Camarões

Camarões

Nome oficial: República de Cararões (République du Cameroun/Republico of Cameroon)[pic 1]

Localizada na costa oeste da África, a Repúlica de Camarões é uma das nações de maior diversidade cultural no continente. Abriga 230 grupos étnicos, que falam 250 línguas e dialetos nativos. Mais de 40% do território é coberto por florestas tropicais. No norte, há savanas e o clima tropical é seco, tornando-se árido nas proximidades do Lago Chade. No oeste, há formações de origem vulcânica, cujo ápice é o Monte Camarões (4,1 mil metros), um dos mais altos da África Central. O petróleo, descoberto em 1976, é importante fonte de divisas e impulsiona a economia. O país exporta também itens como madeira e cacau.

DADOS GERAIS

GEOGRAFIA Área: 475 650 km². Hora Local: +4h. Clima: Tropical (N) e equatorial (S). Capital: Iaundê. Cidades: Iaundê (2 432 000 – 2010), Douala (2.125 000 – 2010), aglomerações urbanas, Garoua (142 000), Maroua (123.000), Bafousam (113 000 – 1987)

MEIO AMBIENTE Disponibilidade de água: 16 920 m³ per capita. Emissão de CO2: 6,7 milhões de toneladas (2009). Florestas: 19,9 milhões de há (42% - 2010)

POPULAÇÃO 22,3 milhões (2013), Nacionalidade: camaronesa. Composição: camarões 31%, bantos 19%, quirdis 11%, fulanis 10%, outros grupos étnicos autóctones 29% (1996). Idiomas: francês e inglês (oficiais), línguas regionais (principais: fang, bamilequê, duala). Religião: cristianismo 56,6% (católicos 24%, protestantes 20%, outros 12,9% - dupla filiação 0,3%), crenças tradicionais 22,4%, islamismo 20%, agnósticos e ateísmo 0,7%, bahaísmo 0,3% (2010)

GOVERNO República Administrativa. Presidente: Paul Biya (RDPC – desde 1982, sendo eleito em 1984 e reeleito em 1988, 1992, 1997, 2004 e 2011). Partidos: União Democrática do Povo Camaronês (RDPC), Frente Social Democrática (SFD, União Nacional pela Democracia e Progresso (UNDP). Legislativo: bicameral – Senado, com 100 membros: RDPC (54%); SFD (14%). Assembleia Nacional, com 180 membros: RDPC (82%), SFD (10%); UNDP (3%). Constituição: 1972

ECONOMIA Moeda: franco CFA. PIB: US$ 25 bilhões (2012). Inflação anual: 3% (2012). Reservas Internacionais: US$ 3,4 bilhões (2012). Força de trabalho: 8,5 milhões (42,4% - 2011). Desemprego: 2,9% (2007)

DEFESA Exército: 12,5 mil. Marinha: 1,3 mil. Aeronáutica: 400 (2012). Gastos: US$353 milhões (2011).

RELAÇÕES EXTERIORES Organizações:  Banco Mundial, Comunidade Britânica, FMI, OMC, ONU, UA.

HISTÓRIA

        O território é ocupado no século II a.C. por tribos de língua banto. Deve seu nome a portugueses que aportam na região no século XV e batizam um de seus rios de Camarões. A partir do século XVI, torna-se movimentado entreposto comercial.[pic 2]

        Em 1884, os alemães fundam ali um protetorado. Na 1ª Guerrra Mundial, o território é ocupado por tropas da Franca e do Reino Unido e depois repartido entre os dois países. Em 1948 é criada a União Popular de Camarões (UPC), que luta pela independência. Posto na ilegalidade em 1956, o partido organiza a luta armada de fora do país.

        INDEPENDÊNCIA Sob pressão da UPC, a parte francesa do território torna-se independente, em 1960, batizada de República de Camarões. Ahmadou Ahidjo assume a Presidência e instaura o regime de partido único, a União Nacional Camaronesa (UNC), liderada por políticos de orientação islâmica. Em 1961, após plebiscitos promovidos pela Organização das Nações Unidas (ONU) nas duas áreas controladas pelos britânicos, a porção norte junta-se à Nigéria, e o sul funde-se à área Francesa, formando uma federação. Em 1972, a federação é extinta e o governo de Camarões passa a ser centralizado. Sem oposição lega, Ahijdo fica no poder até 1982 e é substituído pelo primeiro-ministro Paul Biya, da União Democrática do Povo Camaronês (RDPC), ex-UPC.