A Hora Da Estrela
Trabalho Escolar: A Hora Da Estrela. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: unoparmiila19 • 10/10/2013 • 426 Palavras (2 Páginas) • 653 Visualizações
A HORA DA ESTRELA - Clarice Lispector (Resumo)
A HORA DA ESTRELA
Publicado em 1977, pouco antes da autora morrer, A hora da estrela é a única de suas obras que enfatiza aspectos da realidade objetiva e manifesta uma intenção explicitamente social, embora não seja esta a dimensão mais valiosa do texto.
ARGUMENTO
O relato é construído por duas camadas que se interligam de maneira contínua:
a) A camada do narrador: Rodrigo S.M., o primeiro narrador masculino na obra de Clarice, atormenta-se ao escrever uma novela sobre uma jovem nordestina. Ele questiona o tempo inteiro o seu próprio modo de narrar, o seu estilo, a sua capacidade de compreender Macabéa, moça de extração sócio-cultural inferior. Simultaneamente, tenta desvelar o jogo complicado que o seu texto empreende entre a ficção e a realidade. Em última instância, o que ele procura é desvendar o significado da literatura e da existência.
b) A camada de Macabéa: é o registro da medíocre trajetória no Rio de Janeiro de uma alagoana de 19 anos, moradora de um quarto de pensão que divide com quatro balconistas das Lojas Americanas. Macabéa é moça raquítica, feia, solitária e morrinhenta, além de ser uma datilógrafa de segunda categoria. Alienada, sonsa, adora ouvir a Rádio Relógio, coleciona pequenos anúncios num álbum e gostaria de ser artista de cinema. Trata-se de uma jovem sem qualquer tipo de vida interior, sem futuro e com um passado inexpressivo, quase cretina.
No transcurso da história, Macabéa arruma um namorado, também nordestino, o metalúrgico Olímpico de Jesus, só que este, apesar de inculto e grosseiro, sonha em integrar-se ao Sul, ascender socialmente e até tornar-se deputado. Percebendo os limites gerais de Macabéa, (“Ela era incompetente para a vida”, diz o narrador), Olímpico troca-a por Glória, estenógrafa, loira oxigenada e amiga de sua ex-namorada.
Aconselhado pela própria Glória, Macabéa procura uma cartomante, Madame Carlota, antiga prostituta e cafetina. Esta, sinceramente horrorizada com a vida que a moça levava, resolve animá-la com a perspectiva de um futuro sorridente, profetizando que a nordestina encontraria um estrangeiro alourado de “olhos azuis ou verdes ou castanhos ou pretos”, muito rico e com quem se casaria. Macabéa que “nunca tinha tido coragem de ter esperança”, sai feliz da consulta, pois “a cartomante lhe decretara sentença de vida”. Porém, ao atravessar a rua distraidamente é atropelada por uma Mercedes amarela. Cai no chão, agoniza e diz sua última frase, em aparência enigmática: “Quanto ao futuro”. Várias pessoas observam a moribunda. Alguém pousa junto ao corpo uma vela acesa. Desta maneira, Macabéa alcança, com a própria morte, a sua hora de estrela.
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