Malco
Resenha: Malco. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: sadro1401 • 6/2/2014 • Resenha • 929 Palavras (4 Páginas) • 335 Visualizações
A batalha pelo ser humano, nesta era pós cristã, dar-se-á no campo da ética. Não só porque o que está em pauta é a questão das finalidades, mas, também, porque é único campo onde as forças pró ser humano podem travá-la. A globalização já decidiu o rumo da vida humana nos campos econômicos e sociais, a sociedade já está estruturada de modo irreversível, independente das forças que assumam o poder nas nações, pois, o que está em curso é supra-nacional. Resta, portanto, o campo da ética.
Julio Santa Ana, in Tempo e Presença, n# 295 em seu artigo "Ética, cinco anos depois...",nos dá um quadro sobre a questão ética nos relacionamentos internacionais: 1- o crescimento da economia mundial e o desenvolvimento tecnológico já permitiria a diminuição da carga horária para os trabalhadores, permitindo mehor desfrute do progresso, os empresários, entretanto, optaram pela despensa de funcionários e, mais que isso, pela exclusão do mercado de toda uma massa de trabalhadores ; 2- no plano geopolítico, os Estados Unidos da América, dada sua inquestionável superioridade bélica, tornaram-se o xerife do mundo: estão em condições de intervir em qualquer conflito mundial, garantindo, assim, um clima de paz, porém, só o fazem de acordo com os seus interesses particulares; 3- a cultura que está sendo disseminada é a mass media, a cultura da classe dominante mundial - sobreviverá o movimento cultural que se adaptar, que se inserir.
Regis de Morais, in Tempo e Presença, n# 295 no escrito "Retomar a ética à luz de nosso tempo", reitera que a batalha a ser travada é ética: "a proscrita de grande parte do século XX - a ética - voltou agindo discretamente. Discreta, mas eficientemente." diz ele. Insiste que esse é o caminho da esperança: "Nenhuma hora é hora de desistir. Sempre repito que nós podemos ter tentado muitas alternativas, mas, com certeza não tentamos todas." Descreve, em relação ao Brasil, um quadro positivo, que passa pela deposição de um presidente da república, pelo fortalecimento sindical, pela indignação frente ao desmando político, pela reação frente a absurdos como as chacinas e atos estúpidos como o assassinato de Galdino: o índio patachó. Declara que essa batalha tem uma nova e decisiva frente: a questão das drogas. Por quê declara que tudo isso é questão ética? Porque ética - ethos, em grego - designa a morada do homem, não é algo pronto, porém, é a busca de construir um abrigo permanente onde o homem se realize plenamente - ambiente que faça jus ao termo humano. Esta batalha encerra a busca de soluções estruturais e de conversões pessoais.
Luiz Alberto Gómez de Souza, in Tempo e Presença, n# 295 em "O legado de Betinho: a ética na política" chama-nos a atenção para o grande soldado pela ética surgido em solo pátrio, Betinho, mostrando como a opção deste pela sociedade, num projeto suprapartidário despertou a nação para a consciência da possibilidade de construir uma sociedade iqualitária, participativa, livre, diversa e solidária a partir da adoção de uma ética que estabelece o sentido do público como a busca do bem de todos e subordina o direito de alguns aos direitos da maioria. Deixou claro que esse é um caminho longo, que tem de ser percorrido com liberdade, principalmente, em relação às amarras que impõe formas restritas de encaminhamento da coisa pública, como os partidos políticos, numa consciência de que política é
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