Agramaticalidade
Tese: Agramaticalidade. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Rberg • 27/10/2014 • Tese • 700 Palavras (3 Páginas) • 440 Visualizações
Um dos grandes entraves que falantes de Língua Portuguesa encaram, é a colocação correcta dos pronomes clíticos, que são também designados de átonos, segundo a diversificação das perspectivas. Como forma de mostrar alternativas para a superação deste não menosprezável dilema, o presente trabalho traz, de forma sucinta e/ ou sintética, as regras básicas da ocorrência e tratamento dos clíticos, sendo pertinente na medida em que vá fazer uma espécie de topicalização das regras de clitização em Português.
Objectivamos genericamente, compreender como funcionam as regras da clitização, sendo que, para a operacionalização deste intento, far-se-á uma descrição conceptual sobre os pronomes átonos e suas diferentes funções; descrição e análise dos pressupostos de ocorrência dos clíticos.
O método bibliográfico constitui a base da efectivação, sendo concretamente, leitura de diversas obras que versam sobre este assunto, com especial destaque para as obras de MATEUS et all (2003); CUNHA & CINTRA (2005) e MAGNUS & REIS (1994).
Obedecendo a uma estrutura simples, introdução, desenvolvimento e conclusão, espera-se que o mesmo satisfaça as expectativas tanto do docente, como dos estudantes.
Contudo, os pronomes clíticos não se limitam a denotar a pessoa gramatical, como refere CUNHA & CINTRA (2005: 299), mas também passam a exalar propriedades morfo – sintácticas características de alguns sufixos derivacionais, MATEUS et all (2003:287). Ex1: Bondosos para as crianças, eles assim o foram. Ex2: O sumo entornou-se devido ao desequilíbrio do empregado.
Para o 1º exemplo, o clítico denota um predicado. O clítico invariável o é correlato do pronome forte demonstrativo isso, pois, pode ocorrer em posição argumental de OD.
Ex: A Ana disse isso. Vs A Ana Disse-o.
Há uma conexão particular entre as formas do artigo definido e os pronomes clíticos. Ex: Ele comprou os livros que se encontravam em promoção; ele comprou os que se encontravam em promoção; ele comprou-os porque se encontravam em promoção.
Essa correlação é notável a nível das 3ª s pessoas do pronome não reflexo, pois tanto o pronome como o clítico prevêm do acusativo do demonstrativo. Entretanto, tal semelhança não abrange as restantes formas pronominais, pois, os clíticos de 1ª e 2ª pessoas, bem como os reflexos de 3ª pessoa, derivam dos pronomes pessoais correspondentes latinos.
Os pronomes clíticos apresentam propriedades formais específica que justificam a designação que lhes foi atribuída de clíticos especiais, por oposição as restantes classes de palavras àtonas (artigos e preposições), chamados clíticos simples MATEUS et all (2003: 829).
· Os pronomes clíticos, diferem-se das preposições e artigos porque, mesmo quando designam um complemento do verbo, não ocorrem na posição canónica característica desse complemento, mas adjacente estritamente ao verbo. Ex: Eles enviaram-lhes todas as informações pela internet; vs Eles enviaram todas as informações [aos que as solicitaram] pela internet.
· Quando vários clíticos co-ocorrem, a ordem por que surgem é igualmente distinta da canónica, aparecendo primeiro o clítico impessoal (sujeito), depois o clítico dativo e por fim o acusativo. Ex: Não se lhos comprou, porque não estavam em promoção.
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