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Por:   •  11/9/2014  •  Resenha  •  972 Palavras (4 Páginas)  •  253 Visualizações

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A pauta da produção brasileira é dominada pela linha de calçados de plástico/borracha, na qual se inserem chinelos e sandálias, detendo 53% da produção nacional. Dos 819 milhões de pares produzidos no ano passado, 434 milhões foram neste segmento. Os calçados em couro representaram 29% da produção nacional, isto é, 237,5 milhões de pares, seguidos pela linha de esportivos, com 10%. As fábricas voltadas para esta área produziram 81 milhões de pares. Calçados produzidos com outros materiais participam com 8%.

A pesquisa deste ano contém um dado inédito, que é o da distribuição da produção por gênero. Os modelos femininos responderam por 56% do total fabricado no País em 2011, enquanto os sapatos masculinos detiveram uma participação de 21%. Os calçados infantis e bebês apresentaram um percentual de 20,5%, enquanto os calçados considerados unissex ficaram com uma fatia de 3%.

O Brasil é considerado o oitavo maior exportador de calçados do mundo. Porém, as empresas exportadoras vêm enfrentado problemas de competitividade no mercado exterior devido à excessiva valorização da moeda nacional. O relatório Brasil Calçados 2012 revela que em 2011 foram exportados 113 milhões de pares, uma queda de 21% sobre o ano anterior. O faturamento reduziu 13% em comparação com o ano anterior e as divisas ficaram em US$ 1,3 bilhão.

Dentre os principais compradores de calçados brasileiros em valores monetários, os Estados Unidos ficaram em primeiro lugar, com 18,2% de participação sobre o total faturado pelo Brasil. A Argentina ficou em segundo lugar, com 15% e o Reino Unido em terceiro, com 7,5%. Já em volume, o ranking ficou alterado. Argentina e Paraguai praticamente empataram, com 12,2% e 12,1% de participação, respectivamente, sobre o total dos 113 milhões de pares exportados no ano passado. Os Estados Unidos, por sua vez, foi o terceiro maior importador, com 11,6 milhões de pares.

Em 2011, o Brasil elevou em 40% o pagamento e em 19% a quantidade em calçados importados em comparação com o ano anterior. Conforme o relatório, os importadores trouxeram do exterior 34 milhões de pares e pagaram US$ 427,7 milhões. Os principais fornecedores em pares foram o Vietnã e China, que empataram com 30,7% de participação sobre o total. O terceiro lugar ficou com a Indonésia, com 16,3% de participação.

Em volume financeiro, a posição do ranking se altera. O Vietnã continua em primeiro lugar, mas a Indonésia foi para o segundo lugar e a China em terceiro, respectivamente com 22,5% e 16,4% de participação.

Dólar em baixa, carga tributária excessiva, juros em ascensão. Estes são alguns dos motivos que empresários e líderes do setor coureiro-calçadista apontam como causa da preocupação que ronda o segmento em relação aos negócios o. "O Brasil está indo para um caminho diferente do que o setor produtivo esperava. O País está propício à especulação e não ao desenvolvimento", lamenta o presidente da Abrameq, Raul Ludwig, que se diz incrédulo diante da decisão do Conselho de Política Monetária (Copom), anunciada dia 20, de manter a política de elevação da Selic. A taxa básica de juros, ao contrário do que se esperava, foi elevada para 19,5% ao ano. "Pelo menos somos os primeiros do mundo em alguma coisa", ironiza Ludwig, referindo-se ao fato de que a taxa Selic brasileira é a mais alta do planeta. Pior que isso, a pontam empresários, é que os problemas não param por aí. Enxugar custos, investir em qualidade e produtividade, além de se unir para reivindicar melhores condições aos governos, são as soluções apontadas para manter-se competitivo. Tantos fatores desfavoráveis, no entanto, não ofuscaram os bons resultados da 29ª Fimec, que inclusive deve contribuir para o melhor

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