Não há Oração Sem Resposta
Trabalho Universitário: Não há Oração Sem Resposta. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Daninhat • 21/3/2015 • 4.304 Palavras (18 Páginas) • 942 Visualizações
Não há oração sem resposta
Edição 553 - Publicado em 13/Setembro/2014 - Página 16
No Budismo de Nichiren Daishonin, não há oração sem resposta! Na filosofia budista, a oração não é um processo mágico nem misterioso. Assim como a invenção da lâmpada elétrica foi possível devido ao uso correto das leis da física, o que garante a resposta das suas orações é a correta aplicação da lei da vida em si próprio — é viver no mesmo ritmo do universo. Quando as engrenagens da sua vida se encaixam perfeitamente com as engrenagens do universo, você vive no mesmo compasso cósmico, e tudo acontece em seu benefício. Conheça o que o budismo diz sobre oração e saiba como fazer o universo funcionar a seu favor.
Juramento A nova era do kosen-rufu mundial é marcada pela decisão do discípulo de dedicar sua vida ao kosen-rufu
Oração
A oração é a maneira como os seres humanos se dirigem ao universo. Ela é a evolução da percepção instintiva de que existe algo além de si mesmo para a comunicação com essa força maior. A oração é algo essencialmente humano e surgiu antes da religião.
O presidente da SGI, Dr. Daisaku Ikeda, explicou certa vez: “Sabemos que somente os seres humanos oram, e assim vêm fazendo desde os tempos antigos. Oramos para o Sol, para o fogo, para as montanhas. Nossa espécie há muito junta as palmas das mãos para orar para a Mãe Natureza, pedindo segurança e felicidade. A oração é uma expressão de nossa reverência ao universo, nossa espantosa admiração pelas forças que são maiores que as nossas. A oração transcende a lógica, o racional, o científico. Surge do reconhecimento intuitivo e da percepção da relação, da correspondência entre o indivíduo e o universo. Juntar as palmas das mãos em oração é uma das ações mais nobres e respeitáveis.
“A oração é algo natural na vida humana. Quando estamos com problemas, por exemplo, instintivamente desejamos obter ajuda e proteção. Creio que esse instinto evoluiu até se tornar uma oração. Sem dúvida, pessoas do mundo todo e de todas as culturas já experimentaram isso desde os tempos remotos, cultivando esse sentimento mesmo antes de conhecerem quaisquer teorias ou explicações lógicas que sustentassem seus sentimentos. E provavelmente também não estavam convencidas de que obteriam respostas de suas orações. No entanto, acredita-se que a religião se originou, pouco a pouco, da oração.
“Todos os seres humanos, mesmo os que dizem não ter nenhuma religião, acalentam desejos e aspirações. Todos oram por algo nas profundezas do seu coração.
“A oração no Budismo de Nichiren Daishonin é um meio para preencher o vazio entre esses desejos e a realidade, tendo como base a lei do universo” (BS, ed. 1.516, 24 jul. 1999, p. A3).
Fé, oração e Nam-myoho-renge-kyo
“Preencher o vazio entre esses desejos e a realidade, tendo como base a lei do universo” é conectar sua engrenagem com a engrenagem do universo. Isso é possível com o daimoku — a perfeita integração entre fé [acreditar no Gohonzon], oração [ter objetivos claros] e recitação do Nam-myoho-renge-kyo.
Entenda o raciocínio:
Todas as orações são respondidas quando se vive no ritmo do universo. A matéria-prima de todas as realizações é a energia vital gerada pelas engrenagens da fé e da oração.
Para criar esse mecanismo gerador de energia que impulsiona a sua vida no mesmo ritmo do universo, são necessárias duas peças: a primeira é a engrenagem do universo, denominada macrocosmo; e a segunda é o microcosmo — a engrenagem do universo que existe dentro de você.
O macrocosmo só se encaixa quando o microcosmo está evidenciado pela fé. A grande engrenagem só se conecta com a sua vida se você acreditar que ela também existe em si mesmo e nos outros.
Fé é acreditar que o potencial ilimitado do estado de buda existe em você e nas outras pessoas. Ela revela o microcosmo e abre a sua vida ao macrocosmo.
A recitação do Nam-myoho-renge-kyo é a energia que faz as engrenagens girarem velozmente. Com fé e oração, você encaixa as duas peças, e a recitação faz o mecanismo funcionar.
Imagine uma bicicleta. A oração é a corrente que liga as engrenagens da fé e do universo; recitar Nam-myoho-renge-kyo é pedalar.
Daimoku é a resposta
A fé, a oração e a recitação do Nam-myoho-renge-kyo são os três elementos que compõem o daimoku — a prática real do Nam-myoho-renge-kyo.
O presidente Ikeda esclarece os três elementos fundamentais do daimoku, destacando as funções de cada um: “Com uma FÉ pura e firme em nossa própria natureza de buda e na dos demais, rompemos a ignorância fundamental e a ilusão.
“Com uma ORAÇÃO profunda e sincera, mantemos contato com a força da natureza de buda, inseparável da Lei Mística.
“E com a contínua RECITAÇÃO do Nam-myoho-renge-kyo, manifestamos incessantemente o poder do estado de buda em nossa vida e nos colocamos no caminho da iluminação nesta existência.
“Dessa forma, Daishonin assegurou os meios para se conseguir a ‘possessão mútua dos dez mundos’, estabelecendo a ‘prática real do Nam-myoho-renge-kyo’ [Daimoku]” (TC, ed. 439, mar. 2005, p. 50).
Essa prática real do Nam-myoho-renge-kyo é o próprio ritmo do universo. Conforme o presidente Ikeda disse em outra ocasião: “O Nam-myoho-renge-kyo é o som do grandioso ritmo do universo, a fonte propulsora de toda a atividade universal, e também o coração e a essência do universo. A Lei Mística é a fonte de todas as mudanças. É por isso que, quando recitamos a Lei Mística — o Nam-myoho-renge-kyo —, ativamos as forças do universo para nos apoiar. O ritmo do Nam-myoho-renge-kyo foi denominado como o ritmo do próprio universo” (BS, ed. 1.516, 24 jul. 1999, p. A3).
Pode-se orar por qualquer objetivo pessoal, mas a verdade é que, quando um indivíduo recorre à oração, instintivamente ele quer sintonizar-se com o ritmo universal. Seu desejo essencial é recitar daimoku.
O ritmo do universo é a felicidade absoluta. Essa compreensão deixa ainda mais clara a frase de Nichiren Daishonin que diz: “Não há felicidade maior para os seres humanos do que recitar Nam-myoho-renge-kyo” (CEND, v. I, p. 713).
O daimoku é o ritmo do universo, e esse ritmo é a felicidade absoluta que faz as orações
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