Figuras De Linguagem
Ensaios: Figuras De Linguagem. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: karinemota13 • 30/9/2014 • 2.101 Palavras (9 Páginas) • 652 Visualizações
Figuras de palavras (figuras semânticas ou tropos) e/ou figuras de pensamento
• Alegoria: sua expressão transmite um ou mais sentidos que o da simples compreensão ao literal. Ex. parábolas.
• Ambiguidade: Duplo sentido.
1) Uso de sujeito posposto a verbo que seja transitivo direto:
Venceu o Brasil a Argentina - Quem foi o vencedor: o Brasil ou a Argentina?
2) Uso de pronome possessivo na terceira pessoa - "seu", "seus", "sua", "suas" - (é um uso que, se o escritor não estiver atento, frequentemente produz ambiguidade):
Meu pai foi à casa de José em seu carro. - No carro de quem, de José ou do pai?
Oi, Pedro, Lucas lavou seu carro sujo hoje. - O carro de quem, de Lucas ou da segunda pessoa (você)?
3) Uso de certas comparações:
Na década de 70, os jogadores do Vasco não levavam os treinos a sério, como acontecia no Cruzeiro. - O que acontecia no Cruzeiro? O autor da frase quis equiparar os jogadores do Cruzeiro aos do Vasco ou, ao contrário, quis fazer uma oposição, afirmando que os cruzeirenses levavam os treinos a sério, diferentemente dos vascaínos?
4) Uso da preposição "de" em certos casos entre dois substantivos - as preposições também são frequentemente fonte de ambiguidade:
Onde está a cadela da sua mãe? - Está-se referindo à cadela que pertence à mãe ou está-se insultando-a?
5) Uso do pronome relativo quando há substantivos num adjunto adnominal:
Um ladrão roubou o carro do homem que estava perto da árvore. - O que estava perto da árvore, o carro ou o homem?
6) Uso de certos adjuntos adverbiais entre duas orações:
Pessoas que desobedecem as leis de trânsito frequentemente são multadas. - Desobedecem as leis frequentemente ou são multadas frequentemente?
7) Confusão com o que um termo se refere:
Júlio conversou com Paulo deitado sentado no muro. - Quem estava sentado no muro?
8) Uso do verbo deixar:
João deixou as pessoas felizes. - João fez as pessoas ficarem felizes ou saiu de onde estão as pessoas que eram felizes?
9) Uso do verbo ficar:
Após o leilão, a empresa francesa ficou com a empresa italiana. - A empresa francesa foi vendida ficando com a italiana ou a francesa comprou a italiana e por isso ficou com ela?
• Antífrase: facilmente confundida com as figuras da ironia, sarcasmo, eufemismo e sátira, e consiste na utilização de uma palavra com o sentido contrário àquele que tem normalmente.
• Antítese: é a aproximação de ideias contrárias.
• Antonomásia ou perífrase: Consiste no emprego de palavras para indicar o ser através de algumas de suas características ou qualidades. Ex.: O rei dos animais. (Leão) Visitamos a cidade-luz. (Paris)
• Apóstrofe: caracterizada pela evocação de determinadas entidades, consoante o objetivo do discurso. Caracteriza-se pelo chamamento do receptor, imaginário ou não, da mensagem. Nas orações religiosas é muito frequente ("Pai Nosso, que estais no céu", "Ave Maria" ou mesmo "Ó meu querido Santo António" são exemplos de apóstrofes). Em síntese, é a colocação de um vocativo numa oração. Ex.:"Ó Leonor, não tombes!". É uma característica do discurso direto, pois no discurso indireto toma a posição de complemento indireto: "Ele disse à Leonor que não caísse".
• Cacofonia: é o nome que se dá a sons desagradáveis ao ouvido formados muitas vezes pela combinação do final de uma palavra com o início da seguinte, que ao ser pronunciadas podem dar um sentido ridículo, ou apenas serem indistinguíveis entre si. Ex. "Alma Minha...", a própria expressão-título é criticada por formar o cacófato "maminha". "Ela tinha figuras por cada albúm". (latinha, porcada)."Ele tem fé demais para um futuro promissor". (fede)."Eu vi ela próximo ao bar". (viela)."O nosso hino é belo e culto". (sohino, fonética=suíno)."Ela te tinha contado sobre isso ontem (tetinha)."Eu beijei a boca dela (cadela)."Eu quero amá-la (a mala).
• Catacrese: É a figura de linguagem que consiste na utilização de uma palavra ou expressão que não descreve com exatidão o que se quer expressar, mas é adotada por não haver outra palavra apropriada - ou a palavra apropriada não ser de uso comum. Ex. Não deixe de colocar dois dentes de alho na comida. É uma metáfora desgastada, tão usual que já não percebemos. Assim, a catacrese é o emprego de uma palavra no sentido figurado por falta de um termo próprio. O menino quebrou o braço da cadeira. A manga da camisa rasgou.
• Comparação: é uma comparação feita entre dois termos com o uso de um conectivo.
• Disfemismo: É uma figura de estilo (figura de linguagem) que consiste em empregar deliberadamente termos ou expressões depreciativas, sarcásticas ou chulas para fazer referência a um determinado tema, coisa ou pessoa, opondo-se assim, ao eufemismo. Expressões disfêmicas são freqüentemente usadas para criar situações de humor. Ex.: Comer capim pela raiz.
• Eufemismo: Consiste em suavizar um contexto. Ex.: Você faltou com a verdade (Em lugar de mentiu).
• Enumeração:
• Gradação: são expostas determinadas ideias de forma crescente (em direção a um clímax) ou decrescente (anticlímax). No campo da estilística, é também entendida como um recurso semântico, ou seja, relacionado à exploração dos significados das palavras. Neste caso, o que se tem é um encadeamento de palavras, frases ou expressões de maneira a dar significados cumulativos. Ex. Dei um passo, apressei-me, corri.
• Hipálage: se caracteriza pelo desajustamento entre a função gramatical e a função lógica das palavras, quanto à semântica, de forma a criar uma transposição de sentidos. Uma das formas mais frequentes consiste na atribuição, a um substantivo, de uma qualidade (adjetivo) que, em termos lógicos, pertence a outro. Ex. A vaca sonolenta me dava belos sonhos. Rasguei uma raivosa
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