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Patriarcas

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Por:   •  19/3/2014  •  Seminário  •  2.809 Palavras (12 Páginas)  •  268 Visualizações

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DOS PATRIARCAS

Na introdução de um discurso famoso, Estêvão mencionou alguns dados geográficos: “[Jeová] apareceu a nosso antepassado Abraão enquanto ele estava na Mesopotâmia, antes de fixar residência em Harã, e disse-lhe: ‘Sai . . . e vai para uma terra que eu te hei de mostrar.’” (At 7:1-4) Essa ordem desencadeou uma série de eventos importantes envolvendo a vida de Abraão, Isaque e Jacó na Terra Prometida, eventos esses relacionados ao propósito de Deus de abençoar a humanidade. — Gên 12:1-3; Jos 24:3.

Deus chamou Abraão (ou, Abrão) quando ele morava na próspera Ur dos caldeus, uma cidade situada na margem oriental do rio Eufrates. Que rota Abraão seguiu? Partindo da Caldéia (também conhecida como Suméria ou Sinear), ele viajou para o norte, até Harã. Por que fez isso? Afinal, não seria mais fácil chegar a Canaã viajando em linha reta para o oeste?

Ur ficava perto da extremidade oriental do Crescente Fértil, uma região semicircular que ia da Palestina à bacia dos rios Tigre e Eufrates, e que, na época, talvez tivesse um clima mais ameno. Abaixo da curva do crescente ficava o deserto siro-árabe, com suas colinas calcárias e planícies arenosas. The Encyclopædia Britannica diz que esse deserto era uma “barreira quase intransponível” entre a costa do Mediterrâneo e a Mesopotâmia. Algumas caravanas talvez viajassem do Eufrates até Tadmor, passando depois por Damasco, mas Abraão não levou sua família e o gado através desse deserto.

Em vez disso, ele subiu o vale do rio Eufrates até Harã. Dali, ele deve ter seguido uma rota comercial até um vau em Carquemis e então, rumado para o sul, passou por Damasco, até chegar ao lago que ficou conhecido como mar da Galiléia. A Via Maris (“O Caminho do Mar”) passava por Meggido e seguia para o Egito. Mas Abraão viajou entre as montanhas de Samaria, acampando por fim em Siquém. Algum tempo depois, ele continuou descendo aquela rota em meio às regiões montanhosas. Acompanhe essa viagem relatada em Gênesis 12:8-13:4. Outros lugares onde Abraão esteve foram Dã, Damasco, Hobá, Manre, Sodoma, Gerar, Berseba e Moriá (Jerusalém). — Gên 14:14-16; 18:1-16; 20:1-18; 21:25-34; 22:1-19.

Se nos inteirarmos um pouco da geografia, entenderemos melhor alguns eventos na vida de Isaque e de Jacó. Por exemplo, enquanto estava em Berseba, aonde Abraão mandou que seu servo fosse a fim de encontrar uma esposa para Isaque? Mandou-o à distante Mesopotâmia (que significa, “terra entre rios”), a Padã-Arã. Daí, imagine a cansativa viagem de camelo que Rebeca fez até o Negebe, talvez até perto de Cades, para se encontrar com Isaque. — Gên 24:10, 62-64.

Mais tarde, o filho deles Jacó (Israel) também fez uma longa viagem para se casar com uma adoradora de Jeová. Quando voltou à sua terra, Jacó tomou um caminho ligeiramente diferente. Depois de atravessar o vau do Jaboque perto de Penuel, ele lutou com um anjo. (Gên 31:21-25; 32:2, 22-30) Esaú se encontrou com ele nessa região, e daí cada um deles foi morar num lugar diferente. — Gên 33:1, 15-20.

Depois que sua filha Diná foi violentada em Siquém, Jacó mudou-se para Betel. Sabe dizer, porém, a distância que os filhos de Jacó percorreram a fim de chegar ao lugar onde pastoreavam o rebanho de seu pai — onde mais tarde José por fim os encontrou? Os mapas abaixo talvez nos ajude a avaliar melhor a distância entre Betel e Dotã. (Gên 35:1-8; 37:12-17) Os irmãos de José o venderam a comerciantes que iam para o Egito. Que rota você acha que eles seguiram? Esse evento resultou em os israelitas se mudarem para o Egito e, por fim, no Êxodo. — Gên 37:25-28.

O Médio Oriente ou Oriente Médio é um termo que se refere a uma área geográfica à volta das partes leste e sul do mar Mediterrâneo. É um território que se estende desde o leste do Mediterrâneo até ao golfo Pérsico. Também conhecida como Crescente fértil em referência ao fato de o arco formado pelas diferentes zonas assemelhar-se a uma Lua crescente. Irrigada pelo Jordão, pelo Eufrates, pelo Tigre e pelo Nilo, a região cobre uma superfície de cerca de 400 000 a 500 000 km² e é povoada por 40 a 50 milhões de indivíduos. Ela estende-se das planícies aluviais do Nilo, continuando pela margem leste do Mediterrâneo, em torno do norte do deserto sírio e através da Península Arábica e da Mesopotâmia, até o Golfo Pérsico.

Foi nessa região que começou a história do povo escolhido. Por volta 1900 a.C. o povo amorita, um grupo semita, tomou o controle da região mesopotâmica. Esse povo vindo do deserto arábico centralizou o governo, ou seja, acabou com a independência das cidades-estado, que ficaram submetidas a um governo central os amorreus tinham Mari como capital.

Forma-se a partir de 1.728 a.C., sob o reinado de Hamurabio 1° Império Babilônico depois de campanhas militares contra cidades e povos vizinhos. Babel torna-se a capital do império e pólo econômico e cultural. As principais obras literárias mesopotâmicas são transcritas para o acadiano. Em 1.513 a.C., o império babilônico é derrotado e saqueado pelos hititas, povo procedente da Capadócia, na Ásia Menor. Depois são dominados pelos cassitas, elamitas e assírios.

Hamurabi (1.728 a.C.-1.686 a.C.), sexto rei da primeira dinastia babilônica (amorritas), é o fundador do 1o Império Babilônico. Consegue unificar os semitas e os sumérios. Durante seu governo, cerca a capital com muralhas, impulsiona a agricultura, restaura os templos mais importantes e institui impostos e tributos em benefício das obras públicas. É autor do famoso código penal, o mais antigo da História, que leva seu nome. O Código de Hamurabi estabelece regras de vida e de propriedade, estendendo a lei a todos os súditos do império. Determina penas para as infrações, baseadas na lei de talião (olho por olho, dente por dente).

Sociedade acadiana – Na política, os acadianos criam um Estado centralizado e avançam na arte militar. Desenvolvem a tática do deserto, com armamento leve, como o venábulo (lança), e grande mobilidade. Na religião, estabelecem novos deuses e passam a divinizar também o rei. Durante o império dos amorreus e a Babilônia, é possível que a parte ocidental do Fértil Crescente estivesse sob o domínio egípcio.

Por volta de 1785 a.C., com o poder dos faraós do Império Médio enfraquecido, os imigrantes asiáticos Hicsos assumiran o controle da região que abrangia o Egito, Canaã e Síria e forçaram o governo

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