Ecoeficiencia
Por: meioambiente2 • 3/3/2016 • Dissertação • 1.703 Palavras (7 Páginas) • 308 Visualizações
A ecoeficiência tem assumido um papel importante na gestão ambiental de empresas, que pressionadas por uma legislação cada vez mais restritiva e também pelo aumento nos custos em relação ao uso dos recursos naturais, é cada vez maior o numero de empresas que tem superado paradigmas de que competitividade e preservação do meio ambiente são duas variáveis antagônicas, e o que antes era restrito ao setor industrial começa a ser difundido também nas empresas no setor de serviços.
O reconhecimento dessa ferramenta no setor de serviços é fundamental para minimizar os impactos ambientais no setor empresarial como um todo. Uma vez que na situação em que se encontra a economia mundial, é desse setor que grande parte da riqueza gerada na economia tem origem.
Toda atividade do setor de serviços geram impactos ambientais que incluem o consumo de energia, agua, geração de resíduos sólidos, efluentes líquidos, poluição do ar além da alteração dos ecossistemas e ambientes naturais. Muitos desses impactos poderiam ser evitados ou diminuídos com medidas para racionalizar os recursos naturais.
A atividade hospitalar está entre as modalidades de serviços que podem desempenhar um papel importante seja para expandir ou minimizar os impactos ambientais desse setor, pois eles são um dos principais consumidores de energia, geram grandes quantidades de resíduos. É neste contexto que a ecoeficiência se impõe como uma ferramenta para que as atividades hospitalares possam conciliar maior eficiência econômica e menor impacto ambiental.
ECOEFICIÊNCIA
Em paralelo ao debate sobre o desenvolvimento sustentável uma série de ferramentas voltadas à concretização da responsabilidade socioambiental no âmbito empresarial tem sido discutida como produção mais limpa, prevenção à poluição e ecoeficiência.
A ecoeficiência surgiu de modo que houvesse uma mudança na percepção do setor empresarial em relação a variável socioambiental, o setor desempenharia um papel importante na solução de desafios da sustentabilidade global, buscando alternativas que conciliasse as melhorias ambientais e econômicas.
O conceito de ecoeficiência tem sido constantemente alterado, mas entende-se que uma empresa ecoeficiente seria aquela que conseguisse gerar produtos e serviços com maior valor agregado, ao mesmo tempo em que assegurasse redução do consumo de recursos e menor geração de resíduos e poluição.
Desta forma é grande a aceitação pelo setor empresarial, pois ela não impõe limites ao crescimento e não envolve restrições a qualquer tipo de atividade industrial. Seu objetivo é o crescimento mais eficiente a partir de uma abordagem de negócios minimizem os impactos ambientais. O maior interesse das empresas demonstra que tanto no setor industrial quanto o de serviços estratégias de ecoeficiência têm propiciado reduções significativas no custo com matéria-prima e energia.
As mudanças ocasionadas pelos ganhos de ecoeficiência seriam um passo importante, mas não suficiente para alcançar o desenvolvimento sustentável. O verdadeiro desafio está na incorporação contínua de um processo de inovação baseado na transformação radical das tecnologias, garantindo novos processos e produtos, ao invés de concentrar-se apenas na melhoria dos processos atuais.
Segundo o Conselho Mundial Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável, a ecoeficiência é composta por sete elementos: redução da intensidade do material; redução da intensidade de energia; redução de emissão de substâncias tóxicas; aumento da reciclabilidade; maximização do uso de fontes renováveis; aumento da durabilidade dos produtos; e aumento da intensidade de serviços.
A maior parte das organizações empresariais é uma ênfase na eficiência do processo como sinônimo de ecoeficiência, enquanto o desenvolvimento de novos produtos e novos serviços continua a ocupar uma posição secundária.
A ecoeficiência não trabalha com todos os variáveis presentes no debate atual sobre sustentabilidade socioambiental corporativa. Trata-se de um conceito que relaciona apenas duas dimensões: econômica e ambiental.
A ecoeficiência é uma ferramenta fundamental para as estratégias das organizações, particularmente para as atividades de serviços, que apresentam elevado potencial de gerar impacto ambiental, como no caso dos hospitais.
SERVIÇO HOSPITALAR E OS IMPACTOS AMBIENTAIS
O setor hospitalar tem uma importância econômica cada vez maior nos países desenvolvidos. Além de sua importância econômica, o modo particular de funcionamento dos hospitais envolve uma gama de atividades que apresenta grande potencial para a geração de impactos ambientais. Possuem equipamentos diversos para a produção de alimentos, consomem óleo combustível para a geração de energia e demandam também uma variedade de outros recursos comuns em quantidades consideráveis, incluindo borracha, plásticos e produtos do papel.
Os hospitais executam funções muitas vezes semelhantes àquelas encontradas na indústria, tais como lavanderia, transporte, limpeza, alimentação, processamento fotográfico, entre outras. Porém, de forma distinta de outras atividades, seja industrial ou de serviços, os hospitais consomem grande quantidade de produtos médicos descartáveis, que são usados para impedir a transmissão das doenças para seus médicos, pacientes e funcionários.
Os hospitais, em sua operação, geram, de um lado, uma grande quantidade de resíduo e, de outro, demandam grande quantidade de recursos como energia elétrica e água. A geração de resíduos pelo setor é significativa e constante, durante todo ano. 85% dos resíduos de um hospital possam ser reciclados, os 15% restantes são constituídos por materiais infectantes e perigosos, para a maior parte dos resíduos considerados perigosos, a principal alternativa tem sido a incineração, resultando em emissões atmosféricas oriundas dos equipamentos de queima.
Os dados disponíveis no Guia de Ecoeficiência para Hospitais também indicam o potencial impacto ambiental dessa atividade com relação ao consumo de energia e água, aponta que o consumo de energia é bastante diversificado, incluindo atividades de iluminação, ar condicionado, caldeiras e cozinhas.
O uso de água também é diversificado, incluindo instalações sanitárias, tanto para pacientes como para visitantes, lavanderia, limpeza de instalações, restaurantes e jardins. Os indicadores disponíveis indicam que o total de consumo é muito variável, dependendo do grau de desenvolvimento do país.
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