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Análise Soneto Da Separação

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Por:   •  15/3/2015  •  2.312 Palavras (10 Páginas)  •  652 Visualizações

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Fernanda Nobre Gomes

Luana Fernanda Batista da Silva

Rayssa de Fátima Oliveira Silva

ANÁLISE DA CANÇÃO “SONETO DA SEPARAÇÃO” DE TOM JOBIM E VINICIUS DE MORAES.

São Paulo

2013

“Meu Vinicius de Moraes

Não consigo te esquecer

Quanto mais o tempo passa

Mais me lembro de você

Cadê meu poetinha?

Cadê minha letra? Cadê?

E morro neste piano

De saudade de você”

(Tom Jobim)

- HISTÓRICO DO AUTOR

Vinicius de Moraes

Marcus Vinícius da Cruz de Melo Moraes nasceu em 19 de Outubro de 1913, na cidade do Rio de Janeiro. Era filho de Clodoaldo Pereira da Silva Moraes, funcionário da prefeitura, poeta, violonista amador, e de Lídia Cruz de Moraes, pianista amadora.

Viveu toda a sua infância no Rio de Janeiro, tendo nascido no bairro da Gávea. Aos três anos se mudou para Botafogo para morar com os avós e estudar na Escola Primaria Afrânio Peixoto. Foi também na sua infância que escreveu seus primeiros versos. Em 1924 entrou para o Colégio Santo Inácio, em Botafogo, onde cantava no coro da igreja e montava pecinhas de teatro.

Em 1929 concluiu o ginásio e a família retornou para a Gávea. Nesse mesmo ano ingressou na Faculdade de Direito do Catête e se formou em 1933, ano em que publicou “O Caminho para a Distância”, seu primeiro livro de poesia.

Em 1935, recebeu o prêmio Filipe d’Oliveira pelo livro: Forma e exegese. Em 1936, empregou-se como censor cinematográfico, representando o Ministério da Educação e Saúde. Em 1938, ganhou bolsa do Conselho Britânico para estudar língua e literatura inglesas na Universidade de Oxford, e nesse ano publicou os Novos poemas. Com o inicio da Segunda Guerra Mundial, retornou ao Brasil.

Nos anos seguintes ficou conhecido como um dos poetas brasileiros que mais conseguiu traduzir em palavras o sentimento do amor, tornando-se assim um dos poetas mais populares da Literatura Brasileira. Fez várias parcerias com cantores e compositores brasileiros, e por fim tornou-se também cronista. Produziu os sonetos mais conhecidos da Literatura Brasileira, e escreveu ainda alguns poemas infantis em meados de 1970.

Vinícius de Moraes Faleceu no Rio de Janeiro, no dia 09 de Setembro de 1980.

Tom Jobim

Antonio Carlos Jobim nasceu na Tijuca, Rio de Janeiro. Atraído pela música, fez estudos de piano. Passou no vestibular em arquitetura, mas cursou apenas dois anos. Em 1949, casou-se com Thereza Hermanny, com quem teve dois filhos. Arranjou emprego como pianista da Rádio Clube do Brasil e passou a tocar em bares e trabalhava como arranjador para uma gravadora.

Suas primeiras composições incluíram parcerias famosas com Newton Mendonça, que seria seu parceiro em "Desafinado", e Billy Blanco, com quem comporia seu primeiro grande sucesso, "Tereza da Praia". Apresentado a Vinícius de Moraes, Tom Jobim foi convidado a compor as melodias de "Orfeu da Conceição", peça que estreou em 1956. Elisete Cardoso gravou "Canção do Amor Demais" em 1958, que sinalizou uma parceria próspera entre Vinícius e Jobim. Já reconhecido como um dos maiores compositores brasileiros, Jobim escreveu uma sinfonia dedicada a Brasília. Em 1959, recebeu a Palma de Ouro, em Cannes, e o Oscar pela trilha sonora do filme “Orfeu Negro”.

Tom Jobim compôs com Vinícius de Morais, em 1963, "Garota de Ipanema". Em 1967, compôs "Wave". Na década de 1970, Tom casou-se pela segunda vez, com a fotógrafa Ana Beatriz Lontra, na época com apenas 19 anos, com quem teve dois filhos, João Francisco e Maria Luiza.

Com uma carreira bem sucedida Tom Jobim dividia-se entre o Brasil e os Estados Unidos. Em 1993, vários compositores, fizeram um tributo a Tom Jobim, no Free Jazz Festival, em São Paulo. Ainda nesse ano, Jobim lançou um novo álbum, "Antonio Brasileiro", com participação de Dorival Caymmi e Sting. Depois de se apresentar em duas ocasiões no Carnegie Hall, em Nova York, Tom Jobim fez seu último show em Jerusalém, em 1994. •.

Por causa de problemas circulatórios, realizou uma série de exames, e foi constatado um câncer na bexiga. Jobim foi operado em Nova York, no dia 6 de dezembro de 1994. Dois dias depois, teve uma parada respiratória e faleceu. Seu corpo foi transferido para o Brasil e enterrado no Rio de Janeiro.

- HISTÓRICO DA CANÇÃO

Soneto da separação - Tom Jobim e Vinicius de Moraes

Vinicius conseguiu uma bolsa para estudar língua e literatura inglesas em Oxford. Na despedida do poeta estavam no porto muitos amigos e parentes. Faltava alguém. Era Tati, a namorada, que viria ser a sua primeira esposa. A ausência da amada inspirou o soneto escrito por Vinicius a bordo do Highland Patriot, em setembro de 1938, quando Tom tinha apenas onze anos.

Este é um caso raro de parceria em que a letra veio antes da música. Tom fez a melodia em 1959, portanto vinte e um anos depois do poema ter sido escrito. Helena Jobim conta, no seu livro Antonio Carlos Jobim – um homem iluminado, que o maestro não foi ao enterro de Vinicius em 1980, porque havia uma combinação entre os dois de um não ir ao velório do outro. Tom ficou em casa e tocava insistentemente o “Soneto da Separação”. Mas a reclusão durou pouco. Ana Jobim voltou para casa após ter ido ao velório, e, vendo o marido entristecido, decidiram afogar as mágoas no Plataforma, Bar em que a dupla costumava se encontrar.

Em 1990, Tom participou do ciclo Vinicius de Moraes – Meu tempo é quando, promovido pelo Centro Cultural Bando do Brasil, como parte das homenagens pelos dez anos de falecimento do poeta. A gravação

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