Campeões do Mundo
Artigo: Campeões do Mundo. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: karina.gomes • 11/11/2013 • Artigo • 471 Palavras (2 Páginas) • 167 Visualizações
Campeões do Mundo – Dias Gomes
Escrita por Alfredo de Freitas Dias Gomes em 1979 e encenada no dia 4 de novembro de 1980 no teatro Vila Lobos no Rio de Janeiro. Campeões do Mundo teve uma importância fundamental na história do teatro brasileiro, por ter sido a primeira peça a fazer um balanço da situação política entre os anos de 1964 e 1979 com inteira liberdade, sem utilizar de metáforas e alusões para iludir a censura.
Essa discussão aberta sobre temas essenciais coloca a peça de Dias Gomes numa posição diferenciada na dramaturgia nacional o que lhe proporciona ampla empatia e interesse.
Campeões do Mundo expõe diferentes pontos de vista discutindo através de seus personagens e acontecimentos o valor da ação de guerrilha.
Ribamar, que abandona a carreira de publicitário alegando ser uma questão de consciência, volta ao Brasil após um exílio de nove anos e encontra Tânia junto a um grupo de manifestantes que o esperam no aeroporto. Eles são os dois únicos remanescentes do grupo, que anos antes, seqüestrou um embaixador norte americano reivindicando a libertação de quarenta presos políticos.
A peça alterna momentos anteriores e presentes ao seqüestro, até momentos presentes e posteriores a volta do exílio. O seqüestro ocorre paralelamente a Copa do Mundo de 1970, fato que inspira o título da peça.
Tânia é filha de Frederico Müller, empresário que apóia o regime militar, o que resulta em um grande conflito entre os dois, já que Tânia identifica-se com a causa revolucionária.
Tânia e Ribamar unem-se a Carlão e Mário (Velho). Carlão tem uma postura mais radical a ponto de ir até as últimas conseqüências. Já Mário, apesar de determinado tem um ar de tranquilidade e inspira confiança, aparenta pouco mais de cinqüenta anos, é casado, pai de dois filhos. Diz-se cansado de teorias revolucionárias e após tantos anos decidiu vivê-las na prática.
Os quatro sequestram o embaixador americano, um homem aparentemente tranquilo, que mostra-se preocupado ao decorrer das negociações, é um homem com problemas cardíacos.
Os guerrilheiros levam o embaixador para um apartamento e iniciam o processo de negociações com o governo. O período de negociações é tenso: há diferenças entre Carlão e Ribamar. Ao longo do sequestro, desenrolam-se uma série de diálogos onde ficam evidenciados os conflitos dos personagens.
Policiais rondam o apartamento (aparelho revolucionário), fingindo serem vendedores. O cerco aos poucos vai se fechando. Ouve-se o som de um helicóptero, ha um clima de tensão. Ribamar e Carlão discutem porque Carlão força Ribamar a atirar no embaixador. Mário (velho) acalma os dois quando Tânia os chama para verem as imagens na televisão que mostram os presos embarcando para a Argélia. Todos ficam eufóricos, inclusive o embaixador.
Ribamar e os outros fogem separados.
Carlão aparece morto numa sala de torturas. Mário (velho) é assassinado na frente da sua esposa.
A peça encerra após um diálogo de Tânia e Ribamar, ao som do hino “Pra frente, Brasil”
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