A PROPAGANDA NO ÂMBITO ESCOLAR: UMA FORMA DE CONTRIBUIR PARA A VISÃO CRÍTICA DOS ALUNOS

A PROPAGANDA NO ÂMBITO ESCOLAR: UMA FORMA DE CONTRIBUIR PARA A VISÃO CRÍTICA DOS ALUNOS

Discentes:

Ana Kerse Lima da Silva

Andreza Souza do Nascimento

Patrick José Santos de Lima

Simone Lima Nunes

RESUMO

Compreende-se que, durante o estudo do gênero Propaganda, os indivíduos têm sua formação social influenciada de alguma forma, pois, a essência desse gênero é a argumentação com o objetivo de convencer ou modificar o comportamento de seu público-alvo. O presente artigo tem o intuito de discutir a respeito do gênero textual Propaganda, sua importância e influência no cotidiano dos alunos. Para produzir este artigo utilizou-se o método de pesquisa bibliográfica. A propaganda é um dos gêneros mais recorrentes no cotidiano dos indivíduos e, muitas vezes, eles não se dão conta da grande influência que recebem ao entrarem em contato com diversas propagandas ao longo do dia. Dessa forma, na atualidade, muitas são as pessoas que sofrem com os malefícios silenciosos provocados pela publicidade e propaganda.

Palavras-chave: Gênero Propaganda, Influência e Contexto Escolar.

INTRODUÇÃO

A influência exercida pelo gênero propaganda na formação social dos indivíduos requer uma análise, haja vista que, é a partir da propaganda que os indivíduos escolhem ou não o que vão consumir. Tendo em vista essa situação, objetiva-se analisar a influência exercida por esses veículos de venda na opinião dos alunos, a respeito dos produtos que eles têm contato diariamente. Dessa forma, justifica-se analisar a propaganda, devido à necessidade de se encontrar formas de abordagem do texto publicitário dentro do contexto escolar, para que o aluno pratique sua leitura e produção de textos, e desenvolva seu senso crítico. Para o desenvolvimento desse estudo, fez-se o uso da pesquisa bibliográfica.

Esta análise tem como base teórica os pensamentos de: Marcuschi (2010), Bakhtin, ([1979], 2003), Schneuwly (1997), Dolz (1976), Bakhtin (2006), Corrêa (2004), Klotler (2001) e os Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Portuguesa.

Este artigo, inicialmente, faz um apanhado sobre o contexto histórico do gênero textual escrito, em seguida, é mostrada a origem e evolução do gênero propaganda, e por fim, é discutida a situação da propaganda como recurso didático para se trabalhar o senso crítico do aluno.

1- OS GÊNEROS TEXTUAIS NO CONTEXTO SOCIAL

Segundo MARCUSCHI (2010), atualmente diante da chamada cultura eletrônica, na qual está inserido o uso de telefone, gravador, rádio, Tv, computador e internet, existe a necessidade de uma explosão inovadora de gêneros e formas de comunicação, seja ela escrita ou oral, pelo fato deles estarem intimamente ligados aos avanços socioculturais.

Por meio do desenvolvimento de tecnologias no ramo da comunicação, surgem novos gêneros textuais com métodos bem particulares. Entretanto, esses gêneros não caracterizam uma total inovação, pois, de acordo com Bakhtin (apud MARCUSCHI, 2010) a ‘transmutação’ de um gênero se dá conforme a assimilação de um gênero com outro, gerando novos. Mostrando assim, que os inúmeros gêneros textuais existentes na atualidade surgem de antigas formas de comunicação.

Com o surgimento de vários gêneros textuais, vê-se a necessidade de introduzí-los na escola como forma de comunicação, possibilitando ao aluno uma melhora na aprendizagem, no que diz respeito à leitura, escrita e fala. Nesta perspectiva, Schneuwly e Dolz (1997; 76) dizem que, a particularidade da situação escolar reside no seguinte fato que a torna bastante complexa: há um desdobramento que se opera em que o gênero não é mais um instrumento de comunicação somente, mas é, ao mesmo tempo, objeto de ensino-aprendizagem. O aluno encontra-se, necessariamente, num espaço do “como se”, em que o gênero funda uma prática de linguagem que é, necessariamente, em parte fictícia, uma vez que é instaurada para fins de aprendizagem.

Segundo Bernard Schneuwly e Joaquim Dolz (1997; 76), também, a utilização do gênero textual no âmbito escolar, permite ao aluno dominar com mais eficácia o funcionamento deste gênero nas “práticas de linguagem de referência”.

2- A ORIGEM E EVOLUÇÃO DO GÊNERO PROPAGANDA

O termo propaganda ,inicialmente, foi adotado pela Igreja durante o século XVII, com o objetivo de propagar a religião e converter as pessoas de países não católicos. Haja vista que, as organizações religiosas na antiguidade representavam o principal propagador de pensamentos. Pois, o clero era considerado o detentor de saber e, por isso, o único que poderia possuir o conhecimento da leitura e produção de textos. Dessa forma, a propaganda era caracterizada pela difusão de conhecimentos religiosos; com o intuito de trazer para a instituição, os indivíduos que não eram da religião católica.

Com o passar do tempo, em meio ao surgimento da imprensa e das indústrias, as instituições sociais não católicas passaram a também utilizar o termo propaganda para expandir novas ideais.

Ao longo dos anos, a propaganda evolue simultaneamente com a evolução do homem, desde o princípio da sua existência, até os dias atuais. Na atualidade, devido aos avanços tecnológicos, principalmente no que diz respeito aos meios de comunicação, a propaganda vem sendo cada vez mais presente no cotidiano dos indivíduos. O gênero em questão, já virou ferramenta indispensável no mundo globalizado, tendo em vista que, com o uso de artifícios argumentativos e simbólicos, acaba possuindo o poder de criar necessidades em seu público-alvo, induzindo ao consumismo; embora logo após a compra, exista a possibilidade da frustração, isto é, o consumidor se sentir insatisfeito. O texto publicitário é importante para a sociedade, afinal, ele pode desempenhar mais funções além de induzir os indivíduos ao consumismo. Ela informa, explica, educa, motiva atitudes, além de ser responsável direto pela movimentação da economia, resultando, automaticamente, em geração de empregos, seja direta ou indiretamente.

De acordo com Corrêa (2004, p.66), a propaganda é vista como uma “técnica e arte de divulgação de massa que utiliza todos os veículos de mídia impressa e eletrônica”. Dessa forma, pode-se dizer que, para efetuar a venda de seu produto, o anunciante tem a obrigação de ser