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POR ISSO NÃO DESANIMAMOS

Por:   •  23/11/2022  •  Ensaio  •  1.174 Palavras (5 Páginas)  •  79 Visualizações

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POR ISSO NÃO DESANIMAMOS

Por isso não desanimamos. Embora exteriormente estejamos a desgastar-nos, interiormente estamos sendo renovados dia após dia...

2 CORÍNTIOS 4:16

"Nossa eficiência é neutralizada quando estamos abatidos.”

(Marcos Vicente)

A autenticidade e espontaneidade do apostolo Paulo fica evidente em suas cartas, principalmente quando ele expressa os sentimentos mais comuns vividos em sua jornada missionária. Neste capítulo, há uma ênfase no tesouro precioso da Graça Divina que carregamos em “vaso de barro”. Isto é, o poder de Deus agora opera em nós (v.7), isso explica como nossa fragilidade humana pode ser exposta diante das dificuldades e desafios da vida, mas como também a ajuda consoladora de Deus nos eleva. “Muitas vezes ficamos aflitos, mas não somos derrotados. Algumas vezes ficamos em dúvida, mas nunca ficamos desesperados. Temos muitos inimigos, mas nunca nos falta um amigo. Às vezes somos gravemente feridos, mas não somos destruídos” (v.8-9).

Fundamentados nesta fé e esperança do poder de Deus em nós, por causa da obra de Cristo, Paulo nos convida a não desanimarmos. O espírito de abatimento, precisa ser vencido com as verdades declaradas aqui.

O primeiro é não desanimar com as circunstâncias exteriores. “Mesmo que o nosso corpo vá se gastando, o nosso espírito vai se renovando dia a dia” (v.16). Desanimar é tirar o ânimo. Anima, significa alma. Desanimar é o mesmo que tirar a alma de uma pessoa. Estar desanimado é estar desalmado. Não permitir que as circunstâncias exteriores roubem a paz interior que só Cristo dá. Ainda que eu esteja aflito, exprimido, em sofrimento, meu interior pode receber força e alento Divino. Isso não se trata de autoajuda. Nós não precisamos de autoajuda, mas de ajuda do Alto. Não é o que acontece por fora que define nossa fé, mas o que aconteceu por dentro, fruto de um encontro real Cristo.

A segunda razão para não permitirmos o abatimento é que os nossos sofrimentos são leves e momentâneos (v.17). Pense nisto: qualquer fator de medida tem de que ter uma referência, certo? Paulo considera a tribulação leve, mas a pergunta é: leve em referência a que? Ele mesmo responde: o peso da vitória. Quando você compara a tribulação efêmera com a vitória eterna, tudo fica leve. Poderia exemplificar da seguinte forma: por mais que uma mulher sofra horrores com a dor parto, essa dor “momentânea” é incomparável com a emoção de ser mãe.

A promessa da glória Eterna, é infinitamente maior que qualquer sofrimento e dor que possamos viver aqui. Inclusive, o medo da morte acaba quando você sabe que o céu é o seu verdadeiro lar!

Por fim, precisamos “adequar” nosso modo de vida para aquilo que fomos chamados: Assim, fixamos os olhos, não naquilo que se vê, mas no que não se vê (v.18). Fomos chamados para viver pela fé. São as perspectivas que devem conduzir as expectativas, não o contrário. Observe que o argumento do apóstolo para não estarmos desanimados está correlacionado a como enxergamos a vida futura, vida esta que só pode ser nutrida por fé. Pois, o autor de hebreus vai nos dizer exatamente isso: Ora, a fé é a certeza daquilo que esperamos e a prova das coisas que não vemos (Hebreus 11:1). Sendo assim, a fé coloca as coisas em seu devido lugar.

Importante lembrar que o que Paulo fala aqui, não é mera conversa filosófica, intelectualizada e sem prática. Afinal, a recomendação para não desanimar vem de um homem que sofreu açoites, naufrágios, esteve em prisões, tudo por amor a Cristo. Tinha todos os motivos para ficar abatido, porém entendeu que as circunstâncias exteriores se apequenam quando compreendemos em profundidade o amor de Deus, que a glória futura supera qualquer situação terrena e que a fé pavimenta a nossa história neste mundo.

 

CANTAREI E LOUVAREI

Quando o meu espírito desanima, és tu quem conhece o caminho que devo seguir.

Salmo 142:3

Há mais restauradora alegria em cinco minutos de adoração do que em cinco noites de folia. (W. Tozer)

O desânimo tem a facilidade de chegar bem perto de nós, em uma estratégia que pode até parecer nosso “amigo”, muito condescendente com nossos problemas. Ele nos oferece um falso “carinho” e nos promete o consolo do esquecimento afirmando: “Deixe de lutar, você já sofreu demais, relaxe, descanse”. Ele é comum e corriqueiro na vida de qualquer um.

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