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Resenha Filme Antes da Chuva

Por:   •  10/9/2015  •  Resenha  •  624 Palavras (3 Páginas)  •  2.376 Visualizações

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Resenha: Antes da Chuva

O filme é repleto de imagens fortes e realistas. Uma das cenas que mais chamam a atenção é o momento que a menina fugitiva foi morta pelo próprio irmão por ter ido atrás do monge. A intolerância vinda da própria família da garota é chocante.

Outra cena curiosa é a forma como as crianças faziam parte de toda a crueldade presente, refletia até na forma como elas brincavam, com armas, bombinhas e machucando animais com frieza . A violência é algo que faz parte do cenário espelhando a cultura daquele lugar.

Já a última cena que intriga é quando o fotógrafo Aleksander volta para a cidade natal cheio de ideais e busca pela paz, como se sua presença fosse acabar com os conflitos. Mas ele acaba sendo morto pelos próprios primos por justamente tentar combater essa violência. Funcionalista: funções sociais desenvolvidas pela religião, essas consideradas essenciais para a coesão social e para a integração dos indivíduos na sociedade.

Conflitual: a religião oculta as reais forças que conduzem a mudanças e esconderia os conflitos que se verificam na esfera da produção, impedindo a autodeterminação do homem. Simbólico-Cultural: a religião é cheia de significados culturais, pelos quais indivíduos e coletividade são capazes de interpretar a própria condição de vida, construir para si uma identidade e dominar o próprio ambiente.

O sagrado sem encontra em todas as histórias do filme. Primeiro nos padres e rituais católicos. Quando a menina fugitiva apanha com um terço. E nos momentos de rituais, nos enterros e comemorações.

Em meio a primeira parte, importantes cenas devem ser resgatadas, cenas estas que fazem parte da construção desse quebra-cabeça que é o filme Antes da chuva. Uma frase que é citada constantemente na história é a seguinte: “o tempo não acaba, o ciclo nunca se completa” são peças que no final do filme ajudam a montar esse quebra-cabeça.

É importante lembrar na fragmentação que compõe a cronologia inversa desse filme, pois para entendê-lo é necessário acompanhar essas ligações. Na segunda parte da história, pode-se fazer um paralelo de um dilema que está presente nas duas primeiras fases. No primeiro o monge vive o conflito entre o amor que ele tem pela fé que acredita e no amor pela menina fugitiva. Do mesmo dilema vive a fotógrafa na segunda parte, com dois amores, o esposo e o fotógrafo Aleksander.

Já na última parte finaliza o quebra-cabeça, o próprio fim do filme remete-se coincidentemente ou não a uma frase que é constantemente lembrada: “ o tempo

não acaba, o ciclo nunca se completa” o roteiro do filme foi também reflexo da frase, pois o filme termina exatamente aonde começou, dando assim a impressão do ciclo recomeçando.

O filme é um retrato da intolerância religiosa, o ódio entre muçulmanos albaneses e ortodoxos macedônios é ancestral e promove diversos conflitos e mortes. Cenário de uma triste realidade que são refletidas em épocas e governos diferentes mas que não se resolvem e que continuam constantemente atingindo as pessoas no mundo.

A identidade, a religião, as realidades fragmentadas, as incertezas, as tensões, o ódio e a revolta da primeira história; a paixão e a intolerância da segunda e toda a energia das imagens da terceira historia

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