Reflexões Cristianismo X Socialismo X Riqueza

REFLEXÕES – CRISTIANISMO X SOCIALISMO X COMUNISMO X RIQUEZA

Com certeza, há quem vá pensar – porque comparar cristianismo com socialismo, comunismo e riqueza – símbolo do capitalismo.

Há quem afirme peremptoriamente que religião não deve ser tratada como política. Concordo plenamente que as instituições religiosas, como tais definidas, não devam tratar a política como algo inerente às casas de oração e aos templos religiosos, etc.

Mas, e nós, indivíduos, dotados por Deus com inteligência e livre arbítrio, devemos fugir aos debates políticos e ideológicos? Claro que não! Nós somos seres no mundo e a política faz parte desse mundo físico.

Evidente que existem os que se dizem ateus, não religiosos, ou não praticantes. A esses, nada tenho a dizer, pois nada adiantaria.

O que tenho a dizer serve apenas de reflexão aos que confessam qualquer modo de FÉ em Deus e, especialmente, na mensagem da BOA NOVA do EVANGELHO e, portanto, cultivam em seus espíritos, o sentimento, mais ou menos aprofundado, da verdadeira religiosidade.

Penso que todos devem entender que o cristianismo abrange todas as derivações religiosas baseadas nos ensinamentos de JESUS DE NAZARÉ.

E socialismo? E comunismo?

A historiadora Cristina Meneguello, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), diz o seguinte:

"No socialismo, a sociedade controlaria a produção e a distribuição dos bens em sistema de igualdade e cooperação. Esse processo culminaria no comunismo, no qual todos os trabalhadores seriam os proprietários de seu trabalho e dos bens de produção"...Alguns estudiosos vão mais longe e questionam até mesmo a existência de nações socialistas. "Os países ditos comunistas, como Cuba e China, são assim chamados por se inspirarem nas idéias marxistas....Contudo, para seus críticos de esquerda, esses países sequer poderiam ser chamados de socialistas, por terem Estados fortes, nos quais uma burocracia ligada a um partido único exerce o poder em nome dos trabalhadores", diz o sociólogo Marcelo Ridenti, também da Unicamp. Logo após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), formou-se na Europa, sob liderança da União Soviética, um bloco de nações chamadas de comunistas. "Esses países tornaram-se ditaduras, promovendo perseguições contra dissidentes. A sociedade comunista, justa e harmônica, concebida por Marx, não foi alcançada", afirma Cristina.

E a riqueza? O que tem a ver com isto?

A grande discussão sobre distribuição de rendas e consequentemente da riqueza. Em consequência, como tratar isto segundo a religiosidade cristã.

O que Jesus pode ter deixado para nós que possa ser estudado sob o prisma dessas reflexões?

Inicialmente, devo perguntar – quem se sente ou deseja ser verdadeiramente CRISTÃO?

A quem se sente ou deseja ser um real seguidor do Cristo, desejo lembrar o que está escrito nos Evangelhos.

Em mais de uma oportunidade Jesus nos alertou para que façamos a vontade do pai (DEUS):

1 – Mt XII, v. 50 – “porque todo aquele que fizer a vontade do meu Pai, que está nos céus, esse é meu irmão e irmã e mãe” (também em Mc, III, v. 35);

2 – Mt VII, v. 21 – “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor, entrará no reino dos céus, mas o que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus, esse entrará no reino dos céus”; e

3 – Jesus afirmou: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida, ninguém vai ao Pai, senão por mim”.

O que significa, então, fazer a vontade do Pai? Como seguir esse CAMINHO DA VERDADE E DA VIDA?

O próprio Cristo nos forneceu diversas indicações. Ele nos assegurou que não veio destruir a lei, mas, sim, cumpri-la. Ele deixou claro que “dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus” (Lc XX, v. 25).

Refletindo sobre essas palavras, entendemos como obrigatoriedade nossa cumprir a lei dos homens, quando a elas estamos sujeitos; também, seguir as leis de Deus, pois, como filhos do PAI, todos somos suas criaturas.

O que nos diz a lei divina?

Acredito que todos os cristãos, praticantes ou não, sabem que, desde a antiguidade, devemos praticar os DEZ MANDAMENTOS, contidos na revelação de Deus a Moisés, onde está gravado nas tábuas, entre outras coisas – não matar (V), não furtar (VII), não dizer falsos testemunhos (mentir) (VIII), não desejar, nem a mulher, nem coisa alguma do próximo (IX e X).

Jesus sintetizou esses mandamentos em “Ama a Deus sobre todas as coisas e a teu próximo como a ti mesmo” (Mt XXII, v. 37-39).

Assim, não é difícil compreender que fazer a Vontade do Pai é cumprir sua Lei em toda a sua plenitude e extensão, como Jesus fez, isto é, vivenciar os preceitos do CRISTO. E vivenciar, no meu entender, é ser cristão todas as horas, todos os minutos, enfim, o tempo todo, inclusive na hora de votar.

Aí, me pergunto, estaremos nós, que nos denominamos cristãos, vivenciando o Evangelho e seus preceitos, quando, em nome de alguns benefícios sociais, importantes até, aceitamos que haja corrupção desenfreada, mentiras sem fim, tudo que fazem para se manter no poder? Quando aceito que ex-guerrilheiros disseminem a falsa ideia que lutaram pela democracia, mas, na verdade, queriam instalar no Brasil o socialismo/comunismo, matando inocentes (atentados a bombas), assaltando bancos, sequestrando autoridades?

Não custa lembrar que, ao lutarmos por um ideal, não precisamos roubar, matar ou sequestrar ninguém.

Para Jesus, os fins não justificam os meios; é só lembrar que Ele nunca guerreou, não combateu com a espada para instalar sua ideologia do “AMOR”; ao contrário, nos exortou a darmos a outra face quando alguém bater na face direita.

Gandhi lutou, pela independência da Índia, com a não violência; o mesmo fez Martin Luther King nos EUA. Assim fez também Mandela - líder da resistência não-violenta na África do Sul, reconhecido internacionalmente por sua luta, recebeu o Prêmio