Anjo Negro

Obras

Literárias 

1. Anjo Negro

1.1. Escola Literária

Modernismo.

1.2. Autor

Nelson Rodrigues. Nascido no Recife, Pernambuco, no ano de 1912, mudou-se em 1916 para a cidade do Rio de Janeiro. Quando maior, trabalhou no jornal A Manhã, de propriedade de seu pai. Foi repórter policial durante longos anos, de onde acumulou uma vasta experiência para escrever suas peças a respeito da sociedade. Sua primeira peça foi A Mulher sem Pecado, que lhe deu os primeiros sinais de prestígio dentro do cenário teatral. O sucesso mesmo veio com Vestido de Noiva, que trazia, em matéria de teatro, uma renovação nunca vista em nossos palcos. A consagração se seguiria com vários outros sucessos, transformando-o no grande representante da literatura teatral do seu tempo, apesar de suas peças serem taxadas muitas vezes como obscenas e imorais. Em 1962, começou a escrever crônicas esportivas, deixando transparecer toda a sua paixão por futebol. Veio a falecer em 1980, no Rio de Janeiro.

1.3. Contexto Histórico

A obra foi lançada em um momento definido por grandes transformações: O fim da Segunda Guerra Mundial, a morte de Mario de Andrade, o grande artista do Modernismo e a criação de uma nova Constituição brasileira, mostrando que junto com a literatura, o Brasil também estava se modernizando.

1.4. Características da Obra

Por se tratar de uma obra modernista, tem como características marcantes:

• Liberdade de expressão (o autor escreve o que quiser);

• Liberdade estética (o autor cria o que quiser);

• Verso livre (não possui métrica definida);

• Incorporação do cotidiano (mostra situações comuns a todos);

• Fragmentação do enredo (a história tem começo, meio e fim);

• Nacionalismo crítico (mostra conflitos socias e políticos).

1.5. Resumo da Obra

A obra de Nelson Rodrigues narra a polêmica história de Ismael, um médico negro que renega a própria cor, e de sua mulher Virgínia, branca , que não aceita os filhos mestiços gerados na relação com o marido. Tomada pelo louco desejo de ser mãe de um filho branco, Virgínia mata seus 3 filhos e comete adultério com Elias, o irmão de criação branco e cego de Ismael. Desse breve envolvimento nasce afinal uma criança, branca como a neve, para a felicidade da mãe. Ismael descobre e aceita a filha, já que não suportaria criar um filho com a pele negra. Dezessete anos depois, Ismael constrói um mausoléu para viver com a filha, onde nenhum desejo de branco pudesse alcançá-la, mas Virgínia enlouquece vendo-se substituída pela filha e consegue convencer Ismael a abandonar Ana Maria sozinha no túmulo de vidro. Juntos continuam, Virgínia e Ismael, a gerar filhos negros que serão mortos.

2. Inocência

2.1. Escola Literária

Romantismo.

2.2. Autor

Visconde de Taunay. Alfredo D'Escragnolle Taunay, nascido e falecido no Rio de Janeiro em 1843 e 1899, respectivamente, era filho do Barão Félix Emílio Taunay e neto de N. Antoine Taunay, pintor francês que veio ao Brasil no período em que a família portuguesa aqui esteve. Formou-se em Ciências Sociais e Matemáticas na Escola Militar. Participando da Guerra do Paraguai, onde presenciou vários episódios importantes que foram relatados no livro A Retirada de Laguna (1871), além de ter tido contato com algumas regiões do interior do Brasil, principalmente o Mato Grosso, o que lhe serviu de experiência e inspiração para desenvolver seu mais conhecido romance: Inocência (1872) que obteve enorme sucesso popular. Além da carreira militar e literária, destacou-se também na política: foi senador e deputado pelo partido conservador em Santa Catarina. Com o advento da República, acabou se afastando do meio político.

2.3. Contexto Histórico

O Brasil do início do século XIX foi palco de várias transformações que contribuíram de forma decisiva para a formação de uma verdadeira identidade nacional e, consequentemente, uma literatura com características mais brasileiras: Em 1808 houve a chegada da família Real ao Brasil, desta data até 1821 os portos foram abertos às nações amigas. Também nesta época ocorreram as instalações de bibliotecas e escolas de nível superior e o início da atividade editorial. Em 1822 acontece a Proclamação da República, o que traz junto consigo o desejo de uma literatura autenticamente brasileira. Em 1831 D. Pedro I abdica e se inicia o Período de Regência (que vai até 1840, maioridade de D. Pedro II), é fundada a Companhia Dramática Nacional e se inicia a Guerra do Paraguai (que durou até 1840).

2.4. Características da Obra

O romance relata a vida do povo do sertão brasileiro. O autor nos mostra de forma nem clara, a simplicidade, o sofrimento e o jeito típico do sertanejo, através de seus personagens.

• Sofrimento: A caminhada do sertanejo em busca de seus objetivos através de longas distâncias, sendo que no percurso, existe a dificuldade do abrigo.

• Simplicidade: É claramente observada através do comportamento e diálogos entre as personagens típicas.

• Contradições: Comprava-se entre o jeito de ser do sertão e a forma avançada da Europa (Pereira e Meyer).

• Amor: Um amor tão puro e verdadeiro que por falta de condições de existência preferiu a morte, ou pelo menos, foram levados a ela.

• Honra: Pereira para manter a honra familiar, sacrificava sua própria filha, já que sua palavra estava acima de tudo.

• Beleza: É retratada através da paisagem do sertão e da jovem Inocência.

• Escravidão: É representada por Maria Conga e outros.

2.5. Resumo da Obra

Uma obra de transição para o Naturalismo. A história conta sobre Cirino, um falso médico que errava pelo sertão e acaba na casa de Pereira, um sertanejo machista e ignorante. Ele cura a filha deste, Inocência, de malária e apaixona-se. Aparece depois Meyer,