Ressurreição Lázaro
Artigo: Ressurreição Lázaro. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: francisco1234 • 9/1/2015 • 543 Palavras (3 Páginas) • 286 Visualizações
Ressurreição Lázaro
A pergunta é muito oportuna, vem abrir nosso entendimento a compreensão do texto Bíblico. Não podemos nos fixar simplesmente ao que esta escrito; devemos ir além do texto escrito e abrir-nos para a realidade que cerca o texto. O fato da ressurreição de Lazaro, que envolve o episódio do sepultamento e da abertura do túmulo quatro dias depois, nos remete a uma compreensão mais ampla dos sepultamentos na época de Jesus. Somos desafiados a compreendermos os costumes judaicos quanto ao sepultamento dos mortos. Para o Judaísmo sepultar os mortos, era uma obra de misericórdia que não poderia ficar alheia a todo o Judeu temeroso da Lei de Deus.
Custumes Funerários judaicos:
Os Judeus levavam seus mortos a sepultura sem o esquife, isto é sem um caixão como nos ocidentais fazemos. Simplesmente os mortos eram enrolados em um lençol. O Novo Testamento nos transmite este conhecimento. Existe um ritual de sepultamento, o corpo era lavado, ungido com perfumes e aromas, envolvidos em lençóis de linho e finalmente colocado em um nicho escavado na rocha ou grutas que eram abundantes na região. Na cidade de Jerusalém existem milhares destas grutas que serviram para sepultamento de mortos. Olhando o texto dos evangelhos sinóticos encontramos algumas diferenças na denominação das mortalhas que envolviam os mortos
- Os sinóticos Mateus Marcos e Lucas chamam de “lençol”: Lc 24,12
- O evangelho de João de “panos”: Jo 19,40; 20,5.6.7; ou “faixas" Jo 11,44
E a cabeça do defunto era coberta com um lenço.
Pela descrição do Novo Testamento sabemos como eram os túmulos. A entrada era fechada por uma pedra (lembro a preocupação das mulheres quando foram ao sepulcro de Jesus. Quem vai tirar a pedra na entrada?). Os corpos não eram embalsamados como conhecemos da história egípcia e nem realizado o longo ritual da mumificação dos defuntos. Assim os cadáveres não eram desviscerados e eram conservados o mais natural possível. Assim no enterro judaico o processo de decomposição seguia o seu ritmo normal. (lembramos o caso de Lazaro, que já cheirava mal, pois fazia quatro dias (Jo 11,39). Os egípcios embalsamavam seus defuntos para poderem em um futuro fazerem homenagem póstuma, no judaísmo à forma de pensar era diferente. Os Judeus pensavam na possibilidade da ressurreição independente da conservação do defunto. Esta maneira de pensar judaica fazia que não houvesse um desespero acentuado pela morte de um ante querido.
Era uma crença comum dos judeus a de que a gota de fel na ponta da espada do anjo da morte começasse a operar ao final do terceiro dia, de um modo tal que apresenta o efeito pleno no quarto dia. Eles admitiam que a alma do homem poderia permanecer no túmulo até o fim do terceiro dia, tentando reanimar o corpo morto; mas acreditavam firmemente que, na aurora do quarto dia, a alma iria para a morada dos espíritos que partiram.
(1845.6) 168:1.15 Essas crenças e opiniões a respeito dos mortos, e sobre a partida dos espíritos dos mortos, serviram para assegurar, nas mentes de todos ali presentes no túmulo de Lázaro e posteriormente a todos que pudessem ouvir sobre o que
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