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Fonemas

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Por:   •  19/3/2014  •  1.683 Palavras (7 Páginas)  •  1.555 Visualizações

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Fonemas

Em linguística, um fonema é a menor unidade sonora (fonológica) de uma língua que estabelece contraste de significado para diferenciar palavras. Por exemplo, a diferença entre as palavras PRATO e TRATO, quando faladas, está apenas no primeiro fonema: /P/ na primeira e /t/ na segunda.

O fonema não pode ser confundido com letra. Enquanto o fonema é o som em si mesmo, a letra é a representação gráfica desse som. É bastante comum que um mesmo fonema seja representado por diferentes letras, como o caso do fonema /z/ que no português pode ser representado pelas letras S (CASA), Z (ZERO) ou X (EXAME). Também acontece de uma mesma letra representar mais de um fonema, isso acontece por exemplo, com a letra X que no português pode ter o som (fonema) de /z/ (EXEMPLO), /chê/ (ENXAME), /s/ (APROXIMAR) e /ks/ (FIXO).

Obs.: na escrita os fonemas devem sempre ser representados entre barras. Isto é o que os distingue das letras. Ao se escrever uma letra sem barras, está se referindo a letra em si mesmo, e não ao fonema.

Nem sempre há coincidência entre o número de letras e o número de fonemas em uma palavra. Exemplos:

TAXI - letras T A X I = 4, fonemas /t/ /a/ /k/ /s/ /i/ = 5

MANHÃ - letras M A N H Ã = 5, fonemas /m/ /a/ /nh/ /a/ = 4

Algumas letras, em determinadas palavras, não representam fonemas. Por exemplo o N e o M nas palavras "VENDO" e "BOMBA" não representam um som isolado, mas servem para indicar a nasalização da letra que lhes precede.

Algumas palavras são escritas com letras que não possuem qualquer som e, portanto, não representam nenhum fonema, como o caso do H em palavras como "HARMONIA" ou "HOJE", s em palavras como "NASCER" ou "DISCÍPULO" ou u nos grupos gu e qu seguidos de e ou i, em palavras como "GUERRA" e "QUERO" e o x em palavras como "EXCEÇÃO" ou "EXCEDER". Essas letras são conservadas na escrita, embora não apareçam na oralidade por razões etimológicas.

Alofone: são as várias possibilidades de pronúncia de um mesmo fonema. Exemplo: o fonema final /l/ da palavra "SOL" pode ser pronunciado como /l/, /w/ ou /r/. Isto ocorre por causa de diferenças regionais, sociais ou individuais.

Classificação dos Fonemas[editar | editar código-fonte]

Os fonemas são classificados em vogais, semivogais e consoantes;

Vogais[editar | editar código-fonte]

Vogal é o fonema produzido pelo ar que, expelido dos pulmões, faz vibrar as cordas vocais e não encontra nenhum obstáculo na sua passagem pelo aparelho fonador. Classificam-se em:

Quanto à intensidade[editar | editar código-fonte]

Vogal tônica: é a vogal onde se encontra o acento principal da palavra.

Vogal subtônica: é a vogal onde se encontra o acento secundário da palavra.

Vogal átona: é uma vogal onde não existe qualquer acento da palavra.

Exemplo: Na palavra automaticamente, o primeiro "a" é a vogal tônica, o segundo "a" é a vogal subtônica, e as demais vogais são átonas.

Nota 1: Em alguns idiomas como o chinês não existe o conceito de intensidade da vogal. Em seu lugar, existe o conceito de tom, em que as sílabas são distinguidas pela maneira como são entonadas. Em português, o conceito de "tom" existe quando se diferencia uma pergunta de uma afirmação (ex.: "o açúcar é branco."; "o açúcar é branco?") ou em uma frase exclamativa: "(ex.: "como o açúcar é branco!"). Então percebemos que realmente o açúcar é branco, porque isso é uma parte dos fonemas.

Nota 2: Em nenhuma palavra de até três sílabas existem vogais subtônicas em português. E em algumas preposições, artigos, pronomes e conjunções com uma ou duas sílabas (ex.: por, em, para, um, o, pelo), não existem vogais tônicas.

Quanto ao timbre[editar | editar código-fonte]

Vogais abertas: São as vogais articuladas ao se abrir o máximo a boca. Por exemplo: no Brasil, nas palavras "amora" e "café", todas as vogais são abertas.

Vogais fechadas: São as vogais articuladas ao se abrir o mínimo a boca. Por exemplo: nas palavras "êxodo" e "fôlego", todas as vogais são fechadas.

Alguns gramáticos da língua portuguesa ainda classificam as vogais "e" e "o" na categoria de vogais reduzidas quando são átonas no fim de uma palavra, que em geral são pronunciadas como "i" e "u". Por exemplo, nas palavras "análise" e "camelo".

Quanto ao modo de articulação[editar | editar código-fonte]

Vogais orais: São as vogais pronunciadas completamente através da cavidade oral. Em português, existem de sete a nove vogais orais, de acordo com o dialeto, a saber: "á" [ä], "â" [ɜ̝], "ê" [e], "é" [ɛ], "i" [ɯ̟], "í" [i], "ô" [o], "ó" [ɔ] e "u" [u] (as vogais representadas pelos símbolos [ɯ, ɜ] são comumente representados por [ɨ, ɐ] por sua aproximidade e também por sua semelhança gráfica).

Vogais nasais: São as vogais pronunciadas em que uma parte do ar usado para a pronúncia escapa pela cavidade nasal. Em português, existem cinco vogais nasais. Nas palavras: "maçã", "sempre", "capim", "bondade", e "fundo", os grafemas assinalados em negrito representam vogais nasais. Também são nasais os ditongos "ão", "ãe", "õe" e o ditongo "ui" da palavra "muito".

Quanto ao ponto de articulação[editar | editar código-fonte]

Vogais posteriores: São as vogais pronunciadas com a língua posicionada no fundo da boca, entre o dorso da língua e o véu palatino. Em português, são posteriores as vogais "ô", "ó" e "u".

Vogais anteriores: São as vogais pronunciadas com a língua posicionada na frente da boca entre o dorso da língua e o palato duro. Em português, são anteriores as vogais "ê", "é" e "í".

Vogais centrais: São as vogais pronunciadas com a lingua posicionada no centro da boca. Em português, são centrais as vogais "á", "â", e em alguns dialetos

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