Seicho Noei
Monografias: Seicho Noei. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: brincoprincesa • 25/3/2014 • 1.052 Palavras (5 Páginas) • 301 Visualizações
Surgiu em 1º de março de 1930 como revista de Cultura Moral 生長の家, cresceu no pós-guerra no Japão, sofreu perseguição militar1 e foi transformada em religião. Nesta época, a sociedade japonesa viu desmoronar a religião oficial do Estado, baseada na crença na divindade do imperador e uma das bases da ideologia militarista. Nesse vácuo ideológico e espiritual surgiram ou cresceram inúmeras seitas e religiões, entre elas a Perfect Liberty, a Igreja Messiânica Mundial (Johrei) e a Seicho-No-Ie. Esta última contribuiu para a revitalização da religiosidade, incentivando seus adeptos à prática de suas religiões de origem.
A Seicho-No-Ie foi fundada por Masaharu Taniguchi (1893–1985) e se mundializa a partir da II Guerra Mundial. Seu conjunto doutrinário incorpora elementos do cristianismo, do budismo e do xintoísmo - três grandes religiões presentes no Japão, representadas no seu símbolo oficial respectivamente pela estrela verde no centro, pela cruz gamada branca intermediária (Lua) e pelo círculo vermelho externo com suas 32 flechas (Sol).
Argumenta-se que a Seicho-no-Ie, na contramão de suas consortes, estava em sintonia com a ideologia do nacionalismo oficial japonês. A professora Leila Marach Albuquerque afirma que a Seicho-no-Ie foi elaborada à luz da ideologia familista do Império japonês 2 . Pela grande população de imigrantes japoneses, as novas religiões chegaram quase que simultaneamente ao Brasil. Em pouco tempo conseguiram grande número de adeptos, não só entre os descendentes de japoneses mas entre toda a população em geral.
A Seicho-No-Ie em particular conseguiu grande número de adeptos. Entre os instrumentos de disseminação de sua crença, a revista Acendedor e o Preceitos Diários (calendário com mensagens) se tornaram bastante populares nas grandes cidades brasileiras, principalmente nas décadas de 60 e 70 do século XX.
Atualmente (2006), a Seicho-No-Ie conta com divulgação por meio de publicações como as revistas Fonte de Luz (público masculino), Pomba Branca (feminina), Mundo Ideal (jovens) e Querubim (para crianças), além do jornal Círculo de Harmonia, programas de TV, rádio e website.
Sua origem cerimonial está ligada, principalmente, ao Xintoísmo, sendo também seus rituais o batismo, casamento e culto aos antepassados, do qual é talvez o melhor representante fora do Japão. Vale ressaltar que na Seicho-No-Ie há muita liberdade de adaptação de cerimonias ligadas à cultura local. Diferentemente de muitas religiões tradicionais, onde a conduta dos adeptos é condicionada pelo medo, Nakajima 3 explica que A Seicho-no-iê rejeita o "tem de ser assim", isto é considera que nada deve ser forçado e ensina a viver naturalmente a vida como ela é. Ensinamentos como "O ser humano é filho de Deus", "O mundo fenomênico é projeção da mente" e "Grande harmonia" são interpretados de várias maneiras, em conformidade com pessoa, tempo e lugar.4
A partir da década de 90 a Seicho-No-Ie lança oficialmente uma nova bandeira, o "Movimento Internacional de Paz pela Fé" (Internacional Peace by Faith) que tem como objetivo, através da fé em Deus único e universal, despertar a paz em cada pessoa e, assim, concretizá-la no mundo.
O conjunto doutrinário da Seicho-no-Ie reúne tradições xintoístas, cristãs, budistas, dentre outras. Predomina, a exemplo da outras Novas Religiões Japonesas, elementos da religiosidade nipônica, que valoriza todas as formas de vida, preza pelo respeito ao próximo, gratidão aos pais e cultua os ancestrais
A Doutrina da Seicho-no-iê é alicerçada nas escrituras de Masaharu Taniguchi, sendo as mais importantes entre os adeptos, a "Sutra Sagrada Chuva de Néctar da Verdade" (Seikyo Kanro-no-Hou, em japonês: 甘露の法雨) e a Coleção "A Verdade da Vida" (Seimei no Jissô, em japonês: 生命の実相), composta por 40 volumes, que sintetiza as pregações de Taniguchi. Estas obras são publicadas no Japão pela Nippon Kyobunsha Co. Ltd. e, no Brasil, pela Seicho-no-ie do Brasil.
Verdade Vertical: Só Deus e o que Ele cria existem verdadeiramente, ou seja, não tem início nem fim, é eterno, infinito (Ele é o Bem, o Criador, a Verdade, Jissô (Imagem Verdadeira), etc.). Como o homem (na sua essência espiritual) também é criação de Deus, ele possui a mesma natureza infinita de Deus. Daí vem a principal convicção
...