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A APLICAÇÃO DA LÓGICA EM ALGUMAS ÁREAS DE ATUAÇÃO

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Por:   •  2/5/2013  •  3.273 Palavras (14 Páginas)  •  1.262 Visualizações

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1 INTRODUÇÃO

Por que aprender lógica nos dias de hoje? Muitas pessoas fazem essa pergunta quando submetidas ao estudo da lógica nos cursos de graduação. Afinal, é comum encontrar pessoas que raciocinam coerentemente sem nunca ter estudado lógica. Da mesma forma, um comerciante que nunca freqüentou aulas de matemática dificilmente se deixa enganar com algum cálculo matemático. Porém, um engenheiro que estudou cálculo consegue realizar cálculos de grandes dimensões, além de saber avaliar qual estratégia tomar para um determinado problema.

O mesmo acontece com a lógica. O estudo da lógica nos dá um amplo poder para avaliar argumentos lógicos, além da maturidade suficiente para elaborar argumentos bons e válidos. O conhecimento adquirido com o uso da lógica pode ser usado no discurso e na escrita, principalmente no meio acadêmico, onde existe a necessidade de se produzir trabalhos científicos como artigos, relatórios, monografias, dissertações, teses, etc.

Utilizada em atividades mais intelectuais, a lógica é estudada principalmente nas disciplinas de filosofia, matemática, semântica e ciência da computação. Ela examina de forma genérica as formas que a argumentação pode tomar, quais dessas formas são válidas e quais são falaciosas. Em filosofia, o estudo da lógica aplica-se na maioria dos seus principais ramos: metafísica, ontologia, epistemologia e ética. Na matemática, estuda-se as formas válidas de inferência de uma linguagem formal. Por fim, a lógica também é estudada na teoria da argumentação.

2 CONCEITUAÇÃO

Uma das definições mais comuns para lógica é a que trata-se da “análise de métodos de raciocínio”.

Aurélio define a lógica como um conjunto de regras e princípios que orientam, implícita ou explicitamente, o desenvolvimento de uma argumentação ou de um raciocínio, a solução de um problema, etc. Em outras palavras, diz que trata-se de ferramentas para o raciocínio coerente na derivação de novos juízos.

Segundo Immanuel Kant, filósofo prussiano considerado como o último grande filósofo dos princípios da era moderna, Lógica é a ciência das leis necessárias do entendimento e da razão em geral ou, o que é a mesma coisa, da simples forma do pensamento em geral.

No seu sentido etimológico a palavra Lógica vem do grego λογική logos que significa pensamento, proposição, palavra ou razão. Alguns autores utilizam os vocábulos lógica e dialética como sinônimos. Todavia, cabe observar que a etimologia da palavra grega dialética inclui o prefixo diá, que significa através de. Portanto, dialética ou dialógica quer dizer através da razão.

Aristóteles define a lógica como um método do discurso demonstrativo, que utiliza três operações da inteligência: o conceito, o juízo e o raciocínio. O conceito é a representação mental dos objetos. O juízo é a afirmação ou negação da relação entre o sujeito (neste caso, o próprio objeto) e seu predicado. E o raciocínio é o que leva à conclusão sobre os vários juízos contidos no discurso. Nisso, a lógica, segundo Aristóteles, é um instrumento para atingir o conhecimento científico. Para Aristóteles, a lógica não é ciência e sim um instrumento (órganon) para o correto pensar.

3 A LÓGICA SEGUNDO ESTUDIOSOS

Os estudiosos definem a lógica de diversas maneiras:

"O estudo da lógica é o estudo dos métodos e princípios usados para distinguir o raciocínio correto do incorreto." Irving Coppi

"A lógica trata de argumentos e inferências. Um de seus propósitos básicos é apresentar métodos capazes de identificar os argumentos logicamente válidos, distinguindo-os dos que não são logicamente válidos." Wesley Salmon

"A tarefa da lógica sempre foi a de classificar e organizar as inferências válidas, separando-as daquelas que não o são. A importância desta organização não deve ser subestimada, pois usam-se as inferências (de preferência válidas) tanto na vida comum como nas ciências formais, sendo um exemplo a matemática." Jesus Eugênio de Paula Assis

"Para Aristóteles, a lógica é a ciência da demonstração; (...) para Lyard é a ‘ciência das regras do pensamento’. Poderíamos ainda acrescentar: (...) é a ciência das leis ideais do pensamento e a arte de aplicá-las corretamente na procura e demonstração da verdade." Maria Lucia de Arruda Aranha e Maria Helena Pires

4 RELAÇÃO DA LÓGICA COM A FILOSOFIA

Pode-se pensar que a lógica não tem qualquer interesse para a filosofia por ser "meramente formal". Um argumento pode ser válido, poderá alguém argumentar, mas isso não garante que a conclusão seja verdadeira. Como o que interessa à filosofia são as conclusões verdadeiras, a lógica não tem qualquer interesse, diria essa pessoa.

A resposta a este argumento é chamar a atenção para duas coisas. Em primeiro lugar, como veremos, nem toda a lógica é "meramente formal". A lógica informal, precisamente, não é formal. A lógica informal estuda muitos aspectos da argumentação que não são estudados pela lógica formal. Todavia, não é possível dominar a lógica informal sem dominar os aspectos elementares da lógica formal. A lógica formal é o alicerce a partir do qual se pode erguer a lógica informal.

Em segundo lugar, o argumento ignora que as conclusões verdadeiras ou plausíveis devem ser justificadas e as suas consequências explicitadas. O papel da lógica na filosofia torna-se manifesto quando se compreende que os filósofos procuram, implícita ou explicitamente, bons argumentos para defender as suas ideias. Mas para que um argumento seja bom é necessário que seja válido. E é a lógica que ajuda a determinar se um dado argumento é ou não válido.

4.1 Clarificação e validade

A lógica desempenha dois papéis na filosofia: clarifica o pensamento e ajuda a evitar erros de raciocínio. A filosofia ocupa-se de um conjunto de problemas. Os filósofos, ao longo da história, têm dado resposta a esses problemas, tentando solucioná-los. Para isso, apresentam teorias e argumentos. A lógica permite assumir uma posição crítica perante os problemas, as teorias e os argumentos da filosofia:

o A lógica permite avaliar criticamente os problemas da filosofia. Se alguém quiser refletir

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