizaram sua vida política e religiosa. Reconstruíram os muros de Jerusalém e reavivaram o culto a Deus, no templo. Leis rígidas contra casamentos mistos foram colocadas em vigor. Mas a Palestina continuava debaixo do domínio persa. Seus representantes políticos junto à Pérsia eram os sumo-sacerdotes.

Felipe da Macedônia se preparava para uma grande batalha contra a Pérsia, quando foi assassinado. Seu filho, Alexandre o Grande, sucedeu-o em 335 e em pouco tempo conquistou a Síria, a Palestina, o Egito e a própria Pérsia. A conquista da Palestina se deu, sem que houvesse resistência por parte dos judeus. Desta forma, o domínio dos judeus mudou das mãos dos persas para os gregos. Alexandre tinha um programa de helenização para os seus domínios, que consistia em difundir a língua grega, as artes, as religiões e a filosofia. Todavia, não os proibia de preservassem as suas instituições e a sua religião.

Depois da morte de Alexandre, quatro de seus generais dividiram o Império e estabeleceram suas próprias dinastias. Dois deles se envolveram no governo da Palestina. Foram Ptolomeu I e Seleuco I. Formaram, então, a dinastia dos Ptolomeus, no norte da África (Egito - Alexandria) e a dos Selêucidas, na Grécia e no oeste da Ásia (Síria - Antioquia).

A Palestina foi dominada pelos Ptolomeus até 198-204 a.C. De início Ptolomeu I foi rigoroso com os judeus, com o tempo os tratou com brandura, chegando a empregar alguns deles em altos postos do seu governo. Seu sucessor, Ptolomeu Filadelfo, foi amigo dos judeus e foi durante o seu governo que as Escrituras foram traduzidas para o grego (LXX) em Alexandria. Com o tempo, a rivalidade entre os reis do Egito (Ptolomeus) e os reis da Síria (Selêucidas) foi se agravando até atingir o clímax nos reinados de Ptolomeu Filópater (222-204 a.C.) que depois de vencer Antíoco III começou a fazer oposição aos judeus, retirando privilégios e perseguindo. Quando morreu Epifânio, seu filho de apenas cinco anos de idade. Antíoco o Grande, da Síria, aproveitou a ocasião para assumir o controle da Palestina e assim os judeus, mais uma vez, passaram para a dominação dos selêucidas.

Antíoco Epifânio começou um dos piores períodos para o povo de Israel com um processo de helenização no intento de implantar a língua, a cultura e a religião grega entre os judeus que foram obrigados a participar dos jogos em homenagem a Hércules e oferecer sacrifícios em seu altar. As práticas religiosas judaicas foram abolidas ou, pelo menos, desestimuladas.

Com o boato de Antíoco Epifânio ter sido morto durante sua conquista ao Egito os judeus comemoraram e Jasão tentou reconquistar o seu posto, invadindo Jerusalém, combatendo os seus próprios concidadãos, mas não sendo bem sucedido. Tomando conhecimento do fato, Epifânio veio a Jerusalém, tomou a cidade e massacrou quarenta mil judeus. Profanou o templo, entrando no Santo dos Santos, sacrificando uma porca no altar e aspergindo o sangue sobre o edifício como registrado em 2 Macabeus 5.1-16. O templo foi declarado de Zeus, deus do Olimpo, e o culto e os sacrifícios judaicos foram proibidos, sendo substituídos pelos rituais pagãos. A circuncisão foi proibida, assim como a leitura da Torah. Cópias da Torah foram confiscadas e queimadas e os seus possuidores executados. Houve resistência por parte de muitos judeus, que pagaram o preço de sua própria vida, Um grupo de resistentes (que se supõe de cerca de mil pessoas) foi atacado enquanto praticava seu culto às escondidas e exterminado sem esboçar qualquer gesto de defesa, por ser um sábado. Eleazar, um idoso escriba, foi morto por se recusar a comer carne de porco. Uma mãe e seus sete filhos foram lançados, um após outro, num tacho fervente, depois de terem a língua cortada e os dedos das mãos e dos pés amputados. Essa situação durou três anos. 2 Macabeus 5.10-11; 6.18-7.42.

Nesta época surgiram os Hasidim, (devotos) judeus conservadores que se revoltaram contra a helenização da Judéia.

A resistência organizada começou sob a liderança de uma família de classe sacerdotal denominada “asmonéia”, mais conhecida, porém, como os “macabeus”, constituída de Matatias e seus cinco filhos. Matatias recusou-se a adorar

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