O TEMPLO JUDAICO EM JERUSALÉM
Por: GhostwriterGuy • 13/6/2021 • Artigo • 6.247 Palavras (25 Páginas) • 307 Visualizações
FAVENI
FACULDADE VENDA NOVA DO IMIGRANTE
PÓS-GRADUAÇÃO EM TEOLOGIA E HISTÓRIA DAS RELIGIÕES
ROCKEFELLER CLEMENTINO DA SILVA
O TEMPLO JUDAICO EM JERUSALÉM
GOVERNADOR VALADARES
2020
O TEMPLO JUDAICO EM JERUSALÉM
Declaro que sou autor deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por mim realizadas para fins de produção deste trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de violação aos direitos autorais.
RESUMO
O Templo judaico em Jerusalém foi o foco da religião israelita durante séculos. Construído e destruído duas vezes, vive na memória nacional do povo judeu. Sua reconstrução é o sonho de muitos que vêem, no Templo reedificado, a restauração completa de Israel, iniciada com a criação do Estado Judeu em 1948, pela ONU. Os preparativos para a reedificação do Templo, seus utensílios, vestimentas sacerdotais e demais aparatos cerimoniais já estão sendo preparados pelo Instituto do Templo, em Jerusalém, uma organização não-governamental dedicada à reconstrução do Tabernáculo. Sacerdotes estão sendo treinados de acordo com as leis cerimoniais instituídas por Moisés. Porém, há dois grandes obstáculos à reconstrução do Templo judaico em Jerusalém, no Monte Moriá. Duas mesquitas muçulmanas ocupam a área chamada de “monte do templo”. Qualquer tentativa, por parte de Israel, de demolir as mesquitas para reconstruir o Templo, provocaria uma guerra sangrenta no Oriente Médio. Então, neste impasse, o Templo permanece apenas uma esperança. Mas, e se os antigos Templos estivessem localizados em outro lugar? E se o assim chamado “monte do templo”, onde estão as mesquitas, não for a real localização do Templo judaico? Isso seria extraordinário, já que o Templo poderia ser construído e coexistir, lado a lado, com as mesquitas muçulmanas, como um símbolo da tolerância, paz e coexistência pacífica entre as religiões e os povos. Este presente artigo pretende analisar essa hipótese revolucionária.
PALAVRAS-CHAVE: Templo. Jerusalém. Construção. Destruição. Reconstrução.
INTRODUÇÃO
O Templo Judaico em Jerusalém foi, durante séculos, o centro da antiga religião israelita.
Construído pelo grande rei Salomão, ostentava uma arquitetura grandiosa e luxuosa, com suas paredes de cedro cobertas por folhas de ouro. Orgulho do povo, o primeiro Templo foi destruído pelas forças babilônicas do rei Nabucodonosor em 586 a.C. e reconstruído após o exílio babilônico em 516 a.C., com a permissão de Ciro e Dario, reis do Império Medo-Persa. O trabalho de reconstrução esteve sob a liderança de Esdras, Neemias, Zadoque e Jesua.
O segundo Templo era muito mais humilde e discreto do que o seu antecessor, mas cumpria sua função. Herodes, o rei das grandes obras arquitetônicas, em 20 a.C., reformou o Templo e lhe devolveu a grandeza e o luxo do passado.
Porém, mais uma vez a guerra trouxe a destruição do segundo Templo, em 70 d.C., pelas forças romanas lideradas pelo general Tito. O Templo e a cidade de Jerusalém foram completamente devastados, consumidos pelas chamas e a violência dos combates.
Nunca mais o povo judeu pôde reconstruir o seu Templo. Pouco depois da destruição de 70 d.C. um templo pagão à honra de Júpiter foi erigido no local. A própria cidade de Jerusalém foi invadida, tomada e destruída diversas vezes na história. No século 7 d.C., duas mesquitas islâmicas foram construídas na plataforma mais alta do complexo de montes, chamado de Sião ou Moriá, e, atualmente, “monte do templo”. Estas duas mesquitas ainda estão no local, impossibilitando a reconstrução do Templo judaico em Jerusalém. O Templo só pode ser reconstruído no exato local onde o Templo de Salomão foi erigido. E se a real localização do Templo for em outra área e não onde hoje acreditam ser? Será que há evidências que apontam para uma outra localização que tornaria possível a reconstrução pacífica do Templo?
O objetivo geral desse trabalho é expor um pouco da história do Templo judaico em Jerusalém e as perspectivas de sua reconstrução, em nossos dias e os benefícios dessa reconstrução para promoção da paz entre as maiores religiões mundiais.
O assunto do presente trabalho é relevante para a busca da paz entre as principais religiões monoteístas do mundo: Judaísmo, Cristianismo e Islamismo. Caso o real local do Templo se mostre em outra parte do monte, o lado sul que já se encontra sob a jurisdição israelita – a Cidade de Davi – então a reconstrução do Templo seria possível, este convivendo lado a lado e pacificamente com as mesquitas islâmicas. O novo Templo tem a possibilidade de, não só restaurar essa parcela importante da identidade histórica judaica, seu Templo e sua religião milenar, como também ser um símbolo da paz e harmonia que deve existir entre as religiões.
Para a realização desse presente artigo científico, utilizamos a pesquisa bibliográfica com indicação de fontes de referência. Todas as citações da Bíblia foram extraídas da Bíblia de Estudo Almeida, Revista e Atualizada da tradução de João Ferreira de Almeida, 1999, Sociedade Bíblica do Brasil, salvo indicado em contrário.
DESENVOLVIMENTO
Uma Breve História do Templo
O Tabernáculo foi, durante séculos, local de adoração e sacrifícios ao Deus de Israel, iniciando com Moisés, depois com Josué e, já na posse da terra de Canaã, durante o período dos chamados “Juízes”. Depois, durante a instauração da monarquia com a unção de Saul à posição de primeiro rei, o Tabernáculo continuou como o local de repouso da Arca do Testemunho.
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