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A Variação Linguística: A Norma Padrão É A Única Forma De Aceitação Social?

Por:   •  27/3/2023  •  Dissertação  •  400 Palavras (2 Páginas)  •  76 Visualizações

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VARIAÇÃO LINGUÍSTICA:A NORMA PADRÃO É A ÚNICA FORMA DE

ACEITAÇÃO SOCIAL?

Na Obra “Terra dos meninos pelados” de Graciliano Ramos, é retratado o preconceito linguístico sofrido pelo protagonista nordestino ao utilizar "vossa princesência" para se dirigir a uma princesa. Esta obra não está longe da realidade, a variedade linguística está presente no cotidiano de todos os brasileiros pois nossa sociedade é formada por diferentes culturas, pessoas de diferentes classes sociais e níveis de estudos, sendo assim, é comum que ocorra essas diferenças. Entretanto, o preconceito a essas variações deve ser discutido pois causam constrangimento ao indivíduo corrigido e a perda de sua identidade regional.

Em primeiro plano, sabemos que pessoas com menos escolaridade e de classe baixa possuem maior tendência a cometerem erros linguísticos e gramaticais por conta da falta de oportunidades. Assim como, a região em que o indivíduo habita faz com que ele se habitue com o dialeto daquele determinado espaço, esse dialeto pode carregar toda a cultura da região e, desse modo, ao humilhá-lo, acaba por ser invalidada a identidade desse povo. Tal como o linguista Marcos Bagno exemplifica quando cita que rejeitar a língua é rejeitar a própria pessoa e a comunidade de que ela faz parte.

Desse modo, é evidente que a mídia é o principal meio de propagação desse preconceito. É possível identificá-lo facilmente em programas de TV aberta, matérias humorísticas veiculadas em jornais e revistas, bem como em livros didáticos de ensino da língua, tendo como finalidade o entretenimento em cima das minorias. Vemos exemplos disso em programas como Zorra Total, A Praça é Nossa, Toma Lá Dá Cá, entre outros, onde ocorre a presença de personagens que provocam o riso ao se apresentarem como falantes da norma não-padrão que, curiosamente, é o modo de comunicação da maioria dos falantes da língua portuguesa do Brasil. Não bastando o personagem “brasileiro ignorante”, tal personagem ainda é, muitas vezes, um pobre, homossexual, uma loira burra reforçando a ideia de que tudo isso é um defeito. Novamente, vemos o preconceito social instalado.

Portanto, a fim de contribuir com o fim do preconceito linguístico, o Ministério da Educação (MEC), da Cultura (MinC) e das Comunicações (MC) devem atuar juntos, providenciando campanhas de conscientização sobre as variedades linguísticas e culturais em escolas e meios de comunicação. Com finalidade de mídias mais respeitosas, os agentes já citados devem propor um projeto de lei onde fica sujeito a multa qualquer meio de comunicação que costr

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